RUGIDO VERDE

O assunto sobre o “mega-cruel-tresloucado-ataque-terrorista” a Alcochete já está mais que espremido e esgotado em todos os quadrantes da sociedade portuguesa mas, terminada que está esta fase de testemunhas e testemunhos, gostaria de deixar aqui o meu bitaite em relação a esta estrondosa peça de teatro.

Em primeiro lugar, uma palavra para o Ministério Público. Que raio de país e de Constituição/Código é que permite que se acusem pessoas sem provas ou, no mínimo dos mínimos, indícios da prática de algum acto ilegal? É que se voltámos ao tempo do “diz-que-disse” então avisem-nos rapidamente e parem de convocar eleições – é que esses disparates custam dinheiro ao Estado e, como tal, a todos nós. E neste momento não estamos com grande cabeça para mais palhaçada, agora que se aproxima mais um estouro na economia de fachada em que vivemos.

Em segundo lugar, um reparo à Justiça e aos seus agentes. Com que então chamam-se uma data de testemunhas e não se exige juramento em todas porquê? Há filhos e há enteados aos olhos (passe a ironia) da senhora cega? Este processo mal amanhado e encenado já teve tantas faltas à verdade, para usar a expressão simpática do advogado do legítimo Presidente do Sporting CP, que até mete dó ver as linhas por onde a “Justiça” cose. Bem… Talvez ainda seja melhor faltar à verdade em tribunal do que faltar à memória e não depor – houvessem mais amnésicos neste ataque monumental ou na própria Direcção ilegalmente demitida e eu adoraria ver a nova interpretação (ou talvez não…) da Operação Lex Portuguesa!

Em terceiro lugar, muito bem Bruno de Carvalho! Mais uma vez a mostrar que quem não deve não teme como se ainda fosse necessário. Mesmo perante a tamanha vergonha e humilhação que lhe serviram de bandeja soube manter a lucidez nos esclarecimentos que teve que prestar ao tribunal, não se perdendo em minudências e sendo objectivo a 100%! Tal como já o era nas acções que realmente contavam durante a sua presidência (ilegalmente interrompida, sublinhe-se… e ainda muita água haverá de correr nessa ponte). O final da sua intervenção reflectiu bem o carácter leonino de um dos melhores Presidentes de sempre do Sporting e a paixão de quem foi altamente injustiçado por fazer tudo o que podia pelo clube.

Espero que, tendo em conta tudo o que foi apresentado a tribunal – fossem provas, indícios, testemunhas, tudo – esta saga persecutória judicial termine aqui e que tenha que ser uma juíza a mostrar o par de tomates que muitos “homens” não tiveram. Perante tudo o que foi apresentado só resta uma saída minimamente digna ao sistema judicial português – ilibar/absolver/pedir desculpa a Bruno de Carvalho e à sua família.

E por falar em falta de tomates ou “homens”… E que tal o circo montado em Istambul? Que maravilha! Já não bastava a trupe de gatinhos otários filmados e fotografados como se de uma comitiva com um pingo de interesse se tratasse – retratando umas 50 figurinhas em locais da capital turca – acresce ainda o facto dessas dezenas de representantes só apresentarem, timidamente, muito timidamente, um cachecol apenas da instituição que lhes paga estas pantominices. Noutros tempos não havia destes luxos e, provavelmente, foi por isso mesmo que tiveram que recorrer à javardeira em que são useiros e vezeiros para restaurar a sua “democracia”.

Obviamente que uma instituição que se rege por este tipo de comportamentos de elite falida só poderia criar uma equipa ao seu nível – e que nível! 4 batatas nas trombas do gatinho que substituiu o Leão Rampante! Há uns anos atrás eram 3 batatas do Gençlerbirligicoisoetal em Alvalade depois de empatarmos 1-1 na Turquia… Agora que regressámos a essas direcções sem rumo e tomates ainda conseguimos superar e mostrar que estamos muito mais apurados no que toca a imbecilidade e incapacidade: levar uma vantagem de 2 golos à Otomanolândia, marcar 1 golo fora, ter inúmeras oportunidades de matar a eliminatória nos últimos 10 minutos de jogo, mamar uma terceira batata enquanto estão os 11 jogadores (!!!!!) dentro da área a defender a derrota pela margem mínima, terminar o festival de incompetência ao nível de quem contratou aquele cepo Ilori ou hilárico ou sei lá qual o melhor adjectivo para definir aquela amostra de jogador. Tudo isto contra o colosso Bazar Shakira.

Dizem que a enésima versão do Ruca que treina o clube de Alvalade está de saída… Mais um que nunca devia ter entrado sequer! Mas quando se tem uma administração (ahahaha) nas mesmas condições… o que esperar?

Este artigo foi escrito por Valentino de Carvalho