RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Quinta-feira, Abril 18, 2024

A Guerra da Cofina: as Ligações, as Causas e os Segredos

Este é um artigo extenso, o mais extenso de sempre do Rugido Verde, que procurará informar todos os nossos leitores sobre as verdadeiras razões que se escondem por trás de algumas guerras, e que procura dar enquadramento e respostas finais a matérias por vários esquecidas. Esperamos que seja um contributo efetivo para todos e sugerimos uma leitura tão atenta quanto tranquila, que pode ser ainda estendida através do acesso a múltiplas ligações que servirão como referência, prova ou complemento pertinente. O tema principal é a guerra que o grupo Cofina travou contra a anterior administração e uma pessoa em particular, bem como as figuras envolvidas na mesma. Uma guerra que se alastrou a outros meios por cumplicidade, corporativismo, falta de visão e inclusive desumanidade. Os tópicos abordados são os seguintes:

  1. O Exclusivo da Cofina: Casamento
  2. Tânia e Cintra
  3. Os Três Amigos: João Gabriel, Octávio Ribeiro e Luís Bernardo
    3.1. O Lado B (interlúdio)
  4. Quando Luís Bernardo viu a Luz
  5. Assuntos de Gravity que Doyen
  6. Octávio Ribeiro e Miguel Braga
  7. Os Preparativos da Guerra: Octávio Rising
  8. CMTV: a Casa da Cartilha
  9. As Causas Ocultas da Guerra e seus Líderes
  10. O Paradigma: Técnicas, Diabolização e um Rui Franco
  11. Pensamentos Finais

I – O Exclusivo Cofina: Casamento

Ainda hoje, ocasionalmente, se pode ler da parte de cartilheiros e detentores de coluna vertebral muito flexível o bitaite já desmentido do “exclusivo” dado ao grupo Cofina, a respeito do casamento de Bruno de Carvalho em 2017. O exclusivo não existiu. As imagens foram disponibilizadas sem autorização por Lili, mãe da jornalista da Cofina Tânia Laranjo, presente no casamento, à sua filha, que procedeu à imediata divulgação em benefício próprio. Até recentemente tal detalhe foi mantido em segredo para proteger a afável senhora, que era considerada por muitos como uma apaixonada apoiante de Bruno de Carvalho, inclusive tendo-se desculpado várias vezes. O então Presidente remeteu-se ao silêncio, abarcando com acusações sistemáticas de ter vendido um exclusivo do evento ao grupo Cofina, apesar de ter sido sempre afirmado que era completamente falso. Este facto e os seus detalhes eram sabidos por várias pessoas, houve inclusive quem alimentasse a história sabendo ser falsa. Fica assim colocado um ponto final definitivo nos ecos que ainda subsistem da mentira. 

Fim da história.

II – Tânia e Cintra 

Antes de entrarmos a fundo na parte mais interessante, convém relembrar o papel da jornalista. Será mostrado implicitamente que não foi mais que uma peça útil num tabuleiro mais complexo, apesar de ter sido decisiva pela disponibilidade e elaboração de narrativa, algo que transmite a outros e outras menos experientes baixo a sua tutela. Tendo sido detida no passado mês de Janeiro por condução sob o efeito de álcool, voltou recentemente a estar debaixo de fogo por se apresentar num estado alterado durante uma emissão, o que foi ainda mais notório por uma fuga interna do vídeo em off. Ao escárnio generalizado juntaram-se algumas manifestações de empatia pela pessoa (umas hipócritas e elitistas, outras sinceras), mas com uma unanimidade subjacente: Tânia seria a primeira a utilizar as imagens em loop e a humilhar a pessoa, criando inclusive histórias mirabolantes, caso não tivesse sido ela a própria vítima. 

Independentemente das causas, que poderão tanto ser motivadas por indisposição, fadiga excessiva, burnout (a diagnosticar por especialista na área em consulta, não na TV, e sabemos também que a manifestamente inteligente e frontal, mas alegadamente ela própria narcisista, segundo quem conviveu de perto com ela nas instáveis investidas políticas, Joana Amaral Dias apenas traça perfis psicológicos por encomenda, agindo contra a deontologia, com frieza por vezes chocante, indiferente a qualquer apelo de equidade ou sensibilidade), álcool ou efeitos secundários e inesperados de medicação comum, existe um ser humano por trás que é seguramente amado por outros. 

Que um dia, no exercício da alegada profissão, com vários trabalhos já sem possível emenda de destruição, devassa e invenção, ela seja capaz de reconhecer isso noutros seres humanos. Seja no futebol, na sociedade ou na vida deve haver espaço até para ela, pois as dificuldades poderão um dia resultar numa pessoa e profissional muito melhor. Conceitos básicos de cidadania tais como igualdade ou equidade poderão ser internalizados, e a esperança deve ser o último que se deve perder, mesmo se já amiúde a procurou aniquilar a imensas pessoas cuja voz tem, no mínimo, idêntico valor intrínseco. 

Uma última palavra para o empresário Miguel Sousa Cintra, recentemente detido por tiros, posse ilegal de várias armas, e por tentar atear fogo à casa de um vizinho. Que obtenha a ajuda e tratamento necessário, e não acabe destruído pelas acções e omissões do excêntrico pai, provavelmente nos últimos meses mais preocupado com o amigo juiz Luís Vaz das Neves (Lex), num papel que se estende até ao fim da vida e pouco tem a ver com o lado material, sabendo nós que a imprensa será suave com ele por serviços prestados pela família à mesma (e tão só). O que a Miguel pouco deverá importar, visto que não será isso que irá ajudar à sua recuperação, além do mais nem ele nem a família serão perseguidos, apesar das múltiplas aventuras e negócios do pai. Não é também possível esquecer que Sousa Cintra entregou o clube “chave na mão” pela segunda vez à dinastia Roquettista, em 1995 e em 2018, contando nesta última ocasião com o apoio total da Cofina, assunto que ficará claro nas razões de fundo neste artigo do Rugido Verde. 

É um ser humano com dificuldades reais e não inventadas, que terá de responder por alegados crimes que colocam terceiros em perigo e receber auxílio, como qualquer cidadão deveria numa sociedade que se quer decente – mas que não o é, sendo profundamente hipócrita e superficial, corroída em todas as suas esferas (comunicação social, justiça, finança, desporto, política) por quem se situa e mantém no cume das mesmas, usando todo e qualquer meio para essa finalidade. Vamos abordar de seguida o que mais importa. 

Sousa Cintra e Torres Pereira a iniciarem a cooperação com Tânia Laranjo e a Cofina na promoção da Comissão de Gestão; a promover o tablóide Correio da Manhã já em pandemia


III – Os Três Amigos: João Gabriel, Octávio Ribeiro e Luís Bernardo

“É um projecto em que se funde realmente a informação com entretenimento, desporto e o ‘glamour’, de uma forma saudável

Octávio Ribeiro, 2013, sobre a CMTV

Com esta citação, começam por saber a inspiração para a inenarrável e pacóvia frase de um ex-dirigente de categoria F, Vítor Ferreira, que se revoltou por perder um assento gratuito de luxo no estádio, em plena CMTV em Abril de 2018: “Eu tinha orgulho em ser Sportinguista. Havia uma espécie de glamour em ser do Sporting. Hoje não há.” Uma personagem fisicamente com imenso glamour numa faixa etária – ou idade biológica, pode ser mais jovem do que parece – onde a dignidade interior deveria ser o relevante. 

Vítor Ferreira, Abril de 2018

Octávio Ribeiro surgiu na Cofina em 2002, após abandonar a TVI. É amigo próximo de João Gabriel, o estratega responsável por trazer a comunicação da grande política obscura para o meio do futebol nacional, dando início à tarefa em 2008. Foi o “fundador” dos departamentos de comunicação como existem atualmente, mas foi também muito mais do que isso. 

A intoxicação recentemente assumida publicamente por Ricardo Costa, ainda sem frutos, não teve só uma mas antes ambas as mãos de Gabriel. Associado a Carlos Janela, com conhecimento e aprovação total do atual presidente do Benfica, implementou uma rede de cartilheiros espalhados progressivamente por toda a imprensa e um ruído incessante em todos os meios de CS, estendendo tais tentáculos na blogosfera através de Hugo Gil, Boloposte, ou Sporting Comédia de Portugal, de Tiago Ferreira, alegadamente o responsável por criar o falso Facebook do Football Leaks (consultem sempre os respectivos links para mais informação). Sobre esta última página com comédia no nome, importa destacar os inúmeros ataques pessoalizados, às dezenas, a Bruno de Carvalho, bem como ao anterior diretor de comunicação, Nuno Saraiva, secando o teor dos mesmos assim que Frederico Varandas e Rogério Alves assumiram a presidência, não sendo o imensamente divertido ex-médico alvo de mais do que um par posts ou tweets timidamente truculentos, o que deixamos à vossa consideração sobre o porquê, e é facilmente verificável por qualquer pessoa. 

Convém desde já referir que toda a máquina transitou e teve continuidade com Luís Bernardo, pois tinha a chancela do próprio presidente do clube, provado nos leaks de emails, que desde logo foi quem convidou João Gabriel para a Luz com um plano a médio prazo em mente, pelo seu perfil e influências/ligações políticas e mediáticas, que mais tarde se solidificou e expandiu como revelado em PowerPoints

Foram também Gabriel e os seus colaboradores que introduziram em praça pública de forma viral insultos de determinado tipo de cariz, reproduzidos em cartilhas escritas, usando ele inclusivamente a sua conta na rede social Twitter para tal fim, empregando termos como “cretino” (BdC), “transtorno psicótico” (BdC), e que após cânticos em alusão ao assassinato com um very-light denominou a indignação comofolclore“. Inclusive, a 3/2016 introduziu o termo “Sr. Facebook” a partir da sua conta de Twitter, num paradoxo fenomenal. Todo este cariz de insultos foi progressivamente vulgarizado e inculcado por repetição, adoptado pela Cofina (e outros órgãos de CS por conivência, compadrio num meio muito pequeno, falta de escrutínio e a presença de cartilheiros estrategicamente diversificada), e finalmente também por uma falange mais abrangente e comum de Sportinguistas, à medida que a Campanha Negra crescia estrategicamente. Não foi Pedro Guerra, um mero porta-voz ao serviço, ao contrário do que muitos pensam e ainda dizem de cor. 

O Lado B: Abrir um Parêntese

Como mais adiante iremos falar da entrada da Luís Bernardo e da sua Wonderlevel Partners (doravante WL Partners) na Luz, será relevante encerrar esta vertente de determinado tipo de ataques de carácter estrategicamente vulgarizados antes de prosseguirmos. Já após termos esmiuçado a rede de comunicação instalada há muitos anos. A comparação de Bruno de Carvalho a João Vale e Azevedo (curiosamente, ex-dirigente…do clube rival) começou logo em 2014 por elementos que recebiam cartilha ou eram veículos privilegiados da rede de comunicação, notavelmente através de Leonor Pinhão (consultar link anterior), Rui Santos (que após infinitas encomendas, um prémio Mais Alentejo, tiradas racistas com a última forçar um pedido de desculpa, apresentou recentemente o ex-comentador da CMTV e impulsionador da recandidatura de 2016 de Vieira, André Ventura, como presidenciável candidato ao Benfica) ou João Bonzinho (A Bola). 

Essa comparação BdC-Vale e Azevedo acabou por ser assumida pelo próprio patrão (aparentemente de todos nós após os escândalos revelados em diversas áreas da sociedade, desde banca a magistratura) a 22 de Abril de 2017, após desbravar terreno por vias indiretas que eram na altura desconhecidas e chamadas de “teorias de conspiração”, clamando por fim a sua patente publicamente. 

Luis Filipe Vieira, em declarações reproduzidas por O Jogo, ao que se seguiu resposta imediata

Não podiam naturalmente faltar as chamadas “melancias“, apesar do já referido Rui Santos, excluindo desde já do lote nestes ataques de carácter explícitos (por isso mesmo, pois ele tem outro tipo de modus operandi) e coordenados a alegada toupeira (imagem abaixo) e atual PMAG do clube Rogério Alves; advogado de José Veiga, Álvaro Sobrinho, entre outros, que não perdia oportunidade de lançar farpas e de auto-promover a sua imagem na presença semanal no programa O Dia Seguinte (SIC) a partir de 2014. 

Extrato divulgado nas redes sociais do processo da Operação Lex e do serviço prestado por Rogério Alves

Melancias essas como Dias da Cunha – acérrimo defensor da dinastia que integrou e da atual administração, campeão nacional em 2001/2002 pelo inesperado milagre Mário Jardel que outros conseguiram (com o eclipsar de Mário através da influência de José Veiga, no ano seguinte o SCP terminou a 27 pontos do então novo campeão) e que permitiu uma derrapagem de 75%, 80 milhões de euros, na construção do novo estádio pelo amigo e então futuro presidente Godinho Lopes, e ainda confrade de Luís Filipe Vieira, revelado no caso dos emailsCunha Vaz, Sérgio Abrantes Mendes – assíduo frequentador de O Barbas e presença fixa e inexplicável em A Bola junto com Henrique Monteiro – ou ainda Vasco Lourenço, um invulgarmente afamado “capitão de Abril” mas o seu perfeito oposto desde há muitos anos no SCP, algo que um dia deverá ser minuciosamente explorado e cuja ligação profunda à maçonaria não será de todo alheia. Da voz deles, para enquadrar o voluntarioso e cooperante “lado do Sporting”, com diminuta capacidade de propagação e eco sem a “máquina”, saíram ataques estranhamente idênticos como “devia ser internado num manicómio” (Dias da Cunha, 2015), “caso de psiquiatria” (Vasco Lourenço, 2015), “ajuda psicológica” (Abrantes Mendes, 2015).

Menezes Rodrigues, Dias da Cunha, Vieira e Bagão Félix num dos seus habituais almoços, que também contavam com a presença de Cunha Vaz

Fechar o Parêntese: Continuação

Agora sabem os autores e impulsionadores de termos parolos como glamour e de outros de teor grave, intencionalmente pessoalizados e vulgarizados para desumanizar o alvo, e que pavimentaram a Campanha Negra. Termos que muitos adotaram como seus, “pensando pela minha própria cabeça“, como gosta de afirmar quem raramente o faz, consciente ou inconscientemente, iletrados ou altamente formados: não existe distinção como se vê com frequência. Enfrentar e filtrar spin e ruído incessante e repetitivo, explícito ou subliminar, exige outro tipo de preparação distinta, nalguns instintiva, estando no entanto ao alcance de qualquer um/a. Como um dos nossos membros do Rugido recentemente enfatizou, think out of the box, ao qual acrescentamos but you can only do so when you realise it’s a damn box: begin by becoming aware of each and every corner.

Octávio Ribeiro e o amigo João Gabriel

Octávio, por seu turno, é um jornalista com um já longo trajeto, e que esteve inclusive na TVI desde a fundação. Foi aí que desenvolveu também amizade com Luís Bernardo, atual líder da comunicação encarnada, que durante vários anos foi jornalista nessa mesma estação. 

Octávio Ribeiro e o amigo Luís Bernardo

Em Fevereiro de 2015, o SCP contratou Luís Bernardo e a sua agência de comunicação, a WL Partners, por recomendação de Rui Caeiro, que usufruía de total confiança, atual diretor de planeamento estratégico da Liga e que conseguiu manter-se ligado às estruturas de futebol, após uma purga alargada e estratégica a que nem a então PGR Joana Marques Vidal escapou (sobre esse afastamento podem ainda ler as palavras de Paulo de Morais), tendo apresentado Bernardo como Sportinguista. Posteriormente, o próprio desmentiu a alegação, afirmando-se como Benfiquista em entrevista ao Record (8/2016), confirmado pelo seu círculo próximo de outras andanças. Tal como João Gabriel, Luís Bernardo tinha tido uma forte ligação à comunicação política, como podem ver no artigo do Diário de Notícias: Luís Bernardo Incapaz de compreender o jornalismo sem o ligar a interesses. Um curioso ponto em comum com o inescrupuloso e altivo Luís Paixão Martins (a versão alegadamente Sportinguista de João Gabriel), o qual catapultou o médico fisiatra Frederico Varandas para o poder e foi parte activa, sem remorsos, do “lado do Sporting” na Campanha Negra, é o papel de assessoria conjunta ao ex-primeiro-ministro José Sócrates. Um mundinho muito, muito pequeno, não é verdade? Sendo atribuída à LPM, por parte de colegas, agentes do meio e ex-colaboradores, um papel de relevo no que ao cenário da Comunicação Social em Portugal diz respeito, há que prestar homenagem pela bela trampa básica, tóxica, uma vergonha a nível europeu, em que esta se tornou. Todos os referidos acima se consideraram com orgulho spin doctors. (O Spin Doctoring em Portugal, OBS Journal, vol.9 – nº2, 2015) 

Um agradecimento a este bom homem por outro belo serviço que ficará na sua história pessoal

IV – Quando Luís Bernardo viu a Luz

Com a saída de João Gabriel, a mal com algumas figuras que compactou numa só apelidando-a como “camelo“, mas não com o todo poderoso primeiro-ministro da Luz e provavelmente do país, o seu substituto foi facilmente encontrado: Luís Bernardo e a WL Partners foram recrutados para o SLB em finais de Junho de 2016, menos de um ano e meio após terem sido contratados pelo SCP. Convém desde já fazer um parêntesis importante para referir que Gabriel, menos de quatro meses após o abandono, reentrou para auxiliar a campanha de reeleição de Luís Filipe Vieira em 2016. Está a desempenhar o mesmo papel neste preciso momento, em 2020, com vista a nova reeleição. Na verdade, Gabriel nunca parou de “mexer cordelinhos” a partir do Dubai, confirmado por pessoas do meio. 

A reforçar estes factos, existiram entretanto revelações de pagamentos e prémios estranhos à agência de comunicação T1. A cereja no topo do bolo foi revelada através do canal Denuntians Corruptus, envolvendo uma empresa chamada Isensexpert, que recebeu um avultado pagamento. A esposa de Gabriel, Ana Caeiro Paulino, consultora na T1, era alegadamente também sócia desta empresa opaca. Entretanto, a 24/8/2020, ela já conseguiu nova nomeação política, como podem ver no despacho do Diário da República. 

Foi ainda durante os últimos momentos da estadia de Luís Bernardo no SCP que ele recomendou e trouxe Nuno Saraiva para o clube, algo que foi acatado (podem esquecer de vez outras versões) e o porquê será explicado. 

Saraiva, além do percurso na imprensa escrita, foi comentador político na SIC, RTPi e TVI; imagem de 2015
A descrição neste artigo do Observador de 10/2017 está parcialmente certa, sendo de todas as divulgadas a que mais se aproximou dos factos

Existe uma questão que quase ninguém se lembrou de colocar e responder. As respostas ocasionais nas entrelinhas iam adaptando-se e fugindo à verdade. Luís Bernardo saiu do SCP para ingressar quase de imediato no SLB, algo que indicia uma explícita coordenação com o seu conhecido Gabriel e a estrutura da Luz, e ainda recomendou um substituto para uma posição estratégica, que foi aceite. Substituto esse que Luís Bernardo conhecia da experiência partilhada no meio da política, a especialidade de Nuno Saraiva. Fernando Esteves, ex-colega, disse a respeito de Saraiva que “ele tinha muitos anos de política no terreno e tratava os políticos por tu, ” algo que teria dado imenso jeito durante a Campanha Negra de Alcochete, possivelmente em vão pela concertação de poderes, apesar de se ter provado a grande mentira mesmo com o uso de medidas excepcionais baixo o ilegal pretexto de terrorismo, mas optou por permanecer de férias, o que é ainda assim legítimo por opção pessoal. 

Esta recomendação e substituição antes da ida para a Luz, sem colocar em causa a valia profissional de Saraiva, apesar dos erros que não são, nem de perto, os que ele “vende” agora por conveniência (entre eles um ofensivo e inesquecível “excesso de comunicação” sobre 2015/16, com extensas provas de corrupção em investigação), é normal? 

Claro que não é normal, e não o foi

Bernardo fez uma jogada à Benfica de Vieira, ou à Mário Monteiro/Jorge Jesus – é como preferirem. Comunicou à administração e ao então presidente, os quais pretendiam a continuidade, que iria abandonar o meio do futebol, o que foi compreendido e aceite, e se provou logo de seguida ser mentira. 

Foi assim que Bernardo e a WL Partners passaram de um lado para o outro da 2ª circular, com imensa informação interna, como se não bastassem as toupeiras que depois se vieram a descobrir através do célebre caso dos emails, que prossegue onde importa: na justiça. 

Uma última nota ao respeito para os mais curiosos. Face à amizade entre Luís Bernardo e Octávio Ribeiro, e face à recomendação acima referida, já conseguem neste momento perceber as entrevistas de Saraiva ao jornal Record, do grupo Cofina, e a sua recente aparição na CMTV e no Correio da Manhã, que deixou muita gente baralhada? Foi, obviamente, através da intervenção de Luís Bernardo, tal como circulou dentro e fora das redes sociais. Não devem ser tecidos juízos de valor ao respeito, nem é essa a intenção, pois é um jornalista (ou ex) de reconhecido valor. A vida é feita de opções, de necessidades e/ou inevitabilidades, que apenas cada um no seu íntimo conhece, e acreditamos que o próprio se sente um pouco humilhado e a decisão foi difícil, face aos ataques vergonhosos que o próprio também sofreu por parte desse grupo de comunicação e do outro lado da 2ª circular. Por esta razão, também não acreditamos nas versões disparatadas de erros que “vendeu” para tornar tais opções profissionais viáveis, nem em linhas que defendam a atual administração com areia. Esta última parte ficará ainda mais clara neste artigo. 

V – Assuntos de Gravity que Doyen

Por esclarecer continua o papel de Luís Bernardo nos outdoors e flyers contra Bruno de Carvalho (12/2015), visto que a agência de marketing e publicidade Gravity, de Ricardo Agostinho, tinha a WL Partners de Bernardo como um dos principais clientes/parceiros em destaque – e continua a ter, de acordo com os links externos do remodelado website da Gravity – estando ainda ele no clube de Alvalade. Inclusivamente, em Janeiro de 2018, a Gravity reclamava à WL Partners quase 100 mil euros em “diversos bens e serviços prestados”, como podem ler no artigo: Antigos parceiros reclamam €100 mil a empresa de director de comunicação do Benfica. É muito duvidoso que no mínimo a preparação de imensos flyers e outdoors profissionais, este em localização paga e estratégica, lhe tenha passado ao lado não só pelas comprovadas ligações à Gravity como pela extensa rede de contactos. Após a talentosa mudança de Bernardo para a Luz, Agostinho prosseguiu na criação frenética de blogs, uma obsessão estranha que dura há década e meia, e no envolvimento em páginas contra a anterior administração, mas sobretudo contra Bruno de Carvalho. 

Tendo trabalhado no clube durante o consulado de Godinho Lopes, Agostinho nunca perdoou a ousadia de ser dispensado, o que não surpreende vindo de alguém que foi um fervoroso apoiante do Projeto Roquette, o qual o ex-presidente João Rocha considerou ter aniquilado o clube, resultando na pilhagem do património do mesmo até ao abismo de 2012. Defensor de Soares Franco, vendedor de património e anti-ecletismo, e até da sua dedicação à Opway (com uma a duas horas por dia dedicadas ao clube), Bettencourt (um joguete útil, Sportinguista genuíno e ingénuo ao contrário dos restantes, sem a mínima aptidão para o cargo e comido de cebolada; questionem o trapezista Dias Ferreira para “abrir a boca” só sobre esse período antes que complete 200 anos de idade), e claro, Godinho Lopes, “o homem que sabia onde estavam os problemas“, dizia Agostinho, e que quase fechou as portas com um PER, perto de 100 milhões de prejuízo, equipa perto da linha de água e passes alienados a terceiros. Também percebe de bola, tendo considerado o ex-treinador do oneroso mandato de Bettencourt, Paulo Sérgio, não um risco mas “uma certeza“. As centenas de milhões de prejuízo e a delapidação de património nunca foram uma preocupação, importava era “limar arestas” num projeto de sucesso (Roquette) que “nos deu tudo“. A Internet não esquece, conhecidos com quem noutros tempos vibrava nas bancadas e comia nas rulotes também não, muito menos quando se insultam milhares de pessoas variadas que se desconhece, como será de seguida relembrado, e se recorre a todos os meios para atingir fins egoístas.

A dispensa de que foi alvo o talentoso designer, com todos os enormes e assustadores defeitos que possui fora da sua especialidade objetiva, apenas transformou a animosidade intrínseca já existente em 2011, quando Bruno de Carvalho venceu… e depois perdeu as eleições após churrasco nos bastidores, num ódio visceral

Agostinho a celebrar nas redes sociais o dia em que Bruno de Carvalh foi detido a mando de Cândida Vilar num domingo, seguido de greves já marcadas no setor, diante das filhas menores 
Record, na edição de 5/11/2019

Tendo começado a ser visto nos escritórios da SAD meses antes da confirmação oficial do vínculo (2/2020) e da notícia acima referida, Ricardo Agostinho integra atualmente o nefasto Conselho Estratégico de Frederico Varandas e a sua empresa presta serviços ao clube de Alvalade, o que deixou de ser desconhecido do grande público a partir do momento em que chamou de “anormais” milhares de sócios e adeptos que protestaram contra a direcção de Varandas e Rogério Alves na maior manifestação de sempre realizada num clube desportivo nacional. 

Imagem da notícia do Leonino
Outdoor de 29/12/2015, com o SCP no 1° lugar da Liga NOS, e 9 meses após o início da construção do Pavilhão João Rocha

A Doyen, como devem saber, é um fundo sobre o qual recaem enormes suspeitas de corrupção, com contas congeladas, múltiplas fachadas e camadas opacas, e cujo líder, Tevfik Arif, possui ligações à máfia russa e até ao tráfico de seres humanos (Relatório do Comité de Informações do Senado dos EUA, volume 5, p. 514, disponível na conta de Twitter @RuiPinto_FL a 17/9/2020).

No seguinte excerto do livro Sem Filtro, de Bruno de Carvalho (publicado em Fevereiro de 2019), na página número 69 podem encontrar referência a tais ligações, as quais foram ignoradas inclusive pela Polícia Judiciária, que recorreu à ajuda desse fundo para perseguir Rui Pinto como admitido em julgamento, e pelo Ministério Público até muito recentemente:

VI – Octávio Ribeiro e Miguel Braga

Caso se questionem se existe alguma ligação entre Octávio Ribeiro e o principal rosto (não único, visto que o investimento nessa vertente tem sido generoso, já tendo nós referido Agostinho) da comunicação do SCP da atual direcção – e face visível no clube da agência de comunicação Wisdom Consulting – a resposta é afirmativa. Em 1999 na TVI, Octávio Ribeiro estreou o programa A Bola é Nossa. Um dos escolhidos para o painel, que se prolongou um par de anos e gerou relações pessoais, foi o fadista João Braga, pai de Miguel. 

José Eduardo Moniz (TVI), futuro vice-presidente do Benfica, com Octávio Ribeiro (TVI), 1998; João e Miguel Braga

VII – Os Preparativos da Guerra: Octávio Rising

Se em 2007 Octávio Ribeiro assumiu o papel de director do tablóide Correio da Manhã, papel que alargou à CMTV desde a criação em 2013, foi em 2017 que se tornou verdadeiramente o mandante editorial do grupo Cofina. “Manda nisto tudo a nível editorial“, descreveu um jornalista. 

Ao fim de um ano deu-se o início da famosa Campanha Negra, que atingiu proporções inimagináveis e que ficarão para a história a partir de Maio de 2018 e que serão alvo de vários estudos académicos (algumas teses já abordaram partes da mesma). Nunca existirá durante o nosso período de vida,em nenhum país dito democrático, uma campanha tão concertada, difamatória, persecutória, caluniosa e fantasiosa de tal magnitude como a que se viu contra Bruno de Carvalho. Antes dessa campanha convém lembrar a lavagem de imagem que o então treinador do SCP, Jorge Jesus, sofreu por parte do grupo Cofina, passando de besta a bestial. Essa estratégia foi acordada com o Benfica de Vieira, após acordo celebrado entre as partes, e da qual o treinador não informou a entidade patronal nem a respeito dos detalhes. 

Para não enchermos este artigo com dezenas de imagens, reduzimos a uma ínfima parte do que foi a Campanha Negra, apenas para mera ilustração, pois capas e peças sobre uso de drogas, terrorismo, alcoolismo, encomenda de agressões, roubo, ou mera humilhação da vida pessoal são tão imensas quão impressionantes por terem sido possíveis no século XXI de uma alegada democracia com pilares que a sustentam e entidades reguladoras (falhadas). 

Correio da Manhã: uma pequena amostra de um curto período de dias
TV Guia, Vidas e Sábado: amostra das revistas da Cofina
O grupo a utilizar ilegalmente e sem autorização uma fotografia retirada do Twitter de BdC, na revista Vidas (22/9/2020), expondo na imprensa duas menores de idade, inventando uma história falsa a partir da fotografia, a qual gerou maledicência contra o alvo e benefício económico com a notícia

VIII – CMTV: a Casa da Cartilha

Foi na CMTV que Carlos Janela encontrou o seu espaço como “comentador independente”. Janela, que formalmente desempenhava às escondidas “serviços de prospecção” para o clube do Luz, um serviço fachada para a sua verdadeira função, era na verdade o autor das cartilhas e notas soltas distribuídas a vários comentadores encarnados, recheadas de incitamento ao ódio, ao engano e ao revisionismo. Essa distribuição de cartilhas do “comentador independente” funcionava em plena articulação com João Gabriel. Após a entrada de Luís Bernardo na Luz em meados de 2016, essa mesma articulação prosseguiu, como está bem documentado nos emails do Benfica que foram tornados públicos. 

LFV reunido com cartilheiros na Luz, que originou a célebre desculpa da “internacionalização da marca”, com Luís Bernardo à direita na imagem

Octávio Ribeiro, ao contrário de outros elementos subalternos no canal, tinha conhecimento do verdadeiro papel do comentador/prospector, sendo não só essa uma das principais razões para a sua integração no canal através da amizade João Gabriel, mas também a razão pela qual procurou resistir à saída de Janela, mesmo após ser publicamente revelado que era o autor de extensos e regulares textos verdadeiramente doentios. Apenas em Janeiro de 2018, quase dez meses após ser exposto por Francisco J. Marques, Carlos abandonou a CMTV. Prosseguiu o seu trabalho de cartilha para o Benfica – face a personagens como José Carriço ou Paulo Gonçalves, ver a careca de Janela descoberta são “peaners, como diria um certo treinador – até recentemente ressurgir em todo o seu esplendor na BenficaTV.

Pelo caminho, Octávio Ribeiro e a CMTV acolheram personagens como Pedro Guerra, André Ventura (projetando-o deste modo para a política através do mediatismo adquirido), ou o oculto vice-presidente (atual PMAG) da Mesa da Assembleia Geral da SAD do Benfica, o pai da tese de terrorismo e pessoa próxima da procuradora Cândida Vilar, e principal figura de varias candidaturas de Luís Filipe Vieira: Rui Pereira. A este leque, dos quais apenas destacámos alguns, somavam-se do alegado lado do Sporting figuras como Vítor Ferreira, já referido, o deputado André Pinotes Baptista (que viria a ser mandatário da candidatura de José Maria Ricciardi), Octávio Machado (de coração encarnado, pintado de várias cores externamente consoante as amizades e pretensões), o atleta olímpico de ginástica Fernando Mendes, ou Jaime Mourão Ferreira. 

Na imagem de cima, Mourão Ferreira entre Daniel Oliveira e Henrique Monteiro na pequena manifestação de notáveis contra a anterior direcção, amplificada pelo grupo Cofina; na segunda imagem, uma notícia que Domingos Soares Oliveira classificou como “encomenda de Jorge Jesus para enfiar o amigo Machado no clube
A diferença de cobertura do Correio da Manhã entre uma manifestação de 2 centenas de pessoas com vários notáveis contra a anterior administração, e outras duas manifestações de vários milhares de pessoas contra os atuais Órgãos Sociais do clube 

Não estranhem por isso o que poderão ler de seguida. Face às revelações bombásticas que deram origem a vários processos judiciais contra o clube da Luz e o próprio Luís Filipe Vieira, por fortes indícios de corrupção, espionagem industrial, tráfico de influências, levantamentos de centenas de milhares de euros em numerário e fugas ao fisco, Octávio Ribeiro tinha algo diferente como prioridade (e outro alvo e objetivo em mente, como será depois abordado). O jornalista que se considera íntegro e com forte sentido de justiça, escreveu o seguinte a respeito da criação do Gabinete de Crise, que por intermédio de Rui Pereira, e não como ele abaixo referiu – excepto se “chamar” significa meramente dar seguimento a uma indicação superior e entrar em contacto com alguém que conhecia bem do tempo da assessoria conjunta a José Sócrates – contou com um ex-espião do SIS (Serviço de Informações de Segurança). SIS que o próprio Rui Pereira infelizmente já liderou, defendendo inclusivamente o recurso a ilegalidades, o que é apenas mais uma pirueta digna de um atleta olímpico como podem ver com um click em mais este exemplo

“(…) Luís Bernardo lidera o grupo e terá chamado para a equipa Almeida Ribeiro. Este último é um quadro de altíssima qualidade, como demonstrou ao serviço do gabinete de José Sócrates.(…)

Mas, enquanto jornalista incómodo para qualquer Governo, pude testemunhar o profissionalismo, a visão saudável do jogo democrático, destes dois quadros de qualidade, que agora se reencontram no combate aos múltiplos fogos descontrolados na comunicação do clube da Luz. Se Vieira souber dar-lhes o poder que justificam, a casa da águia começará rapidamente a ser arrumada (…)”

Octávio Ribeiro, em Gabinete de Crise Precisa-se

Face ao que já aqui foi abordado a respeito das estreitas relações pessoais e profissionais, julgamos não ser necessário acrescentar mais nada, e conseguem agora perceber muito melhor o excerto acima, bem como a crónica em si. Passemos então ao alvo e às verdadeiras razões. 

IX – As Causas Ocultas da Guerra e seus Líderes 

Falou-se na altura de uma recusa por parte de Bruno de Carvalho em ceder a Octávio Ribeiro, e recordamos vagamente ter ouvido numa narração – possivelmente na SportingTV – um “Oh pá, tu vê lá, tenta dar-te com ele senão…” (citação livre). 

O que se sabe com toda a certeza é que uma pessoa tentou “entregar” a Sporting TV ao grupo Cofina: Luís Bernardo, enquanto ainda líder da comunicação do SCP. Os amigos são para isso mesmo; encetando ele diligências nesse sentido internamente. 

Tal pretensão foi liminarmente recusada, bem como o privilégio informativo sobre matérias internas, que podem ver no presente com frequência inusitada em publicações do grupo. 

Por trás dessa tentativa do lado da Cofina não estava somente Octávio Ribeiro, a quem Luís Bernardo tentou ajudar na pretensão. Naturalmente, teria de ter aval e impulsionamento superior no grupo: Paulo Fernandes de forma mais visível, Presidente da Cofina (CEO da sub-holding Cofina Media) e CEO da Altri, mas que na verdade dedica mais atenção a esta última empresa e, no grupo Cofina, à CMTV em concreto. 

Paulo Fernandes, Presidente da Cofina, no palácio de Belém

Existiam mais envolvidos, no entanto, pois ter mão não num, mas em dois clubes grandes, era um sonho, que infelizmente se veio a concretizar. O “verdadeiro CEO”, administrador da Cofina Media, o braço operacional do grupo, e que também nunca perdoou tal resistência foi o alegado “Sportinguista” Luís Santana. 

Octávio Ribeiro, Luís Santana e Paulo Fernandes

A simbiose entre Luís Santana e o seu amigo advogado Carlos Barbosa da Cruz (ex-administrador e PMAG da Cofina Media), presença assídua na CMTV e cronista involuntário de humor negro no Record, e que sempre fez combate à anterior administração (consultem o tópico Mui Nobres no link), foi o que verdadeiramente definiu a estratégia e emitiu carta branca no topo da pirâmide para que se iniciasse uma guerra nunca vista contra um cidadão, que era nada mais e nada menos que o então presidente Bruno de Carvalho. 

Com a anuência de Paulo Fernandes, interessado no desfecho em benefício do grupo, o impulsionamento das duas figuras de topo acima referidas, com Octávio Ribeiro a (co)mandar o ataque editorial transversal do grupo, Tânia Laranjo foi a face mais visível no terreno quando o momento propício surgiu, após ser trabalhado de forma gradual e ininterrupta – a perda do acesso à Champions e o iminente despedimento do treinador, cuja imagem foi intensamente lavada desde que o acordo sobre um litígio de 14M com o Benfica foi celebrado (oficializado a 2/2018, e com a participação da alegada toupeira Rogério Alves), à revelia da própria SAD do clube que representava, recusando-se a explicar pormenores, o que naturalmente colocou um ponto final na relação de confiança. Um ponto final imediato no contrato teria sido a única medida possível, mas os adeptos não iriam entender: a crescente narrativa e diabolização em curso apontava sempre ao mesmo alvo como culpado de tudo, até em matérias nas quais não se envolvia, sendo humanamente impossível, e eram delegadas. 

Não foi apenas a imagem de Jorge Jesus que foi alvo de uma lavagem. José Maria Ricciardi, quando decidiu entrar em conflito primeiramente pela recusa de uma intermediação financeira, foi alvo da mesma quando se uniu ao ataque. Convenientemente, reunia-se também com Jorge Jesus no Hotel Ritz, ponto de encontro predileto do treinador para “receber receitas médicas” (desculpa registada em vídeo que deu à CMTV) de um fisiatra, duas semanas antes de depôr em julgamento, sendo que posteriormente admitiu também encontros regulares com LFV, algo impensável noutro clube, por exemplo no FCP ou no próprio SLB. Um mero jantar de Rui Vitória com Bruno de Carvalho teria provocado pandemónio. O caso mais notório de lavagem de imagem foi mesmo o de Álvaro Sobrinho. Não obstante, todas as figuras “fortes” de oposição foram alvo de propaganda positiva. 

O antes e o depois de Álvaro Sobrinho

Alcochete foi só a cereja no topo do bolo – recebendo o grupo imagens internas do evento – não foram os únicos destinatários a partir do mesmo telemóvel – tendo a câmara apontada num momento em que parecia um pelotão militar organizado, e usando imagens em loop centenas de horas com uma narrativa impressionante; numa tempestade que alimentaram em crescendo, com o único objectivo de destruir um obstáculo, Bruno de Carvalho, em todas as suas dimensões até pela popularidade e inusitado carisma que lhe era reconhecido (dimensão humana, pessoal, como mostrado nos recortes das revistas da Cofina em tópico anterior, e profissional), e terem acesso privilegiado ao clube grande que faltava, pois o FCP, até pela localização e pela natureza mais independente dos seus adeptos face ao ruído proveniente de outras bandas, estará sempre fora do controlo do grupo. 

A perseguição pessoal feita pelo grupo, primeiro ao presidente, depois ao cidadão, numa magnitude nunca antes vista ou reproduzido desde então em qualquer parte da Europa

X – O Paradigma: Técnicas, Diabolização e um Rui Franco

Antes de abordarmos o recente caso paradigmático de um Rui Franco, vamos tocar em questões que são deveras importantes. Já foi referida a tática de desumanizar o alvo, e foi descrita de forma implícita outra técnica de manipulação mediática, designada por gradualism, que consiste em ir adicionando num crescendo da narrativa e estratégia concertada contra o alvo, bem como foi referido spinning. A isto soma-se flooding, que consiste no “inundar” através de diversos meios, por exemplo, através do conjunto diversificado de revistas, jornais e presença nas redes sociais e até um canal de tv com painéis opinativos homogéneos na essência, e cuja diversidade ou contraditório é apenas aparente e é intencionalmente contida. Painéis esses de duração “ilimitada”. 

Painéis rotativos incessantes, de teor dramático e pesado, saudando-se alegremente durante a troca de lugares

Encontramos ainda amplification, que consiste em desproporcionalizar intencionalmente a magnitude de uma ocorrência. Ou ainda smoke screen, que permite abafar uma série de outros escândalos verdadeiramente graves (justiça, banca, política, corrupção no desporto) e os seus verdadeiros protagonistas. 

Ao abrigo da falhada ERC e das boas práticas internacionais, é um atentado contra uma Comunicação Social saudável e com grande prejuízo para os cidadãos em geral. Todas as questões desta temática dariam origem a inúmeros outros artigos, tendo já inclusivamente resultado num par de estudos académicos de abrangência limitada: a histórica Campanha Negra permite material para inúmeros artigos em journals, essays e teses de Mestrado e Doutoramento. Daí que a abordagem neste artigo colaborativo do Rugido seja um mero sumário muito, muito sucinto de métodos de manipulação e distorção intencionais da percepção da opinião pública, apelando por isso à vossa memória a respeito da massacrante cobertura mediática, e em particular por parte da Cofina, que foi determinante na contaminação dos pilares democráticos (CS, política, com intervenções surreais, e justiça). 

Bruno de Carvalho a ser incriminado de forma explícita e gráfica. O apogeu de gradualism narrativo e de desumanização do alvo 

Vimos como em Alcochete, ao contrário de agressões de adeptos encarnados através do lançamento de pedras a um autocarro do SLB que feriram dois jogadores estrangeiros, do assassinato de dois adeptos do Sporting (Jamor e junto ao estádio da Luz), de duas emboscadas numerosas de adeptos rivais com a última a envolver vários esfaqueamentos no corpo a um sozinho João e uma martelada na cabeça dele (tentativa de homicídio), ou da invasão ao centro de treino do Vitória de Guimarães, foi utilizada a técnica abrangente de distortion, que utiliza desde censura de informação (depoimentos), adulteração dos mesmos, amplification, até tentativas potencialmente criminosas de associação quer direta quer subliminar de Bruno de Carvalho ao empolado e multiplicado acontecimento. Por exemplo, além do famoso e gráfico “o mandante” (imagem acima), qualquer momento em que o então presidente aparecesse em público era acompanhado de repetições em loop das imagens da Academia que foram enviadas com intenção para a CS. Um conhecido cartilheiro dos departamentos de comunicação, Ribeiro Cristóvão (SIC), numa amostra de vários vídeos disponíveis online em duas horas de consulta, referiu o evento de Alcochete cerca de 90 vezes (92), mal tocando em qualquer um dos outros eventos referidos, e adicionando quase sempre maledicência contra o ex-presidente. A mais recente menção, a 28/9/2020, pode ser vista aqui.

Toda a gente viu imensas vezes o filme E.T. de Spielberg (1982). Arriscamos dizer que as muitas centenas de horas dedicadas às banais imagens, com narrativa apocalíptica, manipulada e amiúde mentirosa como provado em julgado, superaram em mais de 50 vezes o visionamento desse filme por parte de uma qualquer pessoa, aliado a toda a cobertura mediática que foi dada aos atentados das Torres Gémeas em 2001 (mais de 3000 falecidos), ao atentado de 2004 em Madrid (192 mortos) e ao atentado que assassinou 12 pessoas no massacre do Charlie Hebdo (2015). Em conjunto. 

Às técnicas e táticas referidas foram inclusive agravadas com o recurso a “figurantes”, pessoas a quem é solicitado que desempenhem determinado papel ou retórica. 

Victor Espadinha e o sócio omnipresente nas várias pequenas manifestações de Junho de 2018, a manifestarem intenção de agredir;
Diabolização e associação explícita; e a amplificação de um evento mal contado e insignificante, como ilustração (“Alcochete Sempre“)

Vamos cingir-nos aos mais conhecidos. Víctor Espadinha, personagem secundária no seu próprio ramo, que serviu para banalizar e legitimizar o sentimento de “recurso à violência” contra o alvo. O sócio na segunda imagem, presente em várias manifestações com discurso moderado antes e depois, mas que à CMTV disse que só pelos filhos e netos não fazia uma loucura contra Bruno de Carvalho, estando disponível em vídeo. O cúmulo da pouca vergonha atingiu o clímax quando recorreram ao assassino Pedro Dias para transmitir a ideia de que até ele, “doido” e homicida, teria o senso comum de querer Bruno de Carvalho preso

A estes casos soma-se o potencial caso de figurantes, no decorrer do julgamento, de três indivíduos identificados mas sem identidade revelada até ao dia de hoje, que gritaram “Alcochete Sempre” – uma estreia, nunca repetida sequer e que teve lugar nos Açores – transformados em “dezenas de malfeitores” e aproveitado pela administração Varandas, servindo para diabolizar novamente adeptos e simultaneamente as pessoas em julgado, com um ruído ensurdecedor e potencialmente criminoso durante dias a fio. 

Aqui entramos na estratégia da Cofina em não só derrubar a anterior administração, como em catapultar a Comissão de Gestão e o Conselho Fiscal de Marta Soares, a candidatura de Varandas e em sustentar a atual administração de forma transversal (jornais, revistas , canal de televisão, redes sociais) com propaganda positiva, em nome de poder como já referido, e por interesses privados, num clube que movimenta em média entre 150 a 200 milhões de euros anualmente. 

Cada evento de Assembleia Geral importante procurava coincidir com eventos do julgamento – suspensão, expulsão, recurso – catapultado-se na Campanha Negra. Cada evento de contestação era catalogado pelo grupo Cofina, usando o trabalho gradual e inculcado de diabolização, sustentado numa narrativa e retórica consistentemente caluniosa e agressiva, potencialmente criminosa num estado de direito funcional, que outrora e em diferentes contextos já foi dirigida a minorias de todo o tipo: sociais, étnicas, políticas, religiosas ou regionais, e que poderá um dia voltar a suceder se não conhecer um ponto final de quem deve zelar pelo país e pela cidadania. 

Tal como Bruno de Carvalho foi vítima privilegiada e feita de exemplo por parte de “quem manda” no Portugal dos Pequeninos que se sentem especialmente privilegiados e enormes, um dia o alvo de destruição irá ser outro, sendo uma mera questão de tempo; apesar do feito de mediatismo massacrante e perseguição histórica ser quase de escala inigualável na dimensão nacional, pois qualquer noção foi perdida na altura através de uma auto-intoxicação. 

Chegamos por fim ao caso paradigmático de um Rui Franco, que servirá de exemplo menor, mas recente, da prática. Agente imobiliário, que de forma estranha num certo dia em 2018, (será referido de seguida) teve destaque no jornal O Jogo, um jornal há muito aliado da facção notável, algo visível ao longo dos últimos anos através do teor de notícias, cronistas e destaques, o que certamente causou surpresa em variadas ocasiões visto ser um jornal tipicamente associado ao FCP. Existem três razões fundamentais. O trajeto como jornalista em O Jogo de Carlos Freitas, que durante muitos anos ocupou cargos de destaque na dinastia; a estrutura accionista (ligada a Proença de Carvalho mas mais profunda); e o corporativismo/círculo de amizades que concertam inimigos a abater e aliados a proteger, típico do pequeno e promíscuo meio (cuja materialização máxima é a presença do presidente do CNID, Manuel Queiroz). Uma relação de amizade terá sido a única justificação plausível para em Fevereiro de 2018 as suas palavras terem tido destaque por parte da publicação e do jornalista que assinou o artigo. 

No passado Sábado, numa típica troca de insultos da parte de Rui Franco, e após uma falhada tentativa de agressão da sua parte, algo testemunhado por várias pessoas, foi agredido nas imediações do estádio. Imediatamente, o Record, do grupo Cofina, procedeu à narração do facto segundo a versão de Franco, associando de forma implícita a agressão a Bruno de Carvalho e os seus apoiantes, utilizando inclusivamente um tweet de Miguel Fonseca para esse fim. 

O texto, escrito por João Lopes, conhecido por ser um viaduto da comunicação do clube de Alvalade, comunicação essa que terá indicado para ser feita cobertura do incidente e dar destaque. Uma tática recorrente por parte dessa mesma comunicação e dos seus canais privilegiados: a diabolização dos adeptos contestatários, a maioria como já era visível na desmobilização e manifestações de magnitude histórica. Na notícia do Record, Franco foi descrito como alguém conhecido nas redes sociais por ser “defensor da atual administração“. O jornalista mentiu. Novamente. E novamente. Não é caso único, nem de perto, nesse tipo de papel. Recordem sempre, como já referido neste artigo, que existe uma pessoa por trás da função, existindo dependências e postos de trabalho em causa. Mesmo que ditos “jornalistas” se olvidem que por trás das centenas, milhares ou dezenas de milhares de pessoas que atacam e/ou caluniam, se encontram pessoas de plenos direitos e unicidade. 

Na verdade, como é amplamente conhecido nas redes sociais, Rui Franco é um indivíduo provocador, que persegue e insulta, tendo numa ocasião feito isso na conta de LinkedIn de um membro de destaque da anterior administração, Carlos Vieira. Não se ficando por aí, insultou no Facebook Luís Filipe Menezes, ex-presidente do PSD, sócio, tendo Rui Franco e outro comparsa sido alvos de uma queixa-crime por isso. Coisas que a alegada “imprensa livre”, que se veste a rigor com fato e gravata enquanto enfia esse mesmo rigor num bolso, esquece rapidamente, mas que é um desastroso serviço aos infelizes consumidores. 

Imagem de A Turma do Fisgas, com palavras dirigidas a Bruno de Carvalho. Por questões de linguagem mais grave dirigida a várias pessoas, apenas esta imagem será reproduzida. 

Imediatamente após o texto ser publicado, Bernardo Ribeiro, diretor do Record, divulgou o texto falacioso, procedendo a mais um ataque camuflado a adeptos do Sporting e às AGs do clube, mesmo esta decorrendo num formato meramente eleitoral e que baniu discussão, limitando-se a filas de votos e a graves violações de estatutos. O referido ataque camuflado, apenas mais um numa série longuíssima, foi respondido com imensa indignação nas redes sociais.

Naturalmente, deu origem a notícia no Correio da Manhã. Não aprendida a lição e sem consideração por deontologia, outros órgãos de comunicação social seguiram novamente por arrasto o mesmo caminho, pela enésima vez, o que é entristecedor no panorama de decência mínimo que deveria ser exigido pelos próprios profissionais do setor, com tanta lição que já deveria ter sido obrigatoriamente aprendida. Um rotundo e persistente falhanço de Ricardo Costa e dos restantes diretores de informação para com os “seus” jornalistas, bem como com o público em geral. Recomenda-se um regresso em massa às licenciaturas na área ou preferencialmente, existindo essa capacidade, a frequência de pós-graduações em países estrangeiros. 

Jorge Torres na primeira imagem;
Rui de Carvalho

Já referimos Bruno de Carvalho, Luís Filipe Menezes e Carlos Vieira. Passemos a outros casos envolvendo a mesma “vítima”. Jorge Torres, de 56 anos, foi alvo de insultos racistas por parte de Rui Franco que não iremos reproduzir aqui, mas que são o mais básico e brejeiro insulto de índole racista que conhecem, sendo por isso expulso de uma Assembleia Geral. Rui de Carvalho, de mais de 85 anos, foi vítima de insultos repetidos e uma tentativa de agressão por parte de Rui Franco, tendo quase sido derrubado no intento mas aparentemente impedido a tempo por outros sócios. Um sócio moçambicano, que preferiu o anonimato, recebeu o seguinte insulto pessoalmente por parte de Franco: “Monhé. Vai vender chamuças em Lisboa“. Duas senhoras, cujo nome não será referido, foram alvo de insultos da parte dele, presencialmente. O Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do Núcleo do Cacém, Ricardo Pereira, sócio, que já foi nosso convidado no Primeiro Tempo, foi também alvo de insultos e de uma agressão. Em Maio de 2019 encontrava-se à porta do estádio numa discussão acalorada mas sem insultos com Henrique Monteiro, confrontado-o com o que habitualmente ele escreve num jornal desportivo (A Bola), quando de repente surge Rui Franco acompanhado de uma criança e lhe diz “Desaparece daqui cara***!” ; ao que Ricardo respondeu dizendo que não era assunto dele nem a conversa era com ele. Franco prosseguiu com vernáculo, passando a insultos, com a criança visivelmente assustada. Após a retirada, e tendo um amigo de Ricardo tentando acalmar a criança que estava a chorar, Ricardo dirigiu-se a Rui Franco dizendo que aquela intervenção aos insultos em assunto alheio tinha sido desnecessária, ao que Franco respondeu de imediato com um soco no olho esquerdo de Ricardo: a única agressão ocorrida. Existiu posterior intervenção de Rita Garcia Pereira quando a polícia acorreu ao local, ela que nada viu, mas tentou alegar a defesa Monteiro e Franco, distorcendo o ocorrido, inclusivamente acusando o Presidente do CFeD do Núcleo de ser “membro de uma claque”, o ataque típico, e que é naturalmente falso. A denúncia de Ricardo Pereira encontra-se formalizada junto do advogado, contando com testemunhas. 

Tudo o que está aqui reproduzido pode ser confirmado, desde Menezes a Ricardo Pereira, bastando contactar as vítimas de Franco. Fica aqui contado quem é e do que é capaz a “vítima de agressão” dos malvados adeptos, os quais se sente empossado para agredir e insultar. A comunicação do clube solicitou, a Cofina produziu e outros órgãos de CS voltaram a dar eco primário novamente. 

É por isso um caso paradigmático do que abordámos neste artigo. 

XI – Pensamentos Finais

Anúncio definitivo de 24/9/2020 de Miguel Fonseca, com comentário de Alexandre Guerreiro

Chegamos assim ao fim deste extenso artigo, esperando que tenham podido aprender coisas novas e compreender melhor outras mais antigas. O quão pequenas, interligadas e exclusivas são algumas das esferas neste país, bem como o alcance e ligações entre várias personagens que subsistem no presente e irão subsistir no futuro. Pouco ou nada é fruto do acaso. Um dia o alvo poderá ser qualquer um de nós/vós, de forma direta ou indireta (um conhecido, um familiar; um obstáculo do grupo Cofina, dos seus intérpretes ou dos seus aliados, seja no desporto ou noutros meios, tais como o político ou empresarial). 

O clube esse, que ambicionavam subjugar e ter na mão, continua a mingar e definhar. Valeu a pena? Certamente que os intérpretes dirão que sim, pois era no fundo uma questão de poder e afirmação do mesmo, bem como interesses privados associados. Não obstante, queriam o SCP da administração de Bruno de Carvalho, ficando em mão com um que se assemelha aos períodos mais cinzentos, amorfos e desmobilizadores da dinastia Roquettista, que permanece aparentemente relevante apenas pela sua história, pelo enorme crescimento transversal de cinco anos e meio, somado a ativos e contratos (NOS) deixados. A diabolização, essa, prossegue, em nome dos fins. 

Será útil a muitos enquanto os fluxos financeiros se mantiverem elevados, algo que aí sim, tem contado com a ajuda dos movimentos virtuais de Jorge Mendes direta e indiretamente, pessoa que contribuiu como sabem para este objetivo, e que é tratado como um autêntico filantropo pela imprensa nacional, com particular destaque para a Cofina, apesar das investigações nacionais e internacionais, o uso recorrente de offshores e danos ao fisco e ao erário público na casa das largas dezenas de milhões de euros em vários países. A este respeito, recomendamos a leitura do livro A Orgia do Poder, o podcast do Rugido Verde, Primeiro Tempo, disponível em duas partes legendadas no YouTube, com a participação do jornalista e sociólogo Pippo Russo, e ainda ambos os livros Football Leaks da autoria de Rafael Buschmann e Michael Wulzinger (o último livro ainda não disponível em português ou inglês). 

Pretendíamos ainda incluir uma pequena brincadeira, não possível devido à extensão do artigo, referindo Nuno Luz, a sua reportagem No Reino do Leão, conhecida também por “relvado tá lindo pá, e agora com sol“, e a divertida “entrevista” a Varandas, que teve lugar a 6/5/2020. Pelo caminho, era intenção referir que o facto de escrever também para o jornal madrileno Marca nada tem a ver com trabalhos feitos (notícias, documentários, reportagens, livro) com Jorge Mendes e seus clientes há mais de uma década, e que Mendes nada tem a ver com o atual Sporting, e muito menos alguma vez teve qualquer ligação a Madrid, onde nem Mendes ou os seus principais clientes jamais puseram os pés. Era suposto haver espaço para referir que, curiosamente, logo após a partida para o Dubai, João Gabriel assinou com o mesmo jornal madrileno, Marca. Iríamos terminar com uma frase de Julho de 2013, do diretor desse jornal, Juan Ignacio Gallardo: “y después compartimos mesa y mantel con João Gabriel, cerebro del club y hombre de máxima confianza del presidente Luis Filipe Vieira”

Infelizmente, tal não foi possível. 

O nosso agradecimento a todos os que leram o artigo até ao fim. É um trabalho dedicado ao clube, aos vários alvos dos meios do grupo Cofina, à principal vítima da histórica Campanha Negra (BdC) e, como não podia deixar de ser, a todos vós.

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Comments

  1. Heineken the Great

    Isto é mais jornalismo do que qualquer pasquim desportivo deste país. Estão todos de parabéns.

  2. Eduardo Pedra

    Exaustivo, sem duvida.
    Mas nem sempre politicamente isento, na minha opinião.
    Nunca compreendi a colagem de muitos apoiantes de BC a uma certa corrente politica de direita radical, anti PS e esquerda em geral, como aliás se nota em várias passagens deste trabalho. E nunca compreendi porque, sendo BC presidente de um clube grande, este terá,entre os milhares de sócios e milhões de apoiantes, muitos socialistas, comunistas, fascistas, ateus, mações, católicos, etc e muito, tanto muito como a natureza do nosso tecido social.
    Eu por exemplo, socialista confesso, considero BC o melhor presidente da minha vida de 65 anos como sportinguista. E acredito que foi mesmo vitima de uma enorme campanha originada no Rei Disto Tudo, LFV; com a preciosa ajuda de traidores dentro do clube tão amado pelo ex-presidente. Ao que acresceu um espantoso encolher de ombros dos sócios e adeptos.
    A injustiça legal está corrigida, a sentença do Processo Alcochete tratou disso. O resto está nas mãos de quem deveria já ter corrido com quem tomou o clube de assalto, os pasmados e incapazes sócios, perdoem-me a dureza.
    Voltando à politica. Só mesmo por graça se pode associar José Sócrates ou os seus seguidores ao Correio da Merda. É que o Ex-PM foi a primeira grande vitima de uma campanha de difamação e perseguição do CMTV e CM em d comparável á que sofreu Bruno de Carvalho anos depois.
    Lá está, investiguem que a Internet não mente…
    Parabéns e Saudações

  3. Pedro Guimaraes

    Excelente artigo! Parabéns Rugido Verde pela dedicação à verdadeira causa Sportinguista!

  4. pedro correia

    brilhante! este verdadeiro jornalismo! q em nada é comparável ao jornalixo desse grupo, tofina 😉

  5. GreenFly

    Excelente artigo e muito elucidador. Muitos parabéns aos autores! Têm de se sentir orgulhosos desta peça produzida de valor incalculável. É um serviço à sociedade.

  6. José Casimiro

    É um grande texto, e muito longo serve a exercitar a leitura, e aprender a ver as coisas de uma forma maléfica, assim vai o nosso país

    Tenho orgulho do meu pais o pelo povo e sua cultura , mas a sociedade está podre

  7. Fernando Vasconcelos

    Mentiras a descoberto, excelente trabalho, parabéns. Sporting Clube de Portugal sempre! SL

  8. António Pissarra

    Uma análise impressionante daquilo que se passou e que não é estranha a espíritos mais atentos.

  9. Tanto lacaio! Como dizia Eça de Queiroz: que choldra! Salva-se Luís Pedro Nunes que subiu muito na minha consideração.

  10. Henrique Morais

    Excelente texto que devia ser publicado num órgão da comunicação social. Perdeu um pouco da actualidade e neste momento prejudica mais o Sporting do que beneficia. Mas repito que devia ser publicado num órgão da comunicação social credível e de grande tiragem.

  11. Paulo Canhao

    Excelente texto e trabalho de pesquisa que põem a nu toda a podridão que reina nos OCS #Jornalixo #Corrupcão

  12. José Silva

    Excelente trabalho. Estou feliz por nunca ter caído na propaganda homicida. Fui ofendido, atacado, mas nunca deixei de acreditar.

  13. Rui Sá

    Absolutamente extraordinário. Não foram apenas mentes fracas que aceitaram o golpe. Foi preciso muito trabalho de gente que à muito apodrece o país. Mais uma vez parabéns

  14. Leão com memória

    Magnífico trabalho de investigação.

    Os meus sinceros parabéns.

  15. Rui alves

    Muito bom
    Para quem tem memória curta ou então só viu a cmtv devia de ler este artigo
    Sporting sempre
    Fora os golpistas