Estamos a mudar
Somos todos Sportinguistas, sejamos lagartos, croquetes ou sportingados. Em Alvalade, no João Rocha, em casa, fora ou no sofá, sem exceção; todos temos um Leão no nosso peito. A diferença é que uns miam outros rugem, mas de igual, somos todos Sportinguistas, nem mais Sportinguistas, nem menos Sportinguistas; nem uns recebem, nem outros dão lições de Sportinguismo, cada um sente o Clube a sua maneira e com diferente intensidade.
E aqui surge a mudança que estamos a sofrer: uma mudança de cultura, de mentalidade e de forma de ser e estar como Sportinguistas.
Já não nos contentamos com as frases aparentemente sábias e discurso fluente com as palavras mais rebuscadas do nosso dicionário de um qualquer advogado de renome na praça nem, muito menos, com as complexas contas apresentadas num relatório e contas, explicadas num teor muito técnico por uma qualquer mente brilhante, vinda duma instituição financeira.
Já não acreditamos nas notícias de supostas contratações, nos conflitos internos inventados para criar instabilidade, nos comentadores afetos ao nosso Clube, porque eram antigos craques da bola, gente que se lambuza nos camarotes e que, ouvindo dizer, o transformam como certo nos comentários semanais. Já não nos servem as palavras refinadas, educadas e glamorosas de um qualquer tio de famílias brasonadas ou abastadas.
Estamos a mudar, porque queremos mais, porque já não admitimos que nos mintam, que nos vendam a banha da cobra, o nosso gelado vai certinho à nossa boca não à nossa testa. Não admitimos o suficiente, queremos tudo, queremos que quem veste a nossa camisola faça mais, seja mais, possa mais e vença mais.
Durante cerca de 30 anos, até 2013, éramos respeitadores, glamorosos, educados e desportistas. “Perdemos, mas jogámos bem”, “saiu para o nosso rival, mas fizemos algum dinheiro”, “não veio porque queria ganhar muito”, “o árbitro era um malandro”… Isto era no que acreditávamos, era isto que comíamos, porque nos deixávamos levar por palavras mansas com desculpas de falta de poder financeiro, de amizade entre os agentes e os clubes rivais, e da dependência das instituições desportivas para com os clubes que se faziam representar nessas instituições, enquanto os nossos representantes achavam isso uma chatice.
Mas nem todos estamos a mudar, alguns teimam em querer a continuidade deste Sporting calmo, servil, respeitador e silencioso. Obviamente, os nossos adversários adoram este Sporting glamoroso, mas esses nós até os entendemos e não é a esses que me refiro. Refiro-me a todos aqueles que se reúnem em grupos elitistas, de gente superior, gente que sempre rodeou o Sporting, mas que realmente nunca fez nada por ele. E temos de todos os tipos: gente com os mais diversos interesses financeiros, diretos e indiretos, gente que necessita de ser notada, os tão afamados notáveis, que se espalham pelos órgãos de comunicação, que gerem empresas com interesses em fazer negócios com o Sporting. Aqueles que só querem estar junto, para saber, para estar informado e depois usar isso a seu favor e até o palerma que propõe estátuas, porque quer parecer bem junto dos outros, sem nada ganhar e apenas ser notado. E estes todos, uma minoria, são os que rugem, porque têm algo que lhes interessa, porque lutam pelos seus interesses.
Numa posição contrária, nós, os que miam, com passividade, em que o único interesse é o amor que temos pelo nosso Clube – e eu sei que ao escrever estas palavras muitos de vocês se sentirão ofendidos e injustiçados, mas esta é a verdade – quantos de nós deixámos de ir a uma Assembleia Geral para tomar uma decisão ou defender uma posição e preferimos ficar em casa em paz, sem filas, sem esperar pelos procedimentos? Quantos de nos abandonámos os nossos lugares no estádio ou no pavilhão sem contestarmos uma derrota, insatisfeitos, mas sem tempo e vontade para mostrarmos o nosso descontentamento?
E assim miamos na defesa do nosso amor, enquanto outros rugem na defesa dos seus interesses e assim estamos a mudar. Ainda não mudámos totalmente, já não aceitamos tudo, já respeitamos quem somos, mas não nos fazemos respeitar perante aqueles que rugem nos seus interesses e aproveitamento pessoal do Clube, perante aqueles que servem o Clube como atletas e staff técnicos, mas acima de tudo, perante aqueles que nos gerem, que deviam ser os primeiros a salvaguardar o nosso Clube e dele fazer mais, maior e melhor.
Concordo plenamente.
Acima de tudo o Sporting vive rodeado de pessoas que se servem dele e se estão a cagar para o clube.
Se fosse o caso de se servirem mas tornando o clube maior e melhor, mas apenas querem mamar na teta da porca…. e a porca está cada vez mais magra.
Claramente que a falta de militância de que falas também se deve ao facto das pessoas não viverem para o clube, As pessoas têm vida, tem familia, não têm de sacrificar tudo pelo clube, como o Bruno de Carvalho fez. O clube é apenas um clube, não podemos exigir que todos o vivam com a mesma intensidade.
Eu era sócio para ajudar as modalidades, não para ir ao estádio, não para votar, não para comprar na loja verde. Eu nem vivo em Portugal. Era apenas para ajudar o clube. Mas apenas ajudo quem quer ser ajudado. Se os 71% escolheram isto eles que ajudem pagando mais quotas, porque não contam mais comigo.
Concordo com o que li. A maior parte daqueles que se servem do Clube ou serviram são os que menos fazem. Mas em tudo tem de haver educação e normas. Aqueles que hoje mais se sentem ofendidos e que lutam para que o SPORTING não seja gozado e ofendido também pouco fazem para que o Sporting não saia da comunicação social pelos piores motivos. Sei, e não estarei enganado a quem se referem e a que mandato mas também sei e é a minha opinião que esses que se opõem ao Presidente Varandas nada têm feito para correr com quem tanto tem prejudicado o Sporting. Sempre apoiei as Claques mas também as censuro pelo desatino que mostram. Quantas multas o Clube já pagou por desacatos! Quantos insultos se ouvem nos próprios jogos aos jogadores e ao Presidente! Quanto a faltarem aos jogos e deixarem Alvalade meio despido isso não é próprio de um Sportinguista. Eu estou sempre presente em todos os jogos e quando o meu filho não pode ir dou a um sportinguista a game box ou utilizo-a eu depois de utilizar a minha. Tenho o hábito de estar presente nas Assembleias Gerais e já muitas as vezes falei dizendo o que me vai na alma. Outras vezes escrevo. No tempo de Bruno de Carvalho várias vezes por carta lhe pedi que fomentasse a união entre sportinguistas. Nada fez por isso. Lembro-me da última Assembleia Geral a que assisti no mandato dele que foi uma vergonha! Quando esta direcção tomou posse pedia-lhe que a união entre sportinguistas era o essencial. Nada foi feito nesse sentido e agravou-se ainda mais com a forma como as claques se têm manifestado. Peço a todos os intervenientes que apoiem a direcção e no final do seu mandato que apareça uma personalidade forte que possa levar o Sporting onde todos os sportinguistas gostariam que estivesse. Um abraç.
Feliz Natal para todos os Sportinguistas e famílias.
Receita de arroz:
Ingredientes
200g de arroz agulhinha
50g de cebola picada (1 cebola média)
20g de alho picado (4 a 5 dentes)
50 ml de azeite (1/4 de xícara)
Água o quanto baste
Sal a gosto
“Peço a todos os intervenientes que apoiem a direcção e no final do seu mandato que apareça uma personalidade forte que possa levar o Sporting onde todos os sportinguistas gostariam que estivesse.”
Isto não é a sede de campanha de um partido político, meu caro. Ninguém aqui vai apoiar uma direcção que só tem 1 motivo, afundar o Sporting. Devia ouvir o Podcast de hoje, o Simão e o Sabino disseram-me que é bom para “sportinguistas” como o senhor.
Henrique concordando ou não com essa mensagem, apenas pode ser entendida como Propaganda….. e da mais barata.
Bom Natal
o clube dos interesses e das vaidades é o normal, houve 18 anos que isso não aconteceu com JR, JG, BC, sempre fomos pouco exigentes e aceitámos sempre a conversa dos ditos notáveis, desta vez os interesses capturaram definitivamente o clube. Quo Vadis.