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Quinta-feira, Março 28, 2024

Então e os Núcleos?

Enquanto os nossos rivais diretos apontam baterias para a próxima época, o Sporting continua entretido com as suas habituais minudências e, sobretudo, com as questiúnculas a que todos, sportinguistas ou não, estamos já habituados.

Refiro-me, concretamente, à introdução do ­i-voting, proporcionando o chamado voto eletrónico à distância. O Conselho Diretivo apresenta esta medida como algo que contribuirá para aumentar a participação associativa daqueles que moram fora da Área Metropolitana de Lisboa. Afirmam aos sete ventos que tal medida se reveste de segurança e que garante todos os princípios democráticos.

Não estou munido das capacidades técnicas e argumentativas para contestar ou não a segurança do i-voting.

Mas, enquanto sócio do Sporting Clube de Portugal e do Núcleo Sportinguista de Matosinhos, compete-me fazer uma questão a este Conselho Diretivo: qual a razão para não descentralizar os processos de votação das Assembleias Gerais do Clube nos numerosos núcleos que existem por esse Portugal e Mundo fora? De que têm medo, afinal, estes Senhores, em dar a “palavra” aos Núcleos?

Bem sei das dificuldades logísticas, operacionais e financeiras por que muitos destes “pontos leoninos” passam no seu quotidiano. Muitos deles apenas sobrevivem pelo espírito do esforço, dedicação, devoção (muitas das vezes sem glória) de muitos dos seus dirigentes e associados que tudo fazem para que aquele seja o antro local do nosso clube além-Lisboa.

É por isso que esta questão do i-voting, não englobando os Núcleos do Sporting, se reveste de uma enorme falta de respeito e, diria mesmo, de afronta aos nossos Estatutos onde os mesmos estão devidamente consagrados.

É por isso que, em vez do i-voting, que permite que cada um vote de qualquer lugar desde que esteja ligado à internet, eu pergunto: Então e os Núcleos?

Simão Mata

Sócio nº 68.789-0 do Sporting CP

Sócio nº 250 do Núcleo Sportinguista de Matosinhos

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Comments

  1. Concordo.
    Nos núcleos o processo seria cómodo, poder-se-ia discutir os temas previamente e a votação seria verificada e escrutinada devidamente.
    No i-voting os mesmos palhaços que enviam carrinhas para transportar e depois ajudar os mais antigos a votar, poupar-se-iam a esse trabalho, pois decidiriam por eles mesmo sem a sua presença, bastando para isso ter o cartão (ou fotocópia) do mesmo na sua posse.