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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Tudo a zeros explica bem a qualidade do jogo

Moreirense 0-0 Sporting

O Sporting apresentava-se hoje, na 30ª jornada, em Moreira de Cónegos, frente a uma equipa que tem vindo a fazer um campeonato bastante tranquilo situando-se exatamente a meio da tabela. Já o Sporting, fruto de uma boa sequência de vitórias, tem vindo a consolidar a terceira posição, ainda que o Braga continue a almejar a mesma.

Para esta partida, Rúben Amorim voltou a avançar com algumas novidades no onze inicial. Sairam Wendel, Eduardo Quaresma e Nuno Mendes, entrando de inicio Battaglia, Neto e Acuña, tudo jogadores com muito maior maturidade. Destaque ainda para o regresso de Jovane Cabral, que tem sido o jogador mais em destaque no Sporting desde o retorno no campeonato.

A primeira parte, embora com ritmo e disputa acesa pela bola, não teve praticamente oportunidades. Destaque apenas aos 28 minutos para uma jogada que quase deu golo para o Moreirense. Num contra-ataque a partir do lado direito, João Aurélio faz um lançamento para a área aparecendo Abdu Conté a servir de cabeça Filipe Soares que opta por uma finalização acrobática, com a bola a sair ligeiramente por cima da baliza.

A melhor oportunidade para o Sporting surgiu através de um canto aos 36 minutos, com o uruguaio Coates a ganhar a bola de cabeça, saindo o cabeceamento por cima da barra de Mateus Pasinato.

O empate a zero justificava-se perfeitamente para o equilíbrio e falta de oportunidades evidenciadas. Esperava-se um Sporting com maior criatividade na segunda metade do encontro.

A segunda parte começou com um facto que poderia ter sido crucial no resultado do encontro. Logo aos 49 minutos o Moreirense fica reduzido a 10 elementos, por expulsão de Halliche. O Argelino facilitou muito neste lance, ao permitir que Plata ganhasse a bola, tendo logo de seguida optado por derrubar o extremo equatoriano que ficaria isolado. Cartão vermelho óbvio e que facilitaria a tarefa ao Sporting com mais de 40 minutos para jogar.

Aos 68 minutos uma boa oportunidade para o Sporting. Sporar consegue finalmente ganhar as costas dos defesas do Moreirense e aproveita a oportunidade para ficar em boa posição para alvejar a baliza adversária. No duelo direto com Pasinato, Sporar remata forte mas à figura, permitindo a defesa ao guardião brasileiro.

O jogo aproximava-se do final e o Sporting continuava a não achar o caminho para a baliza do Moreirense. Já nos descontos uma situação muito polémica com Coates a ser agarrado de forma clara num lance de canto. Depois de ser chamado ao VAR, o árbitro Tiago Pinto não assinala penalty.

No último lance do encontro, o Sporting ficou muito perto de levar os três pontos! Numa situação em que a equipa leonina já estava completamente balanceada no ataque, a bola é lançada para a área, chegando a Nuno Mendes que passa imediatamente a Jovane. O extremo caboverdeano optou por um remate em arco, com a bola ainda a embater ligeiramente num adversário e a beijar o poste da baliza. Quase!

Terminou com uma igualdade a zero, uma partida em que nenhuma das equipas fez o suficiente para ganhar. O Sporting esteve algo apático durante grande parte do jogo e nem depois da expulsão arriscou o suficiente para chegar ao golo. Provavelmente foi o jogo menos conseguido da “era” Amorim.

Análises Individuais:

Maximiano (Nota 6) – Não teve grande trabalho, pois o adversário não rematou muitas vezes.

Borja (Nota 5) – Saiu aos 60 minutos e até aí esteve competente a resolver os poucos lances de dificuldade que os avançados do Moreirense criaram.

Coates (Nota 6) – Foi novamente um dos elementos que mais se destacou. Criou a única “oportunidade” do Sporting no primeiro tempo e defensivamente limpou praticamente tudo, excepto um duelo direto com Steven Vitória num lance de canto na segunda parte.

Neto (Nota 5) – Uma reentrada no onze. Usou e abusou dos passes longos, quase sempre sem o efeito desejado. Destaque para uma assistência para Sporar, numa das melhores oportunidades do Sporting na segunda parte.

Ristovski (Nota 5) – Até foi dos jogadores mais tentou a profundidade do jogo ofensivo leonino, contudo, poucas vezes conseguiu chegar à linha final em condições para servir os avançados da melhor forma.

Acuña (Nota 5) – Esforçado como habitual mas sem a criatividade necessária para fazer a diferença.

Battaglia (Nota 5) – Retornou ao onze inicial mas está longe (muito) daquele Battaglia competitivo que ganhava o meio campo na raça. Dá pouca luta e nenhuma profundidade. Saiu cedo no jogo.

Matheus Nunes (Nota 5) – Aplicou-se em tarefas defensivas, mas ainda não oferece o que é necessário para se afirmar como titular indiscutível no meio campo leonino.

Gonzalo Plata (Nota 5) – Em destaque aos 49 minutos, quando “saca” um vermelho ao Moreirense. De resto pouca influência teve.

Jovane Cabral (Nota 6) – Regressou ao onze e foi dos mais perigosos, ainda que desta vez não tenha feito a diferença. Por muito pouco não fez o golo da vitória aos 97 minutos, com a bola a sair a razar o poste.

Sporar (Nota 5) – Praticamente não o vimos. Destaque apenas para um remate na segunda parte.

Wendel (Nota 6) – Um pouco estranho só ter entrado aos 60 minutos. Wendel é atualmente o jogador mais determinante no meio campo do Sporting e a transição ofensiva sofre imenso quando não está em campo.

Nuno Mendes (Nota 6) – Entrou bem e nos últimos 30 minutos deu alguma dinâmica ao corredor esquerdo.

Joelson (Nota 5) – Jogou parte significativa da segunda parte mas não conseguiu criar desequilíbrios.

Rúben Amorim (Nota 5) – Foi provavelmente a pior exibição desde que é treinador do Sporting. A equipa fez uma primeira parte completamente apática e a segunda metade, mesmo a jogar com mais um elemento, não conseguiu ser muito melhor. Falta qualidade, mas hoje não é isso que explica tudo.

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Comments

  1. HULK VERDE

    Boa crónica, apenas dois reparos. O lance de possível grande penalidade logo no início, com Jovane a ser tocado sobre a linha de grande-área, e também no lance da expulsão de Halliche é Plata que puxa a camisola do adversário e volta a desequilibrá-lo, levando com ele em cima na queda.
    Resultado que acaba por ser justo face ao jogo jogado.