RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Sexta-feira, Abril 26, 2024

Sobre a zona de conforto do Leão

O Sporting ocupa um lugar confortável na tabela classificativa. Mas o problema reside precisamente na adaptação a essa zona de conforto. Um clube como o Sporting não se pode acomodar aos “eternos” terceiros lugares (ou segundos, quando acontecem…), às taças internas (à da Liga e à de Portugal), com o ir à UEFA e, caso vá à Champions, rogar-se por passar apenas a fase de grupos.

Tudo isto tem de ser curto num clube como o nosso e não uma eterna zona de conforto a que nos habituamos todos os anos. Se formos só isto, somos o Sporting Clube de Belas e não o Sporting Clube de Portugal, não aquele que José de Alvalade auspiciava: um clube tão grande como os maiores da Europa.

O “conforto” com o terceiro lugar – parece-me, aliás, praticamente garantido – tem levado os dirigentes leoninos a apontar à época 2020/21. E, perante os eventuais reforços, as permanências e as “subidas” dos jovens, cabe a questão: será mesmo este ano em que nos assumimos como “candidatos” ao título de campeões nacionais ou permaneceremos no eterno conforto do terceiro lugar ou “do melhor que se conseguir”, sem ambicionar a nada de mais pungente? Será esse o ano do “agora é que vai ser” mesmo de verdade?

Não cabem neste texto as razões para o Sporting ser um clube adiado face aos títulos no que ao futebol diz respeito. Isso implicaria, aliás, uma análise que o meu sportinguismo não consegue alcançar. Mas, do lugar que ocupo no clube, isto é, de sócio pagante, parece-me que tudo isto se deve a direções que, quando instaladas, sugam o clube e se aproveitam dele para os inevitáveis benefícios pessoais ou colocando o clube ao serviço de interesses semi-obacuros que têm lesado e muito o símbolo do Sporting Clube de Portugal.

Simão Mata – Sócio SCP/ Nucleo Sportinguista de Matosinhos.

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Comments

  1. O problema é que isto nem é uma opção genuína. Este regresso à “aposta na formação” serve essencialmente para reduzir a exigência, para a desculpabilização e para embalar os sócios que aparentemente aceitam bem esta cenoura que lhes é colocada à frente dos olhos.