Alcochete – Da teoria do Terrorismo à teoria do nada
Com o desenrolar do julgamento, muito ruído e desinformação têm passado na comunicação social em geral. Em vésperas de Ricardo Gonçalves testemunhar, à época responsável pela segurança da academia, é objectivo deste texto realçar o papel que esta testemunha teve no desenrolar dos acontecimentos.
Recordemos estes sugestivos títulos, publicados poucos dias depois dos acontecimentos, quando era (já não é?) desígnio nacional encontrar algo que pudesse implicar a estrutura directiva do Sporting e, por arrasto, o seu presidente.
Obviamente, seria de uma enorme desonestidade tecermos considerações apenas com base em parangonas, que muitas vezes nem reflectem o que é dito no corpo da notícia. Vejamos, então, esta passagem, que cita o depoimento prestado por Ricardo Gonçalves no dia da invasão:
E agora, cruzando a informação com o que Bruno Jacinto disse em tribunal.
Portanto, o depoimento de Ricardo Gonçalves e o testemunho de Bruno Jacinto, coincidem. Há apenas uma discrepância na hora da chamada, talvez lapso de escrita, mas tudo indica que foi, pelo menos, cinco minutos antes das 17:00h.
Não sabemos com exactidão qual o teor da conversa, mas sabemos, e Ricardo Gonçalves também sabia, dos precedentes. Afinal, assistiu à escaramuça e troca de galhardetes no aeroporto da Madeira.
Tendo presenciado o incidente no Funchal e recebido uma chamada de alerta (pelo menos) cinco minutos de antes das 17:00h, porque razão Ricardo Gonçalves não avisou de imediato as autoridades?
Não é estranho só ter avisado o comandante do posto 11 minutos depois, mais ou menos? Realçamos o “mais ou menos”, porque é essa “fina” precisão que consta no auto assinado pelo comandante.
Uma vez que falamos de coisas estranhas, e antes de prosseguirmos com a linha temporal e demais curiosidades, façamos um parêntesis. Sabem quem também achou estranha a actuação da segurança?
Olhemos para o que relatou Rui Patrício na famosa carta de rescisão.
E já que recuperamos declarações de um antigo capitão, vejamos também as do actual…
Todos sabemos que isto não são palavras exactas dos jogadores, antes de advogados e outros representantes. O certo é que foram estas palavras que, além de usadas nas cartas de rescisão, serviram para intoxicar a opinião pública. E mais certo é que os jogadores, ao assinarem de cruz, se vinculam a elas.
Ainda que o primeiro tenha abandonado o clube (coisa que estava mortinho por fazer há já algum tempo e com uma negociação de Jorge Mendes pelo meio, também ela bastante estranha, diga-se), o segundo, pese embora os suores frios e as sensações de chapadas, continua por cá. Já as questões levantadas pelos seus advogados, mantêm-se.
Mas, agora, visando outros intervenientes: Ricardo Gonçalves à cabeça, Bruno Jacinto e André Geraldes. E até alguém mais… Afinal, Ricardo Gonçalves, o elemento que não conseguiu providenciar a devida segurança aos rescisores, conforme alegam, até foi promovido. Quase poético…
Retomemos a linha temporal do dia 15 de Maio de 2018, mantendo aquelas alegações dos jogadores em mente.
Aquando da chegada dos invasores à Academia, Rui Falcão, porteiro de serviço, comunicou a Ricardo Gonçalves o sucedido.
Segundo o comandante da GNR, o mesmo recebeu um primeiro telefonema de Ricardo Gonçalves às 17h:06m. O que coincide com o depoimento de Rui Falcão. Até aqui, tudo normal.
No entanto, a trama adensa-se depois. Repare-se que Ricardo Gonçalves efectuou uma segunda chamada, conforme relata o comandante.
Para pouco depois, momentos antes da chegada da primeira patrulha da GNR, instruir o porteiro a mandar o carro da GNR para trás.
Resumindo: Ricardo Gonçalves liga ao comandante da GNR, avisando que estariam adeptos a dirigir-se à Academia, diz ao porteiro Rui Falcão para mandar para trás o carro patrulha, e liga ainda ao referido militar para informar que já tinham ocorrido agressões. Perante estes estranhos telefonemas, perguntamos: alguma coisa aconteceu que tenha fugido controlo do Ricardo Gonçalves? Estaria à espera de uma coisa e saiu outra? Quis ganhar tempo para algo?
Voltemos às alegações do ex-jogador do Sporting, Rui Patrício. Este estranhou o facto dos invasores se terem dirigido para o balneário, onde estavam os atletas e percorrido toda aquela distância sem que os jogadores tivessem sido avisados. Nós também estranhamos, interessante…
São cerca de 600 metros, desde o portão de entrada, à primeira porta de acesso. Apesar do passo de corrida, não consta que houvesse velocistas entre os invasores, e há que levar em conta que foram fazendo “tropelias” pelo caminho. Teria sido relativamente fácil retirar os jogadores do balneário, quer para instalações adjacentes, quer para o exterior.
Por falar em trajecto, quem andava no meio dos invasores com alguma descontracção, qual cicerone? Não teve tempo para retirar os jogadores? O que andava a fazer?
A esse propósito, ainda, e também sobre “graus de sobreaviso”, vale a pena recordar as palavras de José Diogo Salema, antigo director de segurança.
E a questão das portas, da qual já falamos anteriormente? Se ainda não leram, aconselhamos vivamente que o façam. Quem abriu, pelo menos, a segunda porta? Apresentamos um pequeno resumo: segundo a teoria apresentada por quem investigou, aquelas teriam sido abertas pelo accionamento do alarme de incêndio.
Sucede que o única botoneira accionada localiza-se para lá da segunda porta, portanto, a menos que tenha sido alguém a fazê-lo do interior, resta a opção de ter sido usado um cartão de acesso. Quer o sistema de controlo de acessos, quer as imagens de vídeo-vigilância, poderão ajudar a resolver o mistério. Ou as impressões digitais. Ou a chamada para os bombeiros.
O que se pode afirmar, sem qualquer dúvida, é que, quando a GNR chegou à sala de vídeo-vigilância, o sistema encontrava-se inoperacional e foram colocados entraves ao fornecimento das imagens, conforme atestam vários elementos daquela força de autoridade.
Conforme observou o cabo Santos, o sistema terá falhado às 17h18, sendo que lhe foi ainda dito por Ricardo Gonçalves que duas câmaras não estariam em funcionamento naquele dia.
O segurança da entrada teve declarações um pouco distintas.
Uma vez mais, o objectivo e o que se perdeu de provas com o conveniente “apagão”, ainda não foi completamente apurado. Mas sê-lo-á em breve, isso é garantido. Uma possível pista poderá residir no desaparecimento, também conveniente, do Apenso E35.
Deste apenso consta uma ligação de William Carvalho para Elton Camará, feita pouco tempo depois dos incidentes.
Curiosamente, foi uma peça “esquecida” pela acusação de Cândida Vilar, como podemos ver abaixo.
Resta dizer que Elton Camará, ao que até agora foi apurado, não entrou no balneário e William Carvalho, dada a confusão, as máscaras e o fumo, não o poderia saber. O que levará uma vítima a contactar um potencial agressor? Se tinha o número do arguido em causa, que relação de confiança havia entre eles? Será que, tal como a Ricardo Gonçalves, as coisas saíram um pouco de controlo e queria mais informação? Coincidências?
Ainda sobre coincidências, Cândida Vilar e Terrorismo, o que têm a dizer os caros leitores da justificação dada pelo MP para não constituir arguido André Geraldes?
Se foi desta forma leviana e inconsequente que se tratou a investigação do caso, o que terá suscitado tanto horror e indignação à senhora procuradora, para embarcar na tese de terrorismo? Nós temos a resposta: a famosa e aterradora fivela. Ei-la:
Talvez o aguardado testemunho de Ricardo Gonçalves traga algumas respostas. Se bem que o normal seria a ida ao tribunal, enquanto arguido. Por enquanto, fiquemos com estas informações, na certeza de que os próximos serão ainda melhores. Não percam, porque nós também não!
Fora deste tema : em 1995 dá-se inicio ao projecto Roquete no SCP o dr. Roquete nomeia o seu testa de ferro dr. Santana uma anedota politica do país ( seria corrido a pontapé do governo do país ). Primeiras medidas: extinção do futebol feminino , voleibol ( 3 campeão ) , basquetebol e hóquei em patins , pelo meio o dr. Santana esmaga o número de sócios com uma quota suplementar e em 1996 o pateta Santana abandona o clube para correr , a liderança do PPD/PSD onde para não variar é derrotado . Continua noutro dia .
Se um dia tiver uma vaca, vou chama lá Cândida.
podem fechar a internet!
Não faça isso, a vaca não merece.
Se eu um dia abrir uma casa de meninas vou lhe chamar “Vilar da Cândida”.
essa porca suja da vilar deviam lhe mover um processo de indemnização a ela e ao corrupto do delca por todo o mal que causaram sobretudo ao Presidente BdC e depois pô-los na rua que não merecem representar a justiça portuguesa cambada de pulhas.