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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Frederico Varandas – Sinais Claros de um Mau Líder

Começo por fazer um preâmbulo importante.

O nosso Sporting está pujante no futebol sénior muito devido a um técnico, Rúben Amorim, que muita gente surpreendeu, incluindo eu próprio. Mas podemos conceder esse mérito a Frederico Varandas?

A resposta é óbvia: NÃO!

Alguém (hello Jorge Mendes) “soprou” aos ouvidos de Varandas que ou arrepiava caminho e deixava de gerir o futebol profissional ou acabaria a ser “corrido” de Alvalade. O mesmo “alguém” dá instruções para que passasse a ser Hugo Viana a assumir (de facto!) essa pasta e explica que ele próprio se iria envolver.

Resultado: escolha de um treinador que embora de valor exagerado para o que todos poderíamos esperar, se revela um verdadeiro condutor de homens e une o balneário; contratações de atletas finalmente com nexo e a provarem ser reais mais-valias.

As consequências de médio e longo prazo dessa “aliança” e envolvimento do tal “alguém” estão ainda por determinar, mas que já estão a ter reflexos financeiros negativos é um facto. Basta que seriamente se olhe para a rúbrica “Fornecedores” e o aumento na dívida a intermediários / agentes (e principalmente ao “alguém”) para se entender que a escolha, embora com resultados desportivos positivos não está a ter a mesma correspondência positiva nos resultados financeiros.

Este assunto irei desenvolver noutro artigo de opinião, esperando, como tantos e tantos sportinguistas, que finalmente seja apresentado o Relatório & Contas, que “tanto trabalho” deve estar a dar para que saia o menos “feio” possível.

Hoje quero falar de uma área de capital humano à qual me dedico há muitos anos, Liderança, e fazer a devida correspondência a Frederico Varandas.

Lidar com um mau líder numa qualquer organização não é apenas um desafio para todo o staff directo, mas, sim, afecta toda a organização, incluindo os stakeholders externos, que neste caso são os sócios, adeptos e patrocinadores do Sporting Clube de Portugal. Assim, é crucial saber reconhecer os sinais de um mau líder a fim de se evitar um grande desastre num futuro próximo.

As organizações saudáveis reconhecerão a ameaça que reside em ter um mau líder e tomarão medidas para o ajudar a polir as suas capacidades de liderança ou, então, indicar-lhe a porta de saída. Por outro lado, as organizações com uma cultura tóxica continuarão como se nada tivesse acontecido e só piorarão as coisas.

Frederico Varandas nunca quis aceitar e/ou reconhecer as suas limitações com os muitos alertas e desabafos que vinham do principal activo do clube: os seus adeptos. Pelo contrário, agiu de forma prepotente, criando divisões e discórdia no seio dos sportinguistas.

E quais são esses principais sinais de que estamos na presença de um mau líder, e no caso em análise do mau líder Frederico Varandas?

Não apreciar o feedback dos outros

Um dos sinais de aviso de um mau líder é que eles não apreciam o feedback de ninguém. Se uma organização não tem uma política para os colaboradores, e no caso particular de um clube desportivo, para que os adeptos, possam dar sugestões ou feedback e/ou revelar descontentamento por situações concretas, então é um sinal claro de que o líder não está interessado, nem tão pouco quer saber.

Quando os sócios e adeptos ignoram ou desvalorizam as políticas aplicadas pela direcção, isto implica que estão em desacordo com essas políticas e aparentemente não respeitam o Presidente ou os seus Órgãos Sociais.

Por outro lado, internamente, a rotação frequente de técnicos e/ou colaboradores de toda a estrutura do clube (vide os muitos casos nas modalidades amadoras) pode indicar um problema com a direcção.

Falta de clareza

Um sinal alarmante de um gestor fraco: falta de clareza.

Clareza de propósito, missão, estratégia, capacidade comunicacional e filosofias de gestão positivas são fundamentais para o sucesso.

Um líder que carece de clareza, alguém que não aceita a crítica, alguém que está confuso ou com graves lacunas de competência, que tem uma péssima comunicação, mas que mesmo assim se agarra ao cargo, conduzirá o clube para “terrenos” muito perigosos. A clareza de objectivos e a força para se manter fiel a ela são indicadores de sucesso sustentado e tal é algo que Frederico Varandas ignora em absoluto.

Colaboradores e Adeptos insatisfeitos

O primeiro sinal de má gestão pode ser visto através das reações dos colaboradores ou dos sócios e adeptos, e não importa se estão ou não em maioria pois todas essas reações devem ser seriamente tomadas em consideração. Se as pessoas não estiverem satisfeitas, isto significa que algo está errado com a gestão.

É preciso entender que quando uma organização (e refiro-me a qualquer organização e não apenas a um Clube Desportivo ou uma Sociedade Anónima desportiva) tem um líder que ignora esses sinais, pode no futuro ficar em sérios apuros, e isso significa que estão a tomar as decisões erradas.

Alijar responsabilidades

Um bom líder jamais desculpa os seus fracassos e erros atirando com as culpas para cima de terceiros, sejam eles membros do seu staff, ex-Presidentes ou adeptos. Tal ação consubstancia o pior que se pode esperar de um líder. Varandas fá-lo demasiadas vezes.

Respeito

Respeitar os outros, sem exceção, e principalmente os adeptos que são a mola impulsionadora do clube, é algo de imperativo para qualquer líder de uma organização como o Sporting Clube de Portugal. Não o fazer é indicador de uma arrogância e despotismo que revela a verdadeira essência dos fracassados e incompetentes.

Muitas promessas e pouca concretização

Um sinal de um mau líder é o seu excesso de promessas e a falta de compromisso. Um bom líder tem plena consciência do que é e do que não é possível e não faz declarações com o objectivo de manipular, coagir ou enganar. Promessas não cumpridas criam desconfiança e cultura de trabalho tóxica, na qual as pessoas normalizam coisas como o não cumprimento de prazos, irresponsabilidade e mentira, porque o líder tem por norma de dar o exemplo.

Quando Frederico Varandas prometeu que iria unir os sportinguistas acabou a fazer exactamente o contrário. Quando prometeu que iria revelar tudo o que se passou na época de 2015/16, e também que nada iria fazer contra o ex Presidente Bruno de Carvalho, tendo-se verificado o oposto, demonstrou à saciedade que não é um líder de palavra e em quem se possa confiar minimamente.

Concentrar-se no negativo

Um foco prolongado sobre o negativo é um sinal seguro de má gestão. Este tipo de líderes só se concentram no que não está a funcionar em vez do que está. Ao concentrarem-se consistentemente no negativo, no que poderia ter sido melhor executado pela anterior administração, em vez de se focarem em soluções inovadoras e positivas, estes líderes afectam o moral dos colaboradores e adeptos, e no caso a marca Sporting, sufocando assim o crescimento. Tendem a ser desdenhosos do seu pessoal e dos adeptos do clube (exemplo flagrante o seu comportamento com os GOA) e nunca oferecem palavras calorosas ou encorajadoras, de elogio, e ao invés acabam muitas vezes a ostracizar e a condenar. Como a negatividade é a sua atitude predominante, podem também acabar por ser sarcásticos (o que não é propício a estratégias produtivas) e podem mesmo envolver-se em comportamentos grosseiros e insultuosos (a expressão escumalha ou as instruções para que os adeptos se descalçassem para entrar no estádio, são disso exemplos flagrantes).

Incapacidade de motivar a equipa

Um sinal alarmante de má gestão é não ser capaz de motivar o seu staff e os adeptos. Se nem sequer sabe comunicar com clareza e qualidade mínima como o poderia fazer?

Muitas vezes isto acontece por não se terem objectivos claros. Vagueiam sem propósito como se estivessem num pântano, sem saber onde estão, para onde querem ir e o que precisa de acontecer para lá chegarem.

Se a equipa não está entusiasmada com o que se pretende criar, com o processo que leva à produção, como é que vai também motivar patrocinadores e adeptos? As equipas de alto desempenho devem estar sempre como se diz na gíria “on fire”, entusiasmadas e com “ganas” de alcançarem sempre mais. E esse indicador deve começar com o exemplo do Líder máximo. O facto de não saberem como motivar é um sinal de falta de capacidade de gestão.

Fraca inteligência emocional

Quando um líder, como Varandas, tem pouca inteligência emocional, ou seja, está fora de contacto consigo próprio e com o mundo à sua volta, não é um líder eficaz, mas sim um mau líder. Esta falta de autoconsciência e consciência social, curiosidade e autoconfiança pode ser vista na sua incapacidade de ouvir, controlar as suas emoções, abraçar a humildade sobre a autoridade, e guiar e capacitar a sua equipa e pessoas através de ações perspicazes.

Falta de visão estratégica

Um bom líder tem de ser um visionário e um estratega. Num clube como o Sporting Clube de Portugal saber encontrar o equilíbrio entre resultados desportivos e económico-financeiros é algo de fundamental para que o clube seja sustentável e não tenha de correr riscos que coloquem em causa essa sustentabilidade e a sua identidade de clube dinâmico, pujante e motivo de orgulho para os seus adeptos.

Deve o líder projectar com ambição, mas também com segurança porque o sucesso de um clube como o Sporting Clube de Portugal não se pode medir apenas pelo imediato. Afinal todos nós, sportinguistas, queremos que esta paixão seja eterna e transmissível aos nossos descendentes.

Cultura tóxica e falta de transparência

Ao desrespeitar a voz dos sócios (não aceitar que sejam ouvidos em sede de Assembleia Geral) e dos adeptos em geral (não saber dialogar com os GOA e, pelo contrário, ainda os hostilizar, cria um tal desconforto geral que a verdadeira essência do Sportinguismo pode ser seriamente colocada em risco.

E finalmente, a falta de transparência… nos actos, nas contas e na comunicação acaba por criar um desconforto tal que é absolutamente normal existir contestação de todos aqueles que sempre defenderão os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal, do presente e do futuro, sem condicionalismos temporários, como agora em época de vitórias (com Rúben Amorim).

O Sporting é dos Sócios!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

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