Julgamento de Alcochete – Geraldes, a Testemunha (II)
No primeiro capítulo desta saga, demos conta da aposta da comunicação social no depoimento de André Geraldes. Segundo a narrativa, será esta a testemunha do Ministério Público (MP) a ter o papel determinante no apuramento da culpa de Bruno de Carvalho.
Pois bem, o que pensará o próprio MP disto? Ora veja-se…
Se André Geraldes não sabia do ataque, como poderia saber que o Presidente sabia? Confuso? Não, lógica jornalística de sarjeta.
Sobre André Geraldes, e para os mais distraídos, talvez valha a pena fazer um parêntesis para relembrar que, após a embrulhada de Alcochete, foi trabalhar para o Farense, clube despromovido da segunda liga que deu uma preciosa ajuda na manutenção do Benfica B, por conta da utilização irregular de Harramiz, jogador emprestado pelo…Benfica. Que emaranhado, não? Ou coincidência?
O Farense, graças a esse “erro”, garantiu, assim, a permanência do clube encarnado. Mas será que o Presidente do clube algarvio ficou preocupado?
Portanto, além de estar em causa a utilização de um jogador do Benfica, a BTV era só um dos principais garantes financeiros do clube. Curioso…
Como curiosa é a desculpa encontrada. Parece que Frederico Varandas andou a aprender na mesma escola de dirigismo desportivo.
E, também, parece que Geraldes teve uma sorte bestial ao encontrar este clube. Lá está, só curiosidades e coincidências…tão giro, não é?
Voltando ao tema central de Alcochete, porque não é André Geraldes arguido? Afinal, recebeu a mensagem e não lhe deu o devido relevo. E as contradições entre os vários depoimentos? As deslocações de adeptos à Academia eram, ou não, frequentes? Se era suposto a ida de alguns adeptos ao recinto ser “desprezável”, porque razão foram os restantes constituídos arguidos? Teremos aqui mais uma curiosa coincidência?
Miguel Matias, advogado de um dos arguidos, fez estas interessantes declarações sobre os acontecimentos que se sucederam à invasão. A pressão mediática foi avassaladora e a ideia que passa é que tudo foi feito em cima do joelho, o que explica estas pontas soltas. Como foi dito aqui (ver declarações de Magalhães e Silva), há aparentes irregularidades que podem, inclusive, comprometer o processo (amanhã voltaremos ao caso).
E também explica porque motivo as imagens que passaram horas e horas nas televisões foram convenientemente editadas. De facto, o que todos pudemos ver foi parte de filmagens efectuadas dentro do balneário, com sirenes a tocar e caixotes do lixo espalhados, e a repetição de declarações truncadas, como o “Foi chato…” é exemplo. Tudo isto bem salpicado com declarações de enorme terror e pânico.
Sobre a presença de Bruno de Carvalho na Academia, quase não há imagens. A tentativa de desumanizar o homem assim não o quis e, ainda hoje, há muito quem pense que este se não dignou a ir à Academia.
Ainda a propósito de filmagens feitas no balneário, atentemos à primeira e grande preocupação de quem filmou ( 00:07 do vídeo). Foi o corolário do famoso “filma a fivela”. Como podemos ver, total consternação de quem presenciou um ataque terrorista.
E para rematar, lembrando-nos daquela tentativa de diabolização que foi alvo Bruno de Carvalho, o que dizer do depoimento de André Medinas? Este militar da GNR depôs que alguns jogadores quiseram ser assistidos no local. Não foi possível. Porquê? Não havia médico…
É caso para perguntar: onde é que estava o Varandas?
Claramente que quanto mais sabemos sobre este caso, e mais pessoas falam, mais facil é perceber que existiu uma cabala de todo o tamanho.
Eles andam agora a acusar-se todos uns aos outros, mas curiosamente o BdC fica sempre de fora. O famoso autor moral parece não ter nada a ver com isto.
O Geraldes não ser arguido é que é realmente suspeito. E já agora o JJ que tinha provas de tudo e acusou publicamente o Presidente, seria bom que fosse ouvido. Mas ele anda com uma tendência de ir treinar clubes em países sem extradicão…. são aquelas coincidências que ninguem percebe.
O Brasil tem extradição, apenas não extradita brasileiros ou brasileiros com dupla nacionalidade para outros países…que eu saiba, o JJ não é brasileiro nem tem dupla nacionalidade…
E todas as contradições que existem, não interessa a ninguém andar a aprofundar (principalmente ligados ao ataque e à CS)
Gostava de referir que Antonio barão já deixou o Farense desde 2016, e que há nova presidência e o clube sofreu uma grande reestruturação até hoje.
Não falem como se o Farense fosse um bode expiatório para o André Geraldes, porque a associação ao Benfica já deixou desde a entrada da nova direção.
É verdade que o sr. Barão deixou a presidência, contudo o passado não se apaga e as ligações perduram, sobretudo neste cantinho à beira-mar plantado. Não sei se há bodes expiatórios, mas que parece haver sempre uma deliciosa conveniência, parece.
A CABALA + nojenta de sempre deste corrupto país.