Cinco Varandices

2 Julho 2020

Autor: Graf

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Categorias: Crónicas

O mandato de Frederico Varandas como presidente do Sporting trouxe uma serie de mitos e percepções que tornam difícil a distinção entre a realidade dos factos e a ficção mais elaborada.

São, precisamente, algumas dessas “Varandices” que vamos agora analisar.

O Sporting, já com Bruno de Carvalho, também não lutava pelo título:

Esta é digna de uma Twilight Zone. Que um Sportinguista ande pouco informado sobre a realidade do clube, não se entende, mas pode ter uma explicação. Agora, quanto tem uma memoria tão curta (ou “zombificada”) que nem sequer se lembra das prestações recentes da equipa principal de futebol, isso já é abuso. O Sporting de BdC, desde a primeira época (com tostões) lutou sempre pelo título durante grande parte do campeonato – quando não até ao fim do mesmo. Mais: em 2015/16, viu um campeonato ser-lhe escamoteado de forma escandalosa pelos “padres” do Carnide (um dia o Varandas vai contar tudo sobre o que sabe dessa época). Mesmo na temporada final de BdC – como presidente do Sporting – o clube lutou até à penúltima jornada pelo título. Por isso, aconselhamos: convém moderar o consumo de sorvetes pela testa, que acentuam os (já presentes) elevados graus de estupidez.

A Herança Pesada:

Bom, esta “Varandice” já foi tão escalpelizada que só alguém de má fé a pode levar a sério. A “herança pesada” não passa de uma desculpa esfarrapada para disfarçar a incompetência. A “herança pesada” não passa de um motivo sibilino para adiantar verbas do contracto da NOS e assim hipotecar futuras receitas do clube. A “herança pesada” não passa de uma justificação para engordar a lista de comissionistas e tachistas que se aproveitam do clube para fazer umas massas valentes. A “herança pesada” não passa de uma cortina de fumo para justificar todos os fracassos e más decisões tomadas. A “herança pesada” não passa de mais um elemento da vitimização permanente desta Direcção. A realidade dos factos indica, no entanto, que a verdadeira herança pesada é, precisamente, esta Direcção de Varandas. Herança recebida, sobretudo, como consequência do caso de Alcochete.

Explorar Alcochete até ao tutano:

Alcochete foi o motivo principal pelo qual Varandas e companhia ascenderam ao poder no Sporting. Por isso, mesmo com uma decisão judicial que lhes foi, em grande parte, desfavorável, convém a este elenco directivo manter acesa a chama de Alcochete, como a maior tragédia de sempre do Sporting, de Portugal e, quiçá, do sistema solar. não há pedradas, agressões ou insultos que desarmem esta Direcção no sentido de manter Alcochete como o grande “papão” do clube e algo que vai demorar muuuuuuuiiiiiiiito tempo a esquecer. Em linguagem comum, a isto chama-se “fazer render o peixe”. A realidade é que Alcochete foi algo de mau mas não passou de um episódio triste que, não fosse o “jornalixo” e poder politico, já tinha sido praticamente esquecido. Sendo assim, enquanto Varandas estiver no poder, Alcochete vai ser sempre sinonimo de “a tragédia, o drama, o horror”.

Varandas tem o apoio da maioria dos Sportinguistas:

Varandas gosta de pensar que sim, mas a verdade é que ninguém sabe ao certo o apoio que ele tem. Isto porque ninguém se mostra interessado em auscultar o pulsar do sentimento leonino. O presidente encontra-se isolado na sua fortaleza construída durante a pandemia e o PMAG, Rogério Alves, assobia para o ar e comenta tudo e mais alguma coisa…desde que não seja para falar do Sporting. Nas redes sociais multiplica-se a contestação, mas esta não passa do mundo virtual. A percepção é a de que os sócios com mais votos estão ao lado do presidente, mas não existe forma de verificar esse apoio. Adicionalmente, parece que esta Direcção não se preocupa se tem apoio ou não. Interessante que, outra das percepções que fica, é a de que aqueles que ainda defendem esta solução de poder, fazem-no mais por serem “anti-BdC” do que por, efectivamente, apoiarem Varandas e seus comparsas. A verificação de tudo isto só acontecera’ numa hipotética futura assembleia geral… quando (e se) Rogério Alves estiver para aí virado.

Vai p’ó ca%#@^o, filho da p*#@:

Uma das maiores “Varandices” criadas foi a da eliminação da possibilidade de uma simples (e civilizada) troca de argumentos entre defensores de posições divergentes no Sporting. Muitos dos “Varandistas” (ou melhor, “anti-BdC”) respondem a argumentos e factos com insultos ou impropérios, típicos de quem não tem nada de substancial para contrapor. O poder no Sporting confia nos “comentadeiros” e “jornalistas” de confiança para passarem a sua mensagem, mesmo que esta esteja carregada de incongruências ou de falsidades objectivas. Como consequência, estes soundbytes são facilmente desmontados pelos sportinguistas mais atentos. Já os outros, que querem acreditar que o Doutor Varandas é o salvador da pátria leonina, usam linguagem vulgar para dirimir as suas contendas, pessoais ou virtuais. Um diálogo de surdos Sportinguista em que o maior prejudicado é o clube. Mas com esse, poucos se parecem importar.