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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Só esforçar não chega, no Sporting é preciso ganhar!

Sporting 0 – 2 benfica

Jogava-se nesta noite de 17 janeiro, sexta-feira, o grande clássico do futebol português Sporting Clube de Portugal – benfica, um jogo que provoca sempre emoções especiais, não obstante os preocupantes 16 pontos de distância que estas equipas tinham à entrada da última jornada da primeira volta do campeonato.

Jorge Silas, o treinador do Sporting foi obrigado a fazer algumas alterações devido a suspensões (Coates) ou a contrariedades de ordem física (Vietto) o que causaram um notório alarme num plantel curto e carente de qualidade. Os substitutos escolhidos passaram pela titularidade de Tiago Illori e de Rafael Camacho, extremo que tem vindo a crescer nos últimos jogos.

A equipa adversária, que ganhava algum alento com a derrota do 2º classificado porto, apostava num onze sólido, com Gabriel e Weigl responsáveis pelas missões defensivas e uma frente de ataque encabeçada por Vinicius, um dos jogadores em destaque nos últimos meses.

o benfica começou melhor o jogo e logo aos 2 minutos teve uma oportunidade interessante de Vinicius, ao rematar por cima da baliza de Max, após uma perda de bola de Wendel. Pouco depois, aos 11 minutos, o benfica volta a estar perto do golo. Combinação muito interessante entre Chiquinho e Pizzi, com este último a tirar Mathieu da frente e a conseguir arranjar espaço para o remate, aparecendo Maximiano a salvar o golo com uma importante defesa.

O Sporting dá o seu primeiro grande aviso aos 12 minutos. Após um lançamento em profundidade por parte de Bruno Fernandes, Ferro não consegue cortar a bola e a mesma chega a Camacho que em excelente posição remata ao poste direito da baliza de Vlachodimos.

Apesar da grande oportunidade, o benfica tinha, de forma evidente, um ascendente no jogo e aos 30 minutos está novamente muito perto do golo. Na sequência de um livre descaído para o lado direito do ataque benfiquista, Grimaldo bate de forma tensa e a bola sobrevoa toda a área chegando a André Almeida que aparece a finalizar ao segundo poste, ficando muito perto do golo.

O Sporting responde novamente de forma perigosa ao minuto 32. A jogada começa em Bolasie que perante a pressão de Gabriel opta pelo passe recuado para Acuña. O argentino, recebendo a bola, não hesita e procede imediatamente ao cruzamento com a bola a chegar a Camacho que cabeceia para uma defesa extremamente complicada do guarda-redes grego do benfica.

A última jogada de perigo da primeira parte ocorre aos 41 minutos para o benfica. Uma vez mais, através de uma bola parada, Pizzi bate o livre com a bola a ser cabeceada de raspão por Rúben Dias e a sobrar para André Almeida que uma vez mais aparece em boa posição, mas remata ao lado.

A primeira parte terminava tal como começou, com um resultado a zeros para as duas equipas. O benfica parecia ter algum domínio, mas o Sporting também conseguiu criar duas chances de grande perigo por intermédio de Camacho.

Vimos um Sporting a aparecer muito mais “mandão” na segunda metade do encontro, encostando durante algum tempo o benfica à sua metade do campo. Aos 63 minutos, após uma jogada de insistência, Doumbia remata à entrada da área com muito perigo, para uma grande defesa de Vlachodimos.

Quem não marca sofre e o benfica consegue chegar à vantagem aos 79 minutos do encontro. Na sequência de um lançamento lateral, o benfica coloca a bola na área leonina. Numa jogada confusa, os defesas do Sporting não conseguiram afastar a bola e depois de uma série de ressaltos, Vinicius conseguiu servir Rafa que remata sem hipótese para Max.

O Sporting sofria aqui uma grande “facada” e já nos descontos, aos 98 minutos, chega mesmo ao segundo golo. Numa altura em que a equipa do Sporting já está completamente desposicionada, Tiago Ilori não consegue afastar a bola de forma eficaz, entregando-a a Seferovic. O suíço, vendo Rafa sozinho no centro da grande área, coloca-lhe a bola e o avançado português finaliza com qualidade para o golo que sela a vitória do benfica neste jogo.

Terminou o jogo. O Sporting foi melhor a espaços, mas perdeu mais uma vez e somou a sexta derrota na liga em 17 jornadas. Os 19 pontos de distância para o primeiro classificado não dignificam a história e a grandeza do Sporting Clube de Portugal. É preciso repensar tudo, de alto a baixo e fazer mais, muito mais.

Análises individuais:

Maximiano (Nota 6) – Esteve em bom plano, não obstante ter sofrido novamente golos. Nota para um excelente defesa na primeira parte a remate de Pizzi, segurando a igualdade nessa altura.

Acuña (Nota 6) – Um dos melhores do Sporting em campo. Teve alguns erros defensivos, mas no cômputo geral lutou com a garra que lhe é característica e ainda esteve presente com destaque no ataque, ao assistir para algumas das jogadas mais perigosas do Sporting durante o encontro.

Mathieu (Nota 6) – Fez um jogo de qualidade, com vários cortes e dobras que garantiram alguma solidez defensiva durante grande parte do encontro.

Tiago Ilori (Nota 4) – Até pode ter tido algumas ações defensivas interessantes mas mais uma vez não esteve feliz nos lances decisivos do encontro. Esteve ligado aos dois golos. No primeiro fica mais recuado e coloca Rafa em jogo e no segundo golo faz um corte defeituoso permitindo a Seferovic assistir Rafa.

Ristovski (Nota 5) – Foi importante defensivamente mas sem deslumbrar.

Doumbia (Nota 4) – Claudicou mais uma vez. A bola parecia que queimava a este jogador, tal a quantidade de passes que falhou ou más receções e perdas de bola. Não estando diretamente relacionado com os golos, foi um jogador que não ajudou minimamente a equipa.

Wendel (Nota 5) – Alternou ações positivas com negativas. Foi capaz de ligar o jogo a espaços, mas não foi capaz de ajudar Doumbia nas missões defensivas.

Bruno Fernandes (Nota 6) – Naquele que poderá ter sido o último jogo deste jogador em Alvalade, o capitão de equipa não sobressaiu de forma incrível, mas foi capaz de criar alguns lances interessantes. Foi por exemplo dos pés dele que saiu o passe para a melhor oportunidade do jogo para o Sporting, num remate de Camacho.

Camacho (Nota 6) – Deu mais uma vez boas indicações, sem ter sido fantástico. Teve as duas melhores oportunidades do encontro do Sporting, uma atirando ao poste e a outra de cabeça, permitindo ao guarda-redes adversário uma boa defesa.

Bolasie (Nota 5) – Fez um remate aos 38 minutos, mas passou despercebido em grande parte do encontro. Alterna jogos positivos com jogos em que passa ao lado.

Luiz Phellype (Nota 4) – Um dos piores. Simplesmente não é jogador para este tipo de encontros. Não luta, não tem garra e parece estar constantemente à espera de situações para finalizar, que nestes jogos raramente aparecem.

Gonzalo Plata (Nota 5) – Entrou para dar alguma dinâmica ao ataque, situação que já não estava a acontecer com Bolasie. Não se destacou.

Pedro Mendes (Sem avaliação) – Pedro Mendes entrou com a missão de marcar o empate numa altura em que a equipa já perdia 1-0. Não teve nenhuma oportunidade.

Borja (Sem avaliação) – Entrou já nos descontos e não há nada de relevante a referir deste jogador.

Silas (Nota 5) – A equipa conseguiu equilibrar a espaços o jogo com o benfica, mas isso não chega. O Sporting tem que fazer muito mais, mesmo tendo em conta a falta de qualidade gritante deste plantel. Tem ainda algum crédito Silas, mas urge trabalhar no sentido de melhorar a qualidade de jogo e acima de tudo vencer cada jogo até ao fim da época.

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Comments

  1. Paulo Vieira

    Decididamente Ilori, Doumbia e Luiz Phellipe não têm categoria para representar o Sporting, nem sequer este sporting à Varandas, de meio da tabela, são jogadores para equipas que lutam para não descer ou da divisão de honra, não têm categoria para mais.
    A ordem que Tiago Martins recebeu da entidade patronal no jogo anterior deve ter sido: “O Ilori tem que jogar contra nós”. A partir daí ele fez o óbvio e afastou o Coates do jogo das toupeiras, mostrando-lhe um amarelo numa jogada que nem me pareceu falta.
    Custa-me mais a perceber porque razão o Silas não aposta no Eduardo Quaresma que, apesar das evidentes limitações próprias da sua falta de experiência, é já muito melhor que o cepo do Ilori.
    Confesso que não percebi a substituição do Rafael Camacho, (que me impressionou pela positiva), pelo Borja, um tosco que, numa altura em que o Sporting está a perder não seria com toda a certeza a arma secreta.
    #VARANDAS_OUT