RUGIDO VERDE

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Domingo, Maio 19, 2024

Neste dia… em 1977 – Entrevista a Mário Mateus (Marinho)

MARINHO DEVO AO FUTEBOL AQUILO QUE SOU E GRAÇAS A ELE ENCARO O FUTURO SEM APREENSÕES!

Marinho é um ídolo. Está na lista dos de «mais de trinta», mas ainda há dias no Estoril, ele foi o «marcador de serviço», do Sporting. O popular jogador do Sporting mora ali em Benfica. Num ambiente acolhedor, fomos encontrar o futebolista, a esposa e os dois filhos do casal, por sinal gémeos e um loiro e outro moreno. Falou-se de tudo que se relaciona com a vida de um ídolo na intimidade. Marinho, moço modesto, filho de pais modestos, não se importa de que os filhos se assim o entenderem venham ser futebolistas profissionais, desde que, como é evidente tenham a habilidade do pai, para a prática do desporto das multidões.

– Pode falar-nos da sua vida extra futebol, como vive o seu dia a dia depois de ser um chefe de família?

– Concerteza. Pois faço uma vida o mais caseira quanto possível, já que bem bastam os estágios, as deslocações e os domingos sempre fora da família, porque o futebol profissional a tanto me obriga.

– Como começou futebol para si?

– Ao contrário do que muita gente pensa eu nasci em Belém que não em Alcântara e foi em Belém que dei os primeiros pontapés. Depois sim! Depois fui para Alcântara e como é usual entre a rapaziada do Bairro o Atlético o clube eleito para ver onde podemos chegar como futebolistas a sério. Meus pais são gente do povo e muito cedo vi que as possibilidades de estudar eram poucas ou nenhumas. Portanto o futebol foi o meu trampolim para a vida. Estou casado há dez anos e tenho dois filhos com oito anos que são o José Carlos e o Mário Tito e que são gémeos, sendo como vê, um loiro o Zé Carlos e o Márito moreno. Minha mulher, que se chama Aurora, tem sido como a maioria das esposas dos profissionais do futebol uma sacrificada, pois sábados e domingos são coisas que não conhece, no que se refere evidentemente ao ambiente de casa, ou seja estar a família toda reunida.
A minha vida de futebolista, começou afinal como a da maioria. Oficialmente como disse começou no Atlético. Há precisamente dez anos apareceu a oportunidade de eu jogar no Sporting onde ainda me encontro e onde vou terminar a minha carreira de jogador.

– Notou diferença no nível de vida quando deixou o Atlético para envergar a camisola do Sporting, um clube de outra dimensão e consequentemente com muito mais responsabilidades?

– É evidente que tudo mudou. Logicamente que no Sporting passei a ganhar mais que no Atlético o que veio mudar o ambiente no que se refere à situação financeira. Mudou como futebolista já que as responsabilidades são muito maiores, levando em linha de conta que enquanto o Atlético com grandes tradições, é sempre o clube de um bairro chamado Alcântara e o Sporting é um clube com nome em todo o mundo onde se pratica o futebol.

– Quantos anos jogou no Atlético?

– Dos catorze aos vinte e dois, portanto oito anos. Portanto com dez anos no Sporting temos que estou a jogar há dezoito anos.

– Quando começou a viver a vida de profissional de futebol?

– Com o verdadeiro sentido da responsabilidade desde os dezoito anos. A partir daí a minha vida tem sido dedicada inteiramente ao futebol e talvez por isso, agora que vou fazer trinta e três anos, ainda me sinto em condições de servir o meu clube sempre que chamado a actuar, que é aliás, o que se tem visto.

– Mas não está arrependido de ter enveredado pelo futebol?

– Nem pensar nisso! A vida de um Profissional de futebol é bonita, proporciona-nos conhecer muita gente ter bons amigos e viver ambientes que noutras profissões não é fácil, acentuadamente aqueles que como eu, não puderam estudar para conseguir uma profissão que resultante de um curso superior permite realmente os tais contactos que a nós nos são possíveis.

– Temos portanto que era das tais coisas que acontecem mas que nem o jogador sabe porquê?

– Precisamente. Aliás, eu quero ainda dizer que nunca tive nada contra o Fernando Caiado, pois ainda hoje o considero muito e somos amigos. O problema era meu, mas saber porquê era difícil.

– E como se viveram em casa esses momentos?

– Com tristeza como deve compreender.

– E como se voltou a encontrar?

– Pela mão de Fernando Vaz, que além de excelente técnico é um psicólogo extraordinário um homem que sabe acompanhar um jogador nas horas difíceis. Fernando Vaz foi mais que um técnico um grande amigo que conseguiu fazer-me voltar a ser o que era. Jamais esqueço as suas palavras a sua dedicação, a maneira como me amparou.

– Como reagia a massa associativa?

– Reagia tal como os demais, quando um jogador não está a dar o rendimento que dele se espera ou se exige. Claro que tudo isso vivi como se fosse um pesadelo. Além do mais eu tinha sido um jogador comprado e que quando estava no Atlético dava o melhor rendimento na equipa alcantarense. Veja agora o meu sofrimento. Mas tudo passou.

– Marinho você com a equipa do Sporting já correu, como costuma dizer-se meio mundo. De entre os países que visitou quais os que achou mais parecidos com o nosso no que se refere ao modo de vida, à maneira de ser das pessoas?

– Sem dúvida que já conheço muito países, praticamente dos cinco continentes e conheci muitas pessoas, muitas maneiras de viver. Acho que os países latinos, a Itália, França e Espanha, são os que tem um povo e uma maneira de viver muito idêntica à nossa, que somos latinos como eles. Nos países do leste pois tudo é diferente e francamente estranhamos o ambiente. Estranha-se tudo quando estamos fora do nosso pais, acentuadamente a comida, os horários, os ambientes enfim.

– Sempre que vai fora gosta de trazer lembranças para a família?

– Sim. Trago sempre lembranças para a minha mulher e meus filhos. Para ela, porque gosta imenso trago bonecas, pois tem uma colecção muito gira. Para os miúdos, como agora quando da última ida ao estrangeiro, coisas ligadas com o futebol, como botas, e equipamentos. Outras coisas que são sempre lembranças que mais tarde nos fazem recordar este ou aquele momento.

– Sempre que tem tempo para isso, passeia com a família?

– Claro. Uma ida ao cinema, um passeio de automóvel ou então estar em casa a ler e ouvir música, ou uma conversa com amigos mas em casa.

– Nas suas férias prefere a praia ou o campo?

– As duas coisas. De manhã praia e à tarde campo. Aliás procuro sempre um local que sirva as duas coisas, pois se de manhã gosto de ir à praia com a mulher e os filhos, à tarde gosto do silêncio do campo, para esquecer o barulho dos estádios, para fugir à confusão de muita gente e então o campo é excelente para desintoxicação. Digo mesmo que gosto mais do campo, mas claro os miúdos precisam de praia e como tal faço ambas as coisas.

– Costuma jogar à bola com os filhos?

– Gosto de lhes ensinar a «mexer» na bola, principalmente ao Zé Carlos, o «loiro» que me parece ter mais vocação que o Mário Tito. Mas deve compreender que os momentos livres não podem ser de modo algum para «futebóis». Aliás, minha mulher gosta muito de cinema e eu sempre que posso faço-lhe a vontade, que aliás também a mim me satisfaz pois gosto também de ir ao cinema.

– Os filhos gostam de ouvir falar no pai, como futebolista?

– Dantes não ligavam, mas agora discutem e quando as coisas não me correm bem, são os primeiros quando chego a casa a chamar-me «nabo» porque pelo que ouviram pelo relato perdi esta ou aquela oportunidade para atirar ao golo. São neste momento uns grandes apreciadores, uns «fans», mas uns críticos terríveis.

– E a esposa?

– Está sempre ansiosa que eu chegue a casa para saber como correu o jogo, mas é muito nervosa e nem ouve os relatos. Vai aos jogos de vez em quando em Alvalade, mas gosta pouco de futebol, ou melhor, diz estar farta.
Além do mais, dos conhecimentos que se arranjam aprende-se muito na vida. Claro que há também as deslocações a vários países e tudo isso tem muita influência na formação do homem.

– E o dinheiro que se ganha?

– Eu sei que é lugar comum dizer-se que os futebolistas ganham muito dinheiro. Pois nem sempre isso acontece. Claro que não estou lamentando, porque ganho aquilo que efectivamente julgo merecer e também o bastante para que possa dar à minha mulher e meus filhos uma vida que eu não tive e certamente não teria se não fosse o que ganho na minha profissão.

– Mas há inconvenientes?

– Certamente que há. Temos uma vida muito privada. A família por vezes está na nossa companhia, ou melhor dizendo, nós na companhia da família da família, um dois dias por semana, e creia que disso se sentem a mulher e os filhos. Temos por exemplo, que noutra profissão, um chefe de família, organiza o seu fim de semana e vai com a família passear para fora da terra onde vive. Pode perder uma noite numa ou numa reunião de famílias amigas e frequentar lugares de diversões. Ora isso está vedado a um verdadeiro profissional de futebol. No meu caso e se ainda hoje estou fisicamente como estou muito devo a mim próprio e à muita compreensão evidenciada desde sempre pela minha mulher.

– Mas os sacrifícios são compensados?

– Mentiria se dissesse que não.

– A continuar assim e tendo você quase trinta e três anos, pensa que pode jogar mais quanto tempo?

– Para ser franco sinto-me bem. Jogarei enquanto o técnico responsável julgar que sou útil ao clube. Mas julgo que posso muito bem jogar ainda mais uma ou duas épocas!

– E depois?

– Continuo ligado ao Sporting, pois já tenho um contrato por dois anos, para treinar as classes mais jovens, portanto para já como jogador e técnico estou ligado ao Sporting, o que como deve compreender me dá imensa satisfação, pois sinto-me bem em Alvalade, onde afinal tenho conseguido como homem e futebolista a minha realização.

– O Marinho dentro do campo nota por vezes que não pode corresponder por uma questão de «veterania?» futebolística, evidentemente?

– É precisamente dentro do campo que eu sinto que não há diferença no que se refere a idades. A idade do jogador é avaliada durante os jogos e não pelo bilhete de identidade. Esta uma grande realidade por muito que alguns teimem não conseguem desvirtuar.

– Como tem visto a sua vida no Sporting?

– Estou certo que tenho cumprido. Sal de um clube de bairro, como se costuma dizer, para um grande clube e de imediato demonstrei que era profissional com que podiam contar. Claro que tive aquela fase de transicção que qualquer futebolista na circunstância tem, mas até hoje, salvo um ou outro momento menos bem, no que se refere a esta ou aquela actuação tudo tem corrido pelo melhor, mas, e isto eu gostaria que o semanário GOLO, soubesse, eu estive quase com as «malas aviadas» no Sporting.

– Mas então tudo tão bem e esteve «quase com as malas aviadas?»

– É verdade. Estive dois anos incríveis. Uma crise que nunca encontrei justificação para ela. Treinava, fazia a mesma vida de sempre. O mesmo ambiente familiar e no entanto não me conseguia encontrar na hora dos jogos. Foi um pesadelo para mim.

Qual era o treinador que o Sporting tinha nesse período que para si foi tão difícil?

– Era o Fernando Caiado, mas quero desde já dizer que não havia da parte dele qualquer má vontade. Não, Era eu, que não conseguia dar aquilo que valia, aquilo que eu sabia que podia fazer, mas que nos jogos não fazia. Aliás, eu fui para o Sporting com o parecer do Fernando Caiado.

Para terminar que nos diz, sobre as possibilidades de Portugal estar na Argentina em 1978?

– Possível mas muito difícil. O nosso futebol está sofrendo os golpes que tem tido com a saída de jogadores para o estrangeiro. Claro que temos jogadores que podem levar a equipa ao mundial, mas aquela derrota com a Polónia veio pôr muitas nuvens negras nessa possibilidade. Foi pena, pois a equipa está a encontrar-se e estamos a fazer resultados positivos. Pois eu não digo que seja impossível, muito embora como futebolista reconheça que ir ganhar à Polónia, pode acontecer, porque temos valor para tanto, mas que eles tudo farão para impedir que isso aconteça também não é para esquecer. Além do mais, a Dinamarca tem uma palavra a dizer pois os jogos entre os polacos é dinamarqueses podem muito bem contar a nosso favor, Vamos lá ver para fins de 1977 o que é que se conseguiu.

– Tem esperanças de qualquer maneira?

– Ainda como já disse ainda que tudo seja difícil, tenho algumas esperanças, pois vejo a alegria com que os jogadores hoje actuam na selecção nacional. Actualmente os futebolistas vivem o envergar a camisola das quinas, sentem a honra de representar o país e digo-lhe mesmo, que neste momento, e pelo desaire frente à Polónia em que o estado do terreno foi pior que o adversário, os jogadores jogam com garra com determinação. Jogam para ganhar dando tudo por tudo. Eu bem vejo a alegria com que eles recebem as convocações e a vontade que mostram de ganhar. Entre os jogadores que formam a nossa selecção, ou as nossas selecções actualmente há muito orgulho em ser convocado e sei que todos dão o seu melhore lá dentro a nossa selecção joga, como disse com raiva. Além do mais, o tecnicismo do nosso futebol é uma arma importante. Precisamos ter a sorte, que realmente nos faltou frente à Polónia nas Antas. Para terminar repito: Pode ser tudo possível ainda que difícil.

– E Marinho como nós, ia assistir ao Portugal – Itália, que tal como ele disse, ganhamos porque ao tecnicismo da nossa equipa, houve também garra e muita vontade de ganhar.

D. AURORA DISSE-NOS: OS MEUS FILHOS PERGUNTAVAM QUEM ERA AQUELE HOMEM QUE ESTAVA NO QUARTO DA MÃE!

– D. Aurora, pode dizer-nos como têm sido estes dez anos como esposa de um profissional de futebol?

– Difíceis! Extremamente difíceis., já que é uma vida praticamente só. Eu explico: Estamos casados há dez anos, e posso dizer-lhe por exemplo que nunca soube o que foi uma noite de passagem de ano. Quantas vezes, as férias anuais são coptadas porque são aproveitadas para digressões ao estrangeiro. Depois os estágios, os fins de semana, com jogos fora, tudo enfim, como deve compreender que principalmente nos primeiros meses de casados são um suplício.

– Mas depois vieram os filhos!

– É verdade, e nós mães e esposas de futebolistas profissionais, ouvimos perguntar, quando eles são pequenos: Mamã, quem é aquele homem que está ali no quarto? Pois isto é uma realidade. Claro que depois eles vão crescendo e até se aperceberem que o pai é futebolista e a vida é mesmo assim, as perguntas são sempre as mesmas: O pai, não vem para casa? Porque é que o pai não come com a gente? Porque é que o pai não dorme com a mãe?

– Mas depois o tempo passa e tudo melhora!

– Que remédio. Eu quando casei com o Marinho sabia que ele era futebolista e como tal vinha mentalizada que era assim. O que não sabia é que custava tanto as continuas separações.

– E os filhos agora com oito anos gostam de ouvir falar no pai?

– Agora até discutem com os outros miúdos. Olhe no jogo contra o Estoril foi uma festa. Vieram dizer-me que o pai tinha marcado um grande golo e que o Sporting ganhou com o golo do pai. Depois quando o pai chegou a casa foi uma festa para eles.

– Mas o dinheiro que o Marinho ganha, não compensa todos esses sacrifícios?

– Se por um lado compensa, não se esqueça que por outro o dinheiro não compra tudo e a presença dele em casa nos fins de semana muitas vezes não é paga por dinheiro nenhum, por exemplo, no fim do ano, nos aniversários, e muitas vezes no Natal.

NUNCA PASSAMOS UM ANIVERSÁRIO JUNTOS EM DEZ ANOS DE CASADOS!

– Quantos aniversários já passaram juntos?

– Por incrível que pareça nenhum! Nem festas de fim de Ano, nem aniversários dos filhos e olhe que têm oito anos!

– Gostava que eles fossem futebolistas?

– Se efectivamente souberem ser uns desportistas como o pai e se o destino deles for esse, pois que sejam, mas para ser franca, já sei que a mulher que com eles vierem a casar tem que estar muito bem preparada para uma vida de sacrifício pelo menos durante os anos em que eles estiverem no seu melhor como futebolistas, pois lá vêm os estágios, as deslocações do clube ou da selecção se lá chegarem. Pois vamos a ver o que eles serão!

– Parece que este ano vai mesmo ter festa de fim de ano na companhia do marido e dos filhos!

– Vamos ver, mas parece que o Sporting tem que ir a França e então adeus festa de ano novo.

– Está então ansiosa que o Marinho deixe o futebol?

– Nem pensar nisso! Sei que o meu marido tem o futebol dentro dele. Ele vai sofrer quando isso acontecer, muito embora eu diga com franqueza que gostaria que ele depois dedicasse um pouco mais de tempo com os filhos e claro comigo, com a casa. Mas eu não posso ser egoísta e muito menos contra a profissão do meu marido pois sempre há compensação.

– Acha portanto que o dinheiro compensa?

– Claro que sim!

Como reage o Marinho quando os jogos não correm bem?

– Como profissional que é, pois é evidente que sofre, que fica triste. Mas em casa fala com os filhos do jogo, aceita as criticas que eles fazem, mas depois diz: Pronto, acabou-se o futebol, agora vamos conversar, vamos comer. E tudo acabou.

– Qual o passatempo preferido de Marinho?

– Apanhar canários. Na véspera do dia de folga, ou nas férias chega a levantar-se de madrugada para ir apanhar canários. Uma maneira como outra qualquer de se divertir.

– Quando têm férias, o Marinho esquece por completo os estádios, o futebol enfim?

– Sim, procura esquecer e descansar e então é todo virado para a família, mas como tem dois filhos e a bola nunca deixa de os acompanhar, eles tanto pedem ao pai que quando menos espero lá estão os três a jogar futebol.

– Como vive durante as deslocações do Marinho?

– Só, com os filhos. Agora que eles já são mais crescidos falamos, eles ouvem os relatos dizem-me como as coisas correram para o pai e para o Sporting.

– Não houve relatos?

– Não! Fico com os nervos arrasados!

– Também não vai ao futebol?

– Uma vez por outra a Alvalade, mas para ser franca estou sempre excitada.

– Disposta a mais quanto tempo de sacrifício?

– Enquanto o meu marido for profissional de futebol isto não muda, portanto tanto tempo, quanto aquele que o meu marido jogar.

– E depois como técnico?

– Julgo que será mais suave!

– Arrependida de casar com um futebolista?

– Não. Até porque casei com o homem de quem gosto e como tal disposta a sujeitar-me ao que a profissão dele obriga, até porque afinal ele também se sacrifica.

Saímos de casa de Marinho. Há felicidade naquele lar, mas D. Aurora, a esposa do conhecido jogador, prova-nos uma vez mais que a vida das esposas dos profissionais de futebol também é dura. O que vale é que nalguns casos o dinheiro compensa. E Marinho mercê da sua vida regrada e da maneira como a esposa orienta a barca da vida, tem o seu futuro e o dos seus assegurado. Parabéns Marinho e boa sorte e um ano de 1977 com bom ambiente desportivo e familiar.

Isidro Louro in Revista «Golo»

Data: 05/01/1977
Local: Revista «Golo»
Evento: Entrevista a Marinho

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