RUGIDO VERDE

Há algum tempo que se fala em “croquetes” no Sporting para fazer referência à casta de dirigentes que temos tido desde meados dos anos 90 até 2013 e desde 2018 até aos nossos dias.

Uma questão que certamente tem apoquentado muita gente é que tipo de croquetes são, qual o tipo de carne que os recheia. Bem, na realidade isto é um bocado parvo, pelo que acredito que nunca ninguém se tenha lembrado de tal coisa até agora.

Serão croquetes de porco? Penso que não, isso seria pouco elegante e pouco saudável, embora as criaturas em questão sejam todos uma cambada de suínos.

Serão croquetes de frango? De pato? De galinha? Não me parece que sejam croquetes de aves, embora em termos práticos nunca dê para saber o que raio é que os fabricantes metem lá dentro e seja inegável que no Sporting há muitas aves raras e definitivamente muitos patos.

Da parte que me toca tanto podem ser de suíno, de aves, de coelho ou até vegetarianos. Croquetes vegan aliás se calhar até é o que faz mais sentido, está na moda e é algo bem, saudável e tal.

Mas não, em minha opinião são croquetes de vaca. E passo a fundamentar a minha opinião. O meu caro leitor já reparou bem na épica leiteira com que andamos nos jogos de futebol esta época?

Nem vou recuar muito no tempo, vou dar início ao meu exercício na jornada 10, contra o Farense em Alvalade. Mas alguma vez noutros tempos aquele penalti que nos deu a vitória no jogo seria assinalado? Bolas, eu ainda sou do tempo em que nos anularam um golo (ao Doumbia contra o Feirense em Alvalade) por uma falta dois minutos antes no meio campo!

Jornada 11, Codecity x Sporting. Para quem não está familiarizado com o nome Codecity, trata-se da ex-SAD do Belenenses. Aos 75 minutos deste jogo o defesa Tomás Ribeiro vê um segundo amarelo num lance completamente desplicente da sua parte sendo expulso. Não que necessitássemos deste momento no jogo para o ganhar, porque a Codecity é fraca, contudo veio facilitar (ainda mais) a vitória e não me recordo dos nossos adversários nos darem estas abébias no passado.

Jornada 12, contra o Braga em Alvalade, podíamos perfeitamente ter levado três ou quatro golos nesse jogo, Paulinho, Ricardo Horta duas vezes e Ali Musrati. Contra a corrente do jogo acabámos por ser nós a conseguir marcar e vencer o jogo. Vitória muito importante diga-se, que praticamente garante um lugar na próxima edição da Liga dos Campeões.

Jornada 14, contra o Rio Ave em Alvalade. Neste jogo não tivemos sorte, fizemos um mau jogo e não ganhámos. É certo que o nosso golo é, na altura, completamente caído do céu, mas o deles também o viria a ser mais tarde equilibrando dessa forma as contas do encontro. Não, a nossa sorte nesta jornada não foi aqui mas sim no encontro entre as duas nádegas corruptas, que empataram entre eles e dessa forma mesmo perdendo dois pontos não perdemos pontos para nenhum deles! Para além disto Taremi, jogador em claro ascendente de forma e um dos principais destaques do Porto por estes dias, foi expulso ficando dessa forma indisponível para o jogo da Taça da Liga.

Jogo da Taça da Liga esse onde voltámos a ser bafejados pela fortuna, para além da ausência de Taremi acabámos também por beneficiar das ausências de Otávio, Sérgio Oliveira e Luis Diaz todos infectados com Covid-19. E estes quatro são só, a par de Jesus Corona (nome curioso para se ter numa altura destas hein?) os melhores jogadores do plantel azul e branco.

Este sacana deste Covid tem sido a sorte dos nossos actuais órgãos directivos, lá está, dos croquetes. O Covid gosta de croquetes, estes têm tido a sorte de o ter como aliado, não fosse este vírus certamente já teriam caído.

E para terminar, a cereja em cima do bolo caro leitor: na passada jornada (14) os dois centrais do Boavista Cristian Castro e Chidozie Awaziem, nosso próximo adversário na liga, foram expulsos! Ou seja, não jogam contra nós! Eu não me lembro realmente destas coisas nos acontecerem, a toupeiras e fruteiros sim, sempre foi o prato do dia, agora a nós?

Eu gostaria realmente de ter tido um só pedacinho desta sorte toda em 2016, em 2007 ou em 2005, teria dado para sermos campeões em todos esses anos. E esta sorte toda desta época dividida por esses três anos teria sido suficiente, e se calhar ainda sobrava, sendo que temo que este ano ainda assim não seja suficiente para ganhar.