Um (possível) título que não é dos Sportinguistas
A história de muitos adeptos e sócios do Sporting e da sua ligação actual com o clube assemelha-se bastante a um típico relacionamento tóxico: aquele em que um dos parceiros abusa do outro, não lhe presta atenção, ignora o outro lado porque sabe que, lá no fundo, basta um piscar de olho e o companheiro/a vem logo a rastejar, com renovadas declarações de amor eterno.
O piscar de olho, neste caso, é o possível título no campeonato de futebol sénior deste ano. Enquanto a onda de entusiasmo cresce por entre os adeptos e as demonstrações de apoio à equipa se multiplicam um pouco por todo o país, muitos esquecem que a actual direcção do clube não liga nada a isso e, quando pode, até suprime as imagens do apoio dado (em particular se vier de uma das claques marginalizadas).
Esta direcção tem-se empenhado, desde o início do mandato, em dividir e marginalizar os adeptos e silenciá-los o mais possível. Para além de formas objectivas de desprezo para com a massa associativa (como mandar descalçar uma parte dos adeptos à entrada do estádio), a gestão de Varandas tem feito um esforço suplementar para que a voz dos Sportinguistas não seja ouvida, em particular no fórum específico para tal: assembleias gerais do clube. Nunca uma direcção do Sporting foi tão adversa a escutar a voz dos sócios e em renovar a sua legitimidade, tendo em conta o rumo que o clube está a tomar.
E mesmo quando os adeptos, nas poucas ocasiões que tiveram para o efeito, demonstram o seu descontentamento com a actual gestão, não resultam quaisquer ilações ou consequências. Varandas, Rogério Alves e seus pares continuam como se nada fosse, borrifando-se ostensivamente para aquilo que os Sportinguistas pensam ou deixam de pensar.
Prova disso foram os soundbytes que se começaram a escutar logo que a prestação da equipa de futebol levou o Sporting à liderança do campeonato: a equipa estava a jogar bem “porque o estádio não tinha adeptos a pressionar os jogadores“. Ou seja, a ausência de público foi considerada como um dos factores de sucesso da formação leonina. Mesmo agora, com a liderança destacada no campeonato, pede-se aos adeptos que não perturbem a equipa com discussões à volta das calamitosas finanças do clube ou do desinvestimento nas outras modalidades. Os adeptos são vistos como empecilhos e elementos perturbadores. Quase se sugere que o Sporting pode ser campeão… apesar dos adeptos que tem.
Por isso, se o Sporting ganhar o título, esta vitória é de Varandas, da sua direcção e, obviamente, de toda a estrutura que gere a equipa principal do clube. Não é de mais ninguém. A actual gestão provará que é possível ganhar no futebol sem precisar dos adeptos para nada. Ou melhor, precisa deles apenas como meros clientes. E só isso. Esta provável vitória na Liga vai legitimar o caminho escolhido pelos actuais órgãos sociais. Os sócios e adeptos não fazem parte dessa caminhada.
Podem andar com faixas, bandeiras, fumos e as manifestações de apoio que quiserem. A direção do Sporting não quer saber disso para nada. E são eles (e apenas eles) que vão capitalizar e receber os louros desta conquista. Entretanto, os adeptos anónimos podem continuar a declarar efusivamente o seu amor eterno. O troféu não será vosso.
A vitória mais que certa nesta liga significará que em 2022 o pateta Varandas + Gege terão caminho aberto no clube até 2026 pelo menos até lá iremos assistir ao desmantelar desta equipa Pote , Nuno Mendes , Palhinha serão vendidos e voltaremos para o ano ao habitual dos últimos 40 a luta pelo 3 º ou 4º lugar . A malta leia-se a croquetada dos 15 votos votará em peso em Varandas, e o clube nos próximos 2 anos terá um passivo a rondar os 500 milhões a 550 e uma SAD nas mãos de Mendes e de CR7 que reformado aproveitará o SCP71 para engrossar a conta bancária e despachar o entulho de sarjeta do seu amigo JORGE MENDES .
Excelente!