RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Domingo, Maio 05, 2024

Varandices Mitológicas

Caros leitores, Saudações Leoninas!

Muitas são as histórias do nosso grande Clube que temos para contar, e não menos diferentes, são as histórias “estristes” que o presidente em funções irá inevitavelmente deixar no seu legado, como que um vírus que assentou arraiais num qualquer corrimão de centro comercial. Ah o vírus, é verdade, o COVID19 caramba, esse malfeitor que já serve de desculpas para a incompetência que temos neste momento e para o que iremos assistir nos próximos episódios, aliás, já começou!

Até nisto os abutres que se instalaram no Sporting têm sorte, enfim…

Por falar em histórias, a travessia desgastante, sabotadora e inapta do actual presidente faz-me lembrar a história de Dédalo e Ícaro, mais pelo que sucedeu a Ícaro. A beleza da história e das lendas são mesmo estas, podermos fazer comparações e até prever desfechos, o que é mais irritante é o facto de o ser humano pouco aprender com o passado, esquece-se muito rapidamente, e no que ao Sporting diz respeito, aí assumo que uma franja de adeptos são profundos cata-ventos, umas Maria-vai-com-as-outras, altamente influenciáveis e acomodados. Esta foi a lavagem que os elitistas croquettes fizeram, década após década, modificando por completo o ADN do Sporting Clube de Portugal, com a única finalidade de se servirem dele.

Na mitologia grega, Ícaro era filho de uma das pessoas mais criativas de Atenas, Dédalo, famoso pelas suas invenções e pela perfeição dos seus trabalhos manuais, simbolizando o engenho humano. Um dos seus maiores feitos foi o Labirinto,  construído a pedido do rei Minos de Creta, para aprisionar o Minotauro, monstro metade homem, metade touro. Por ter ajudado a filha de Minos a fugir com um amante, Dédalo provocou a ira do rei que, como punição, ordenou que ele e o seu filho Ícaro fossem colocados no Labirinto.

Logo à cabeça vem-me a imagem paternalista (que o é para o presidente em funções, e de quem me enoja dizer o nome), defensora e malabarista de Rogério Alves.

Sim, esta personagem que, como todos sabemos, foi um dos grandes obreiros da destituição de Bruno de Carvalho e fabricante de diversas armadilhas, e continua a representar toda a escumalha que reina no Clube ao atropelar os seus estatutos uns atrás dos outros.  É artista.

Aqui ao contrário da lenda infelizmente, Rogério Alves tem tido via verde para fazer o que quer, pois os sócios têm tido um comportamento completamente desinteressado e amorfo para a gravidade da situação, mas continuemos.

Dédalo sabia que a sua prisão era intransponível, e que Minos controlava mar e terra, sendo impossível escapar por estes meios. “Minos controla a terra e o mar”, disse Dédalo, “mas não o ar. Tentarei este meio”.

Dédalo fez asas, juntando penas de aves de vários tamanhos, amarrando-as com fios e fixando-as com cera, para que não se descolassem.

Tal como na lenda, Rogério deu ao actual presidente todas o apoio e as asas necessárias para que pudesse voar, deu-lhe protagonismo através de uma comunicação social avençada, através dos diversos cartilheiros nas TV´s, inclusive imagine-se só, de comentadeiros do clube rival; foi inúmeras vezes felicitado pelas elites corruptas do Sporting e doutras instituições também elas corruptas, pelo seu comportamento pacificador no futebol português; alimentou-se de forma asquerosa e repugnante de BdC, ligando-o constantemente ao ataque de Alcochete; depois como bom filho, foi aconselhado a virar-se para as claques; recentemente lá voltou novamente a personagem heróica do “Doutor Coragem”, depois de Kandahar temos um parasita numa luta destemida contra um vírus, uma trágico-comédia de um voluntário do Exército Português.

O trabalho ficou pronto! Ícaro agita as suas asas e começa a voar. Começa a dominar o processo, mas ele é logo avisado pelo pai de que não poderia voar demasiado alto para que o calor do Sol não derretesse a cera que colava as penas, nem tão baixo, pois o mar podia molhá-las.

Sentiram-se como deuses, mas Ícaro deslumbrou-se com a bela imagem do Sol e, sentindo-se atraído, voou em sua direção, esquecendo-se das orientações do seu pai. A cera das suas asas começou rapidamente a derreter e logo Ícaro caiu no mar, morrendo.

Tal como nos conta esta lenda, o indigno presidente do Sporting tem voado bem alto, tudo lhe é permitido, também se deslumbra, neste caso com o seu cargo, seduzido pela cor do dinheiro avança com confiança, e é essa confiança que o fará cair, a ele e ao grilo falante. E já agora se não for pedir muito, a restante escória.

Dédalo, viu as penas das asas do seu filho a flutuar no mar. Chegando seguro à Sicília,  enterrou o corpo do seu filho e chamou o local de Icaria.

Esperemos que no final desta presidência, que nos desonra como amantes do clube, seja feito um funeral e depois das duas uma, ou enterramos num buraco bem fundo este bando de amigos que faz do nosso Sporting um salão de baile ao seu serviço, ou enterram eles o Clube de vez, e no fim – como na história de Dédalo e Ícaro – também lhe dão um nome, um nome qualquer, pois nessa altura o clube deixará de ser dos sócios e mais nada restará.

Artigos relacionados

Comments

  1. Neca Pinto

    Não têm faltado oportunidades para este Ícaro artolas se estatelar no chão, tantas e tamanhas têm sido as asneiras e as demonstrações de incompetência.
    Mas a verdade é que sempre alguém aparece a ampará-lo e a queda iminente é evitada. Enquanto continuar a proteção descarada da intoxicação social, dos comentadeiros mais ou menos avençados e enquanto uma fatia importante dos sócios e adeptos não abrir os olhos, este Ícaro repugnante continuará o seu vôo desengonçado, para mal dos nossos pecados e para mal do nosso querido Sporting.