Perdoar? Só se for a Bruno de Carvalho!
Nos últimos tempos temos tido vários eventos que merecem uma certa reflexão.
Quanto à decisão de Alcochete, já foram feitas as alegações finais e só falta as juízas pronunciarem-se sobre tudo o que foi mostrado e falado em Tribunal. Toda a gente se lembra do Ministério Público acabar por dizer que as acusações a Bruno de Carvalho são infundadas e não fazem qualquer sentido. Ou seja, o Ministério Público considera que não há qualquer ligação entre os posts de Facebook, o que foi dito nas reuniões com jogadores, staff ou até associados à Juventude Leonina, entre outras acusações, e o sucedido em Alcochete a 15 de Maio de 2018. Além disso, a imprensa ignorou, quase por completo, este sucedido. Todos sabemos que a imprensa se tem focado na pandemia Covid-19, o que é certo é que, para a Comunicação Social, é como se não tivesse acontecido nada no Tribunal de Monsanto.
Outra situação a ser referida nestes últimos tempos foi a decisão do TAD sobre Rafael Leão. Ficámos todos a saber que não havia justa causa neste processo e, por inerência, todos os outros que rescindiram também não tinham justa causa visto que os motivos seriam similares para todos (basta ver as cartas de rescisão e o que alegam). Também nos podemos lembrar da participação de Frederico Varandas no Tribunal de Monsanto sobre Alcochete, como o que foi público no acórdão do TAD. Frederico Varandas em ambos os momentos tentou colar Bruno de Carvalho ao sucedido em Alcochete naquele fatídico dia e no TAD até foi defensor por parte de Rafael Leão para que o Sporting Clube de Portugal não recebesse o que tinha de direito. Constata-se que a defesa do Sporting não foi totalmente feita por parte da Direcção actual e pergunto-me se tal fosse feito, se o Sporting não receberia o valor da cláusula de rescisão.
Neste contexto, Carlos Vieira veio tecer algumas considerações sobre este tema. Até chegou a dizer que o Sporting devia perdoar Rafael Leão. Isto baseando-se em hipotéticos eventos, por exemplo, o jogador poder nunca vir a receber essa quantia na sua carreira profissional. Isto tudo sem falar nas tentativas de lavagem cerebral por parte de Rita Garcia Pereira, a quem me vou escusar de responder à letra, em que resumidamente diz que a destituição e expulsão de Bruno de Carvalho em nenhum momento se deveu a Alcochete.
Aqui, Bruno de Carvalho demonstrou a sua defesa e basta ver os documentos escritos. É aqui que chegam então as minhas considerações sobre o tema. Sem Alcochete, não havia rescisões, AG Destitutiva, nem expulsão de sócio de Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho. Isto para mim é directo. Como vimos do que sucedeu nos Tribunais, Bruno de Carvalho está inocente (é a minha convicção e claro, vamos aguardar pela decisão final do Tribunal) e que o TAD não deu justa causa a Rafael Leão (para os restantes seria idêntico).
Faço eu agora uma questão: “Quem foi realmente o Mandante?”. Vou aguardar para ver os media debruçarem-se sobre este tema após a ilibação por parte do Tribunal de Monsanto. Da minha parte, sentado.
Sem falar nos milhões que o Sporting não recebeu das rescisões sem justa causa. Posso até adicionar o facto que essas indemnizações seriam sem comissões a Jorge Mendes. Estamos a falar em centenas de milhões de Euros.
Ou seja, se há alguém que merece perdão por parte do Sporting Clube de Portugal é Bruno de Carvalho. Era isto que Carlos Vieira devia ter dito. Quanto à Rita Garcia Pereira nem vale a pena tecer comentários, é só alguém que participou efectivamente na destituição sem justa causa de Bruno de Carvalho.
A meu ver, no dia a seguir à ilibação por parte do Tribunal de Monsanto, Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho têm de ser restituídos de sócios bem como serem retiradas todas as sanções associadas.
Completamente de acordo. No entanto, a golpada foi muito bem engendrada e levada a cabo. Foi uma máquina poderosa que tirou do Sporting o melhor presidente de sempre e que lá colocou um bando de artolas.
Será muito difícil bater essa máquina e repor no Sporting quem de lá nunca devia ter saído, mas tudo temos de fazer para que isso aconteça, sob pena de acabarmos definitivamente com o orgulho de ser do Sporting.