RUGIDO VERDE

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Sexta-feira, Abril 26, 2024

De facto, o GPS está estragado…

Na última quinta-feira todos reparámos na estranha ausência de Mathieu no jogo. Ainda antes do jogo circulou a informação de que teriam existido problemas entre o jogador e treinador.

Após o jogo, a esse propósito, o treinador referiu:

O Mathieu ficou de fora porque, seja quem for, tem de seguir uma linha. Não me interessa se é o Nuno Mendes, se é o Mathieu. Começa uma nova semana, começa uma nova vida. Não me interessa se vem do Barcelona… Para mim o Sporting tem uma linha e não é por eu mandar aqui, é para não me perder. Quem segue, muito bem. Cada jogador tem uma semana menos boa, mas ou segue os comportamentos ou não. Na nova semana estará integrado. Os melhores vão lá estar, todos vão ter de lutar, se não lutarem jogam outros

Rúben Amorim

Ou seja, o treinador deu força à tese de problemas comportamentais. Está no seu direito, e não é isso que nos importa analisar.

 Twitter @sporting_cp

Já ontem, fomos brindados com a notícia de que o jogador teria sido “tramado” pelo GPS. Mais uma vez, não nos interessa discorrer sobre o facto de mais uma vez aparecer esparrachado na imprensa algo que devia ter ficado fechado no clube. E muito menos discutir se é verdade ou não. Confesso que, não sendo, é de uma criatividade extrema. Os meus parabéns aos autores.

Durante o dia, o Sporting Clube de Portugal, através do seu Responsável de Comunicação, no meio da habitual propaganda para gente ignorante ou esquecida, brindou-nos com o seguinte no site do clube:

Não. Isso seria sério demais. Elogiam-se assim outras defesas, enquanto se tenta colocar em causa o profissionalismo de Mathieu com histórias fictícias desfasadas da realidade. 

Ao contrário de outros tempos e para grande infelicidade de alguns, assistimos a um balneário unido e sem fugas de informação vital. As razões pelas quais o internacional francês não fez parte da lista de convocados sabe-as o treinador. Que se explicou bastante bem no pós-jogo com o FC Paços de Ferreira. Mas para mau entendedor, nem duas ou três palavras são suficientes. 

Miguel Braga

Alimentando portanto, a versão criativa dos jornalistas. Mas não só, com o brilhante texto opinativo deixou também o treinador sozinho, num discurso em contramão. Porque de facto, caro Miguel, as três ou quatro palavras do treinador foram suficientes e elucidativas. Suficientes para se perceber que mais depressa a versão criativa dos pasquins faz sentido, que o devaneio de realidade paralela a que se deu o trabalho de escrever.

De facto, falta muito GPS, mas isso já vem desde que lá entraram. Ao Amorim, resta que se vá habituando.

Falando em orientação, Miguel Braga referiu ainda que:

… a aposta na formação e na juventude, tanto do treinador como de uma administração que em dois anos formou 20% dos atletas que deram o salto da Academia de Alcochete para o plantel principal

É o momento em que toda a formação nacional deve refletir bem sobre a direcção que tem sido seguida. Afinal, basta trocar de colchões (dizem que era falso, mas o relevante era enganar os putos que se passaram a sentir a flutuar durante a noite), e rodar treinadores intensamente, com 10 entre equipa A e Sub-23 no último ano e nove meses, para se verificarem resultados numa formação “destruída”.

É evidente, quantos mais treinadores diferentes, quantos mais despedimentos, mais jogadores se formam. Um dos princípios básicos no sistema de educação. Sigam o exemplo, não é magia: é know-how. São as coordenadas de GPS certas.

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