Sócio, estás desconcentradissimo!
Sócio do Sporting, ultimamente a tua condição de associado anda pelas ruas da amargura. Pronto, não anda assim para todos os sócios do Sporting. Uma parte deles está satisfeita porque o futebol masculino foi campeão. E só isso basta. Mas para uma maioria (quero acreditar) as coisas não andam bem. Isto porque levam a condição de sócio do clube a sério. Gostam de cumprir os seus deveres e de que os seus direitos sejam respeitados. Coisa que, ultimamente, vamos reconhecer, não tem acontecido.
Mas afinal de contas, o que é que ser sócio do Sporting significa? Para termos uma ideia mais específica, consultemos a página oficial do clube, que incentiva os adeptos a tornarem-se sócios. Diz o seguinte: Ao tornares-te sócio podes:
a) Participar nas Assembleias Gerais (AG) do Clube, apresentar propostas, intervir na discussão e Votar; Quer dizer… podes, se tivermos AG’s, algo que raramente tem acontecido. E quando as temos, tem sido uma correria de entrar e sair. E debate… esse também não se tem visto. Adiante.
b) Ser eleito para órgãos sociais; Claro que são necessários uns anitos de associado para tal ser possível. Ou então deixar de pagar quotas e recuperar o número de sócio uns anos mais tarde. Por último, é fundamental que o Henrique Monteiro te deixe participar em eleições. O que nem sempre é fácil.
c) Requerer a convocação de AG extraordinárias, nos termos dos presentes estatutos; Bem, este direito é polémico porque… depende da interpretação que o PMAG Rogério Alves dá aos estatutos. E a interpretação dele é que os sócios não podem convocar AG’s. Mesmo que cumpram todos os requisitos. Apenas porque sim.
d) Examinar, nos termos estatutários, os livros, contas e demais documentos, nos oito dias anteriores à data estabelecida para a AG respectiva; Para os sócios de Lisboa não custa muito. Para os outros, bom… tal como Varandas afirma “o Sporting é de Lisboa” por isso… não se podem queixar.
Enfim, outros direitos podem ser enumerados, mas julgo que já ficas com uma ideia. Quantos aos deveres, seria fastidioso enumerar todos, mas existem dois que são mais interessantes (no contexto actual):
1) Cumprir pontualmente as disposições dos estatutos e regulamentos do Clube.
2) Zelar pela coesão interna do Clube; Coisa que, o desconcentradíssimo sócio tem de reconhecer, não tem sido algo pela qual a actual direcção tenha lutado muito. Antes pelo contrário: tem feito letra morta dos estatutos e tem sido um um foco instigador da divisão no clube. Ou seja, parece que os deveres só se aplicam aos “outros”. Vulgo “escumalha”.
Por isso, meu caro consócio, o estatuto de associado do Sporting Clube de Portugal anda pela hora da morte. Desrespeitado, humilhado, esvaziado de conteúdo e de valor, ser sócio hoje em dia significa pouco mais do que pagar quotas, comprar gamebox / merchandising e… mais nada. Isto, num clube desportivo em que, supostamente, deveriam ser os sócios a mandar.
Irónico, não é? Ironias à parte, resta um esclarecimento final: se existem sócios que se dão por satisfeitos por fazer figura de corpo presente, para quem umas bifanas e uma ida ao futebol a cada quinze dias os satisfaz… tudo bem. Se reduzem o seu estatuto de associado a uma tarimba digna de um clube da Liga dos Últimos, que assim seja.
Mas pede-se a esses caros consócios um pequeno favor: não sejam obstáculo a quem gosta de exercer a sua condição de associado de pleno direito. É que, cada vez mais, esses sócios (na sua plenitude) tentam salvaguardar o clube dos sócios e para os sócios. Os outros, os desconcentradíssimos, vendem os seus direitos por um título e uma sandes de torresmos. Bolas, que sejam assim mas, pelo menos, não atrapalhem os outros, pode ser? Até porque todos queremos que o Sporting continue a ser um clube dos sócios. Ou não?
Muito Bom o Texto apenas essa foto desse bandoleiro do futre deixa a desejar de resto 100%
Os Sócios Já Não Riscam Nada é Só Para Pagar Quotas Para os Chulos Dos Dirigentes Mamarem Grandes Vencimentos Eu Fiz 50 Anos de Sócio e Já Vou a caminho de 52 Anos e Ainda Não Recebi o Emblema a Que Tenho Direito Pelos Estatutos.