RUGIDO VERDE

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Quinta-feira, Março 28, 2024

Vacina Democrática

Continuam-se a viver tempos estranhos no mundo, todos nós, por momentos, já tivemos a clara sensação de que tudo isto não passa de um pesadelo, e que, daqui a pouco, quando voltarmos a acordar, sacudidos pelo som do despertador, voltaremos à tranquilidade possível na vida de cada um.

Enquanto essa tranquilidade não acontece, o despertador lá vai tocando, e vamos despertando para a dura realidade da pandemia e das suas consequências nas nossas vidas, dos nossos filhos, familiares, amigos e desconhecidos, pois, como já todos testemunharam, se há realidade democrática, a pandemia é disso exemplo: “ninguém está imune”.

Já desperto para esta realidade e também pelo despertador, aproveito o seu efeito de estremecimento para me lançar ao tema mais importante dos menos importantes da nossa vida, o futebol, o Sporting Clube de Portugal.

As similitudes entre este tempo estranho e aquilo que se passa dentro do nosso querido clube são, vistas de um certo prisma, desoladoras.
Começar desde logo pelo confinamento a que todos nós, sócios e simpatizantes, estamos sujeitos e que nos afasta da vida do clube.

Será óbvio de constatar que a pandemia é a principal responsável por este afastamento, mas, como foi possível validar na última AG, não só de regras profiláticas se fez essa “reunião magna”, mas sim de uma vontade pouco democrática desta direcção, que decidiu transformar aquilo que seria uma debate de ideias numa tarde eleitoral. 

A título de exemplo da possibilidade de reunião em segurança, basta olhar para clubes menores, que respeito, como o Vitória de Guimarães ou o Boavista. 

Nunca um voto contra foi tão expressivo, cristalino e entendível pela massa associativa do Sporting Clube de Portugal. Tratava-se de votar para lá de um orçamento ou aprovação de contas, estava em causa a dignidade, orgulho e respeito pelos sócios do Sporting Clube de Portugal.

Como são os sócios que mandam no clube, apesar de estes tempos áridos de confinamento permitirem o vislumbre de alguns abutres, decrépitos, de poucas penas, devido ao discurso circular e gasto, a democracia venceu.

O discurso necrófago da constituição de uma comissão para votar orçamentos, o da venda da maioria do capital da SAD, o de extinguir as claques e o de ser uma chatice ter de ouvir os sócios do clube numa AG, teve nesta última participação associativa um primeiro teste muito positivo, como se de um ensaio para uma vacina se tratasse.

Como esse primeiro teste foi positivo, entramos agora numa segunda fase com o pedido de uma AG destitutiva e uma outra de reintegração de sócios, entre eles Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho.

Caso este segundo teste se venha a confirmar como o anterior, positivo e com alta probabilidade dos seus resultados virem a verter resultados democráticos altamente beneficiadores do Sporting Clube Portugal, como clube centenário e dos sócios, estaremos então munidos da vacina democrática distribuível por todos os sócios: eleições livres, onde todos os sócios de pleno direito se possam candidatar.

A pandemia que o clube atravessa é essa, a de ter afastado de forma precipitada alguns sócios do clube, a de ter maltratado desde então aqueles que ao clube mostram fidelidade e o não haver vislumbre de vontade de mudança desta realidade pela direcção.

A vacina democrática deve ser ministrada o quanto antes, nós, os sócios, ou pelo menos a minoria válida estatutariamente, assim o exigimos. 
Só através de eleições livres – vacina democrática – e onde todos os sócios de pleno direito se possam candidatar (tal como defende Luís Filipe Meneses) se pode almejar encontrar a paz e tranquilidade que irá repor o Sporting Clube de Portugal na senda daquilo que são os seu pergaminhos.

Até lá, sem essa vacina democrática, não haverá imunidade de grupo.

Saúde para todos
Saudações Leoninas
Viva o Sporting Clube de Portugal

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