RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Quinta-feira, Março 28, 2024

Vitória e Democracia – Alexandre Godinho

Alexandre Godinho, advogado e ex-Vogal do anterior Conselho Directivo, manifestou na sua conta de Twitter o desejo de que a equipa proporcione uma alegria aos adeptos, conquistando a Taça da Liga, na final que será hoje disputada com o Sporting Clube de Braga. Apesar da confiança, lembra, existe memória: vitórias não podem nem devem apagar vários expedientes usados e a suspensão da democracia no clube. 

O  S.C.P. joga hoje a final da taça da liga que, tem de, deve e vai ganhar! Por todas as razões e mais algumas. Mas como é óbvio, desejo que essa vitória possa ser acompanhada de uma exibição convincente. 

Desejo ver o miúdo Nuno Mendes a dominar o corredor esquerdo com aquela exuberância própria do talento inato que o miúdo vai demonstrando por esses relvados; desejo ver o capitão Coates a comandar a defesa no seu melhor modo “El Patron” e a impor o terror no espaço aéreo adversário; desejo ver o “monstro” Palhinha a varrer o meio-campo (e todo o resto) naquele modo tentacular que nos tem vindo a habituar; desejo ver o “Pote” a dar asas aos nossos sonhos, enquanto continua a facturar e assim a “envergonhar” qualquer artilheiro que se preze; desejo ver o Nuno Santos a assistir tudo e todos enquanto explica com quantas palavras se escreve a palavra “RAÇA”; desejo ver o Tiago Tomás a deliciar-nos e iludir-nos com aquela facilidade de remate e inteligência que, perdoem-me, me sabe a “levezinho”; e desejo ver o Jovane “sambar na cara das inimigas” e a decidir os nossos jogos, para que possa rapidamente concretizar todo o extraordinário potencial que sabemos que tem. Finalmente, desejo ver Rúben Amorim a montar e a comandar exemplarmente toda a orquestra, sem deixar de manter o discurso assertivo e o pulso demonstrados até aqui. 

No entanto, tudo isto – que é bom e eu gosto, como qualquer Sportinguista – não pode servir para camuflar a “morte anunciada” da democracia no nosso Clube. Morte essa, promovida eficazmente por Rogério Alves, Frederico Varandas e secundada por Baltazar Pinto. Uma tríade, que erradicou as Assembleias Gerais no Clube (estão a governar sem orçamento, que foi chumbado e ao qual acresce um chumbo formal à gestão desde Setembro), que defende o afastamento dos Sócios, mormente, impedindo a sua participação na vida do Clube, que rasga os Estatutos, despede estratégica e maquiavelicamente colaboradores (ver por exemplo o último despedimento colectivo em plena pandemia…) e está sorrateiramente a desmantelar as “modalidades ditas amadoras”, isto só para nomear alguns “feitos” destes ilustres.

Recordo que, por menos que nada – e passo a relembrar dois casos fabricados dolosa e estrategicamente: (i) Alcochete e (ii) Cashball, ambos julgados com a  absolvição aplicável; e umas inventadas alegadas violações estatutárias – ou seja, por meras questões de divergência de estilo, fez-se em 2018 um golpe de estado e expulsaram-se pessoas após a melhor época desportiva do Clube, campeão em todas as modalidades e vencedor da Taça da Liga no futebol, recuperação financeira, a qual iria ainda significar a independência do S.C.P. num espaço de meses, e a sedimentação patrimonial e estrutural.”

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