RUGIDO VERDE

Sporting 2 – Benfica 1: “Águia” vira freguesa do “leão”

O Sporting CP ganhou pela terceira vez esta temporada um derby ao SL Benfica. Depois da Supertaça e do jogo da Liga NOS no Estádio da Luz, desta feita, a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, os “leões” venceram por 2-1, após prolongamento.

Um jogo que começou melhor para as “águias”, mas que depressa caiu nas mãos dos homens da casa. O jogo foi quase de sentido único e de pouco valeu a Rui Vitória as alterações produzidas para o encontro. Jorge Jesus apostou no seu esquema habitual, com a surpresa de Fredy Montero de início, no lugar de Teo Gutiérrez. O treinador “encarnado” surpreendeu, com Samaris e Talisca no meio, Guedes *à direita, Pizzi à esquerda e Nico Gaitán no apoio a Mitroglou.

SURPRESA E REACÇÃO

O Sporting caiu de imediato em cima do Benfica, que desde cedo mostrou apostar nas transições rápidas. Foi assim que chegou ao golo, através do avançado grego, aos seis minutos, após assistência de Pizzi. Mas foi sol de pouca dura. Os “leões” de pronto assumiram o comando das operações e, aos 40 minutos, tinham já cerca de 66% de posse de bola, e quatro remates contra um único do Benfica. Cheirava a golo perto a baliza benfiquista, que viria a acontecer no derradeiro minuto da primeira parte, por Adrien Silva, num remate em zona frontal, sem Júlio César na baliza.

O Sporting atingiu o intervalo a mandar, com cinco disparos, três deles enquadrados, e o Benfica encolhido e a valer-se da única vez que atirou à baliza contrária no primeiro tempo.

MEXIDA DE MESTRE

Apesar do domínio, notava-se no Sporting alguma dificuldade em furar a defensiva benfiquista, que claudicava “apenas” (e as aspas aparecem porque aconteceu diversas vezes) quando Samaris e Talisca se atrapalhavam em zona nevrálgica, deixando Slimani, ou Montero, de frente para a baliza entre as linhas “encarnadas”. A verdade é que o Sporting não aproveitou esse buraco, mas aproveitou outros na segunda parte.

A entrada de Gelson para o lugar de Montero (e para o lado direito, onde deu muito trabalho a Eliseu), e a passagem de João Mário para o “miolo”, desfez a estratégia benfiquista, tendo Rui Vitória sido obrigado a tirar Pizzi para a entrada de André Almeida. Mas até lá o Sporting sufocou completamente o Benfica, que até aos 65 minutos somava apenas o remate que deu o golo na sua contabilidade de disparos à baliza. Só a entrada de Almeida ajudou a aplacar o fervor atacante contrário e entre os minutos 70 e 80 as “águias” conseguiram três remates, todos enquadrados, por Talisca (2) e Eliseu. Mas por aí se ficou.

O prolongamento foi mais confuso, com as equipas a denotarem falta de frescura física, mas o Benfica continuou encolhido e a permitir os remates do Sporting. E num deles, aos 112 minutos, Júlio César não segurou e Slimani apareceu a empurrar para o 2-1.

“BESTA NEGRA” EM FORMAÇÃO

Islam Slimani começa a ser um caso sério nos jogos contra o Benfica. Na temporada passada marcou um na Luz, nesta já leva dois apontados à formação benfiquista, e começa a ser um elemento que causa pânico na defesa do rival. Este sábado foi um autêntico quebra-cabeças.

Se na primeira parte a exibição de Adrien Silva estava a convencer até os seus críticos, a regularidade com que Slimani causou problemas acabou por torná-lo no homem do jogo em Alvalade. Esteve no lance do empate, fez o 2-1, atirou uma bola ao poste e esteve em todo o lado no ataque. Brilhante.

Fonte: goalpoint.pt

Slimani: «Foi uma vitória justa»

Islam Slimani, autor do golo com que o Sporting eliminou o Benfica da Taça de Portugal, no prolongamento (2-1), em declarações na zona mista do Estádio José Alvalade:

«Jogámos muito bem. Foi uma vitória justa. Dominámos todo o jogo. Foi uma vitória justa.»

Fonte: TVI24