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Sexta-feira, Março 29, 2024

Futebol Flashback: Moreirense 2-3 Sporting, 21ª Jornada do Campeonato, 2016-2017

Numa altura em que não há futebol para acompanhar, o Rugido Verde decidiu analisar encontros antigos, equivalentes aos que o Sporting iria disputar na presente época. Para a 30ª Jornada do Campeonato, o Sporting iria deslocar-se a Moreira de Cónegos, para defrontar o Moreirense. Trazemos então uma análise ao jogo da época 2016-2017, que o Sporting venceu por 2-3, numa vitória complicada que, de resto, fez parte de uma época muito atribulada.

O Sporting entrava para a 21ª Jornada do Campeonato no terceiro lugar do Campeonato, a nove pontos do F.C. Porto, com quem tinha perdido por 2-1 na jornada passada. A época estava a ser uma desilusão. Era fevereiro, e o Sporting já estava arredado das taças e das competições europeias. Restava lutar pelo Campeonato até ao fim, mesmo com o caso (muito) mal parado.

A equipa de Jorge Jesus alinhou com: Rui Patrício; Ezequiel Schelotto, Sebastián Coates, Rúben Semedo, Bruno César; William Carvalho, Adrien Silva, Gelson Martins, Bryan Ruiz; Alan Ruiz, Bas Dost.

O Moreirense de Augusto Inácio foi a jogo com: Giorgi Makaridze; Pierre Sagna, André Micael, Diego Galo, Pedro Rebocho; Ousmane Dramé, Cauê, Fernando Alexandre, Nildo Petrolina; Emmanuel Boateng, Modou Sougou.

Num jogo cujo destaque, até então, tinha sido uma entrada duríssima de André Micael sobre Bas Dost, que apenas valeu um cartão amarelo, surgiu, um minuto depois, um golo caído do céu para o Moreirense. Numa bola bombeada para a frente, Coates cabeceia para trás, Rui Patrício desentende-se com Bruno César, com Dramé a ajudar à confusão, e o brasileiro faz autogolo (com a mão), dando vantagem à equipa da casa.

Os ataques do Sporting não estavam a fluir, nem pela via adornada, nem pelo jogo direto e, à meia hora de jogo, o único remate perigoso que os Leões tinham, tinha sido em fora-de-jogo.

Alan Ruiz assinou uma boa exibição pelos Leões, coroada com um golo

Ainda assim, gradualmente, o controlo da posse bola e das tentativas de investida atacante iam pertencendo ao clube de Alvalade. Naturalmente, começaram a surgir algumas oportunidades. Aos 36’, Gelson, de cabeça, obrigou Makaridze a uma boa defesa.

Três minutos, Dost, pela esquerda, assistiu Alan Ruiz para o golo do empate. O argentino ainda beneficiou de um ressalto para entrar, mas estava feito o empate, com justiça.

No entanto, o esforço pareceu vão, já que dois minutos depois, Rui Patrício derrubou Boateng na área. Grande penalidade assinalada, Cauê chamado a bater, e o 2-1 para o Moreirense, resultado com que o jogo iria para o intervalo.

Cauê bateu Rui Patrício, recolocando o Moreirense em vantagem

Na segunda parte, o Sporting entrou com uma atitude mais aguerrida, em busca de virar o resultado em seu favor, e o Moreirense ia recorrendo ao jogo faltoso de modo a travar o ímpeto Sportinguista.

Aos 64’, tanto Jorge Jesus como Augusto Inácio mexeram na equipa. Do lado do Sporting, saiu Bryan Ruiz para a entrada de Daniel Podence. No Moreirense, saiu Nildo Petrolina e entrou Bouba Saré.

A entrada de Podence mexeu com o jogo de imediato, e foi dele que nasceu o (novo) golo do empate. Remate de Podence ao poste, a bola a ressaltar para Dost que, sem ninguém na baliza, encostou para o 2-2. O Sporting estava de volta ao jogo.

Inácio operou a segunda substituição, fazendo Boateng sair, para a entrada de Alex. Apesar da mexida, o Sporting continuou dono e senhor do jogo e, aos 73’, confirmou a reviravolta no marcador. Jogada a começar e acabar em Adrien (assistido por Schelotto), que marcou com um forte remate de pé esquerdo.

O Sporting estava, pela primeira vez, na liderança, mas no minuto seguinte ia sofrendo logo o empate. Dramé fez um “chapéu” quase perfeito sobre Rui Patrício, mas a bola embateu na trave.

Até ao final do encontro, não houve grandes oportunidades de relevo. Ainda entrou Roberto, pelos da casa, e, pelo Sporting, entraram Esgaio e Palhinha (este último já só para queimar alguns minutos).

Com este resultado, o Sporting respondia positivamente à derrota no Clássico com o F.C. Porto, mas permanecia no terceiro lugar, de onde não sairia até ao final da época, que ficou muito aquém das expetativas dos adeptos. Apesar de toda a atribulação, a verdade é que, ao contrário da época anterior, o Sporting só se podia queixar de si próprio. Até ao fim da temporada, ainda iria perder pontos em casa com Vitória S.C., benfica e Belenenses, ao que acrescentaria uma derrota no terreno do Feirense. Demasiados percalços para quem almeja ser campeão.

Imagens retiradas de www.zerozero.pt

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Comments

  1. Heineken the Great

    O maior erro de BdC foi ter deixado o cavalo de Tróia continuar para uma terceira época depois de uma segunda desastrosa. E sabemos bem que esse “senhor” também contribuiu muito para o que temos hoje.