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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Ano novo, vida velha!

Sporting 1 – 2 Porto

Primeiro jogo de 2020 e logo um jogo entre dois dos grandes clubes do futebol português, o Sporting Clube de Portugal e o Futebol Clube do Porto. Para ambas as equipas jogava-se aqui uma partida decisiva para as aspirações existentes no resto da época. O Porto não podia perder pontos depois da vitória do primeiro classificado benfica e o Sporting ainda mantinha alguma esperança em chegar, pelo menos, a um lugar de acesso à Champions League.

Silas não inventou e apostou no onze mais óbvio. O habitual 4-3-3, com uma tripla de ataque composta por Bolasie, Vietto e Luiz Phellype. O adversário também surgiu com a equipa inicial esperada, com uma dupla de ataque, Soares e Marega, bastante forte a jogar em profundidade.

Numa primeira parte pouco empolgante, o jogo começou, no entanto, da pior forma para o Sporting. Logo aos 5 minutos, após um passe longo de Corona, Marega apanha a defesa do Sporting em contrapé e consegue fugir à marcação, especialmente de Ristovski. Isolado em frente a Max, bastou um toque subtil para desviar a bola do guardião leonino, fazendo o primeiro golo do encontro muito cedo.

A partir desse primeiro golo, a partida entrou numa fase bastante morna. Nota apenas para um lance de penalty que Jorge Sousa não assinalou para o Sporting, por falta clara de Alex Telles a Bolasie, impedindo de forma imprudente o congolês de prosseguir com uma jogada dentro da área.

Aos 33 minutos, o Porto esteve perto de fazer o segundo golo na partida. Numa bola ganha ainda atrás do seu meio campo, Nakajima progride de forma impressionante no terreno, mais de 40 metros, culminando a jogada com um remate forte ainda fora da área, com a bola a sair ligeiramente por cima da barra da baliza de Maximiano.

Aos 43 minutos, o golo do empate do Sporting! Após uma reposição de bola do guarda-redes Marchesín, Acuña antecipa-se e recupera a bola a meio campo, iniciando uma jogada bem desenhada, que ele próprio encarrega-se de finalizar, com um remate potente do seu pé esquerdo, sem hipótese para o guarda-redes adversário.

Terminava, assim, uma primeira parte intensa, mas sem brilhantismo e sem jogadas de grande perigo, à exceção dos dois golos marcados. Esperava-se uma segunda parte melhor, em que ambas as equipas teriam de ir, obrigatoriamente, em busca dos três pontos.

A segunda parte foi totalmente diferente da primeira. Assistiu-se a um jogo dinâmico e cheio de oportunidades, principalmente para o Sporting. Logo aos 48 minutos, após condução de bola do lado esquerdo por Bruno Fernandes, o capitão leonino lançou a bola para a zona central do terreno, onde se encontrava Vietto. O avançado leonino não hesitou e conseguiu driblar dois jogadores adversários antes de rematar ao poste da baliza do Porto. Muito azar neste lance!

Pouco depois, aos 54 minutos, nova jogada muito bem delineada pela equipa verde-e-branca. Novamente Bruno Fernandes a começar a jogada e a lançar a bola para Acuña do lado esquerdo. O lateral-esquerdo faz um grande cruzamento com Luiz Phellype a aparecer de cabeça com a bola a sair ligeiramente ao lado do poste esquerdo da baliza. O Sporting entrou bastante ofensivo nesta segunda metade e logo a seguir, aos 57 minutos, esteve novamente perto do golo. Num lance novamente conduzido do lado esquerdo do ataque, Acuña consegue ultrapassar Corona e com algum espaço opta pelo cruzamento para a entrada e remate de primeira de Bruno Fernandes, com o esférico a sair de novo muito perto da baliza.

Aos 61 minutos, mais uma oportunidade flagrante para a equipa da casa. Luiz Phellype tem uma grande responsabilidade neste lance, ao ganhar a disputa de bola com Corona e a conseguir libertar Vietto que fica em grande posição, mas com o argentino a rematar ao lado quando tinha tudo para marcar golo. Choviam as chances e um minuto depois o Sporting volta a falhar de forma flagrante. Numa jogada de insistência, a bola chega a Acuña que vendo Vietto em excelente posição, coloca-lhe a bola para uma finalização por cima da baliza de Marchesín.

Quem não marca, sofre, é um dos mais conhecidos ditados da gíria futebolística e assenta de forma perfeita nesta partida. Aos 72 minutos, contra todas as expectativas, o Porto marca o segundo golo. Num canto marcado de forma exemplar por Alex Telles, a bola chega a Soares, que sem dificuldade cabeceia de forma certeira para o fundo das redes de Max.

Perante esta grande contrariedade, o Porto tem ainda duas oportunidades para chegar ao terceiro golo. A primeira, aos 74 minutos, surge a partir de um contra-ataque bem desenhado, com a bola a chegar a Luiz Dias, após excelente combinação com Soares. Em frente à baliza, o colombiano permite a Max uma enorme intervenção, mantendo o Sporting no encontro. Pouco depois, aos 78 minutos, Alex Telles, a 30 metros, não hesitou em rematar com o seu melhor pé, com a bola a sair pouco ao lado do poste direito da baliza do Sporting.

O jogo não termina sem uma última grande oportunidade do Sporting. A partir de um canto marcado por Bruno Fernandes aos 84 minutos, Coates consegue saltar mais alto que Marcano, cabeceando à barra da baliza portista.

Independentemente da “chuva” de golos falhados pelo Sporting, a verdade é que o vencedor do encontro foi o Porto. Acabou-se, desta forma, a sequência de uma década de jogos sem o Porto vencer em Alvalade e aumentou de forma preocupante a diferença de pontos para o segundo e primeiro classificados.

Análises Individuais:

Maximiano (Nota 6) – No dia em que fez 21 anos, não teve uma grande prenda ao sofrer esta derrota. Ainda assim esteve em destaque com duas grandes defesas, já nos minutos finais do encontro.

Ristovski (Nota 4) – Não esteve particularmente evidente no apoio ao ataque e ficou marcado pelo primeiro golo, ao deixar Marega livre de marcação em frente a Maximiano.

Mathieu (Nota 5) – Não ficou bem na fotografia no primeiro golo do adversário, colocando Marega em linha. Foi, no entanto, chamado a intervir algumas vezes durante todo o encontro, fazendo-o com eficácia.

Coates (Nota 6) – Tal como toda a defesa, não ficou isento de culpas no primeiro golo do porto. Ainda assim foi dos jogadores que mais tentou lutar contra o resultado adverso. Nota para um cabeceamento à barra, já no final do encontro, que poderia ter dado pelo menos um ponto ao Sporting.

Acuña (Nota 7) – O melhor do encontro da equipa leonina. Acuña esteve em muitas jogadas de perigo da equipa, com diversas assistências que não resultaram em golo por muito pouco. Além disto, marcou o único golo do Sporting, após uma jogada em que ele próprio recupera a bola.

Doumbia (Nota 4) – Sentiu imensas dificuldades no jogo de hoje. Não soube ocupar os espaços defensivos de forma eficaz a meio campo. Ficou, também, fortemente ligado ao segundo golo de Soares, que lhe ganha o espaço nas costas cabeceando de forma certeira.

Wendel (Nota 5) – Foi importante a espaços no transporte de bola, mas andou na maior parte do tempo de jogo longe dos centros de decisão e da disputa de bola. Já vimos melhor.

Bruno Fernandes (Nota 6) – Já vimos jogos mais bem conseguidos, mas ainda estamos para relatar um jogo em que faça uma má exibição. Esteve em diversos lances de perigo, quer iniciando essas jogadas, quer assistindo como no cabeceamento à barra de Coates. Não teve muito espaço para aplicar o seu pontapé, apenas com um apontamento aos 57 com remate ligeiramente ao lado.

Vietto (Nota 5) – O jogador mais difícil de aplicar uma nota. Criou bastantes oportunidades, mas falhou-as todas, algumas bastante flagrantes. É um jogador de qualidade acima da média para o futebol português, mas tem de melhorar bastante o capítulo da concretização.

Bolasie (Nota 5) – Esforçado, mas pouco interventivo. Pouco há a destacar de Bolasie neste encontro.

Luiz Phellype (Nota 6) – Não marcou é verdade, mas esteve presente em jogadas interessantes, como uma em que após conquista de bola deixa Vietto praticamente isolado frente a Marchesín. Esteve próximo do golo aos 55 minutos com um cabeceamento ao lado.

Rafael Camacho (Nota 5) – Entrou aos 79 minutos e foi colocado no lado direito do ataque. Não conseguiu abrir o livro como no último jogo em Portimão.

Gonzalo Plata (Nota 5) – Tal como o seu colega Camacho, entrou a cerca de 10 minutos do final da partida. Sem nada de relevante a registar.

Jesé Rodriguez (Sem avaliação) – Entrou já nos últimos minutos, mas sem resultados práticos.

Silas (Nota 6) – É verdade que o Sporting perdeu o jogo, mas Silas foi dos menos responsáveis pela derrota. Frente a um adversário forte e importante, a equipa leonina dividiu a primeira parte e foi claramente superior na segunda metade do encontro. A estratégia não teve, no entanto, em conta a falta de eficácia dos jogadores leoninos que não conseguiram concretizar as oportunidades criadas.

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Comments

  1. Babalu, um leão como tu

    Mas, na verdade, o suficiente para os do costume