Futebol Flashback: Sporting 2-0 Gil Vicente, 22ª Jornada do Campeonato, 2014-2015
Numa altura em que não há futebol para acompanhar, o Rugido Verde decidiu analisar encontros antigos, equivalentes aos que o Sporting iria disputar na presente época. Neste fim-de-semana (18 e 19 de abril), o Sporting iria defrontar o Gil Vicente, em casa. Trazemos então uma análise ao jogo da época 2014-2015, que o Sporting venceu por 2-0 – partida essa marcada por um golo épico do “nosso” Nani.
A equipa de Marco Silva entrou para este jogo vinda de uma série de três jogos sem vitórias: empate a uma bola na receção ao benfica, resultado igual na deslocação ao Restelo, e derrota por 2-0 em Wolfsburgo em jogo a contar para a Liga Europa.
A situação era, portanto, delicada, tanto internamente (9 pontos de distância para o benfica, primeiro classificado), como na Europa. A vitória era fundamental neste jogo para manter uma esperança, mesmo que mínima, de continuar na perseguição pelo primeiro lugar. Marco Silva operou algumas alterações, deixando alguns habituais titulares a descansar, com vista ao segundo jogo com os alemães do Wolfsburgo.
O Sporting alinhou, então, com: Rui Patrício; Miguel Lopes, Paulo Oliveira, Tobias Figueiredo, Jefferson; William Carvalho, André Martins, João Mário; Carlos Mané, Nani, Junya Tanaka.
Do lado do Gil Vicente, o 11 inicial foi composto por: Adriano Facchini; Ricardinho, Markus Berger, Cadú e Evaldo; Sérgio Semedo, Vítor Gonçalves, Rúben Ribeiro; Diogo Viana, Yazalde e Simy.
O Sporting tomou o controlo da posse de bola desde o início, tentando algumas investidas direccionadas à baliza gilista. Ao quarto de hora de jogo, ainda sem oportunidades de relevo, dá-se o primeiro caso do jogo. Cadú agarra João Mário e comete grande penalidade, não assinalada por Jorge Tavares.

Aos 23’, numa boa combinação do ataque leonino, surge a primeira grande ocasião para o Sporting, mas Mané atirou para defesa de Facchini. No minuto seguinte, mais uma boa jogada dos Leões, e João Mário esteve perto de inaugurar o marcador – a bola desviou no ex-Sporting, Evaldo. Era o despertar do Leão: na bancada o público, estava entusiasmado; no campo, o Sporting dominava.
Aos 33’, nova situação polémica. William marca um livre com Yazalde encostado à bola, e Jorge Tavares, em vez de interromper o lance, e possivelmente mostrar o cartão amarelo ao avançado do Gil Vicente, deixa seguir, proporcionando uma oportunidade de golo aos visitantes, que Diogo Viana desperdiçou.
A primeira parte continuou, até ao fim, a pertencer ao Sporting. Até ao intervalo, ainda houve tempo para um bom remate de João Mário, para (mais uma) defesa de Facchini, e para outra possível grande penalidade, de Berger sobre Paulo Oliveira.
Aos 52’, finalmente o Sporting conseguiu chegar ao golo. Canto cobrado por Jefferson, desvio de Nani para o segundo poste, e Tanaka só teve de encostar. Estava feito o 1-0.
O golo apenas serviu para acentuar, ainda mais, o domínio do Sporting, com Nani a ficar perto de fazer o segundo, logo após o golo de Tanaka. Após esse lance, deu-se a primeira alteração, promovida por Marco Silva: Carrillo entrou para o lugar de Mané.
Continuava intenso o duelo entre Nani e o guardião adversário, com mais uma investida do jogador do Sporting, na cobrança de um livre direto.
Aos 64’, Marco Silva tirou André Martins de campo, para fazer entrar o escocês Ryan Gauld.
Quatro minutos depois, deu-se o momento do jogo. Miguel Lopes cobra um lançamento para Nani, que ajeita a bola para o pé esquerdo e envia uma autêntica bomba para o fundo das redes. Uma obra-prima de Nani, num de muitos golaços da sua carreira.

Seguiram-se alterações dos dois lados. José Mota fez entrar Luís Silva e Diogo Valente para os lugares de Vítor Gonçalves e Simy. Marco Silva usou a última substituição para retirar Nani (ovacionado pelo público) e colocar em campo Diego Capel.
A partir do segundo golo, o jogo arrefeceu, e só houve mais uma oportunidade digna de destaque, em que Tanaka esteve à beira de bisar, mas atirou por cima, a cinco minutos do fim.
Resultado final de 2-0, justo, num jogo dominado do início ao fim pelo Sporting, em que João Mário, apesar de não ter marcado, encheu o campo com uma grande exibição.
Com esta vitória, o Sporting continuou à mesma distância de FC Porto e benfica, que também venceram os seus jogos. No entanto, ao contrário do que seria desejável, esta quebra de resultados negativos foi Sol de pouca dura. Nos jogos seguintes, o Sporting não foi além de um empate em casa com o Wolfsburgo, uma derrota por 3-0 no Estádio do Dragão (que, praticamente, sentenciou o Sporting ao terceiro lugar) e um empate a duas bolas na Choupana, a contar para a 1ª Mão das Meias-Finais da Taça de Portugal.
Imagens retiradas de www.zerozero.pt