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Sexta-feira, Março 29, 2024

Vitória pálida, mas importante no difícil caminho europeu

Sporting 1 – 0 Rosenborg ,
Mergulhado numa profunda crise, agravada pela escandalosa eliminação frente ao F.C. Alverca para a Taça de Portugal, o Sporting Clube de Portugal precisava, por todos os motivos e mais alguns, mas sobretudo para não marcar passo na Liga Europa, de uma vitória frente ao Rosenborg, equipa campeã norueguesa. Silas optou, desta vez, por colocar um “onze” sem grandes poupanças, com destaque para os regressos dos centrais Coates e Mathieu e claro, de Bruno Fernandes o jogador-chave da equipa.

O jogo começou com uma equipa do Sporting a demonstrar vontade e iniciativa, contudo, as primeiras oportunidades surgiram já perto dos 20 minutos. Primeiro, aos 16 minutos, através de um livre direto, Bruno Fernandes, tal como em Alverca, acerta com estrondo na barra. Pouco depois, uma jogada com parceria argentina. Acuña faz um grande cruzamento da esquerda com Vietto a aparecer em voo de cabeça para uma excelente defesa do guarda-redes do Rosenborg Hansen.

Aos 22 minutos, o primeiro aviso dos noruegueses. Após um rápido contra-ataque, Meling coloca a bola à esquerda em Samuel Adegbenro que, sem grandes hesitações, centra atrasado para Akintola que remata com o seu pior pé à figura de Renan.

Embora sem deslumbrar, continuava o Sporting por cima do Jogo. Perto da meia hora de jogo, um péssimo atraso do experiente central Reginiussen permitiu que a bola a chegasse a Vietto que fez um remate cruzado para defesa do guarda-redes adversário.

Bola cá, bola lá. Aos 31 minutos a melhor ocasião de perigo do Rosenborg durante todo o jogo. Na sequência de um canto, a bola é cruzada junto à baliza aparecendo Coates a fazer um corte que bate em Doumbia, ressaltando para a barra da baliza. Muito perto do golo, a equipa de Trondheim com alguma confusão à mistura.

A última grande ocasião de perigo do primeiro tempo deu-se aos 43 minutos. Após uma perda de bola a meio campo de Luiz Phellype, o Rosenborg aproximou-se da baliza leonina, com Lundemo a atirar de fora da área cruzado, mas ao lado.

Chegava ao final a primeira parte com um jogo equilibrado e com oportunidades para ambas as equipas marcarem. Justificava-se a igualdade no marcador nesta altura.

A segunda parte foi mais pausada e com menos oportunidades do que a primeira. Regressou um Sporting mais nervoso e apático, que conseguia a espaços aproximar-se da baliza adversária, mas sem real perigo. A primeira grande oportunidade surge de bola parada aos 68 minutos através de Mathieu. O francês aproveita um livre descaído para o lado direito para aplicar o seu perigoso remate, com a bola a sair muito perto do poste da baliza do Rosenborg.

Logo a seguir o golo do Sporting. Bruno Fernandes inicia a jogada passando para Vietto. O argentino faz um remate forte que foi bloqueado pela defesa sobrando a bola para Bolasie que cabeceia para o fundo das redes, com a bola ainda a bater no central Hovland que desvia do guarda-redes Hansen. Um golo com alguma sorte, mas que valeu!

Em vantagem o Sporting baixou as suas linhas possibilitando aos noruegueses aproximarem-se da grande área leonina. Nos últimos 10 minutos conseguiram mesmo duas boas oportunidades de golo. Primeiro aos 82 minutos na sequência de um canto com Johsen a cabecear muito perto, mas com a bola sair ao lado. Já nos descontos, num lance já em desespero, a equipa do Rosenborg faz ainda um último remate perigoso para defesa de Renan.

Vitória importante do Sporting a somar 3 pontos aos 3 que já tinha, estando no 2º lugar do seu grupo na Liga Europa atrás do PSV Eindhoven. Domingo haverá já outro jogo importantíssimo para o campeonato com o Vitória Sport Clube, uma equipa que tem estado em bom plano esta época, estando mesmo à frente do Sporting na classificação da Liga NOS.

Análise individual:

Renan Ribeiro (Nota 6) – Fez um jogo bastante seguro, com algumas intervenções importantes. Um exemplo disso foi precisamente a última jogada do encontro ao agarrar um remate forte a dois tempos.

Acuña (Nota 6) – Jogou a lateral esquerdo e fez uma partida positiva, não permitindo muitos espaços aos adversários. Fez alguns cruzamentos e assistências perigosas como foi o caso da oportunidade de Vietto na primeira parte, a seu passe.

Mathieu (Nota 6) – Voltou ao “onze” e esteve em bom plano e com boa capacidade física. Foi importante em alguns cortes que impediram o Rosenborg de chegar com outros argumentos à área.

Coates (Nota 5) – Não foi um jogo brilhante de Coates. Teve alguns erros como aos 27 minutos quando fez um péssimo passe permitindo ao Rosenborg criar uma boa oportunidade. Pouco depois, esteve na melhor situação do jogo para os noruegueses ao cortar a bola dentro da pequena-área, ressaltando a mesma em Doumbia que involuntariamente quase faz um auto-golo.

Rosier (Nota 4) – Uma desilusão, até pelo valor considerável que custou ao Sporting. Frequentemente mal posicionado, não raras vezes o opositor direto ganhou-lhe espaço no corredor. No capítulo ofensivo não acrescenta nem arrisca nada.

Doumbia (Nota 5) – Foi o médio mais defensivo, mas raramente a bola passa por ele nas transições para o ataque. Quando isso acontece também não arrisca, passando para trás. Ainda assim não comprometeu.

Wendel (Nota 5) – Esteve bastante discreto e, tal como Doumbia, não arriscou muito no capítulo do passe, optando por passes curtos e mais fáceis. Tentou ajudar a segurar o meio campo.

Bruno Fernandes (Nota 6) – Está sempre em plano positivo, ainda que hoje não tenha sido aquele Bruno Fernandes decisivo. Esteve perto disso, com um livre direto à barra no primeiro tempo.

Vietto (Nota 6) – Esteve bastante ativo, principalmente na primeira parte. Em destaque, o remate de cabeça a passe de Acuña não dando golo por muito pouco.

Bolasie (Nota 7) – Merece destaque. É um jogador que mesmo com deficiências técnicas, esforça-se bastante, tem capacidade física, é rápido e pressiona alto. Foi premiado pelo golo.

Luiz Phellype (Nota 5) – Pouco jogo e pouco em jogo. O avançado brasileiro é pouco móvel na frente e o seu jogo só beneficia quando lhe são possibilitadas oportunidades, o que manifestamente não aconteceu nesta partida.

Pedro Mendes (Nota 5) – Entrou perante uma grande ovação, o que demonstra o carinho dos adeptos por este jovem avançado que já marcou em Eindhoven nesta edição da Liga Europa. Esteve esforçado e teve um pequeno contributo no golo ao estorvar o lateral-esquerdo do Rosenborg permitindo libertar de marcação Bolasie.

Borja (Sem avaliação) – Entrou para o lugar de Vietto com o objetivo de ajudar a fechar o corredor esquerdo.

Eduardo (Sem avaliação) – Entrou mesmo no final para o lugar de Wendel, auxiliando Doumbia nas missões defensivas a meio campo.

Silas (Nota 5) – É verdade que foram 3 pontos, é verdade que regressámos às vitórias, mas nem por isso evidenciou-se as melhorias que Silas prometeu antes do jogo. A equipa continua nervosa e apática, com processos pouco consolidados quando já vamos com um mês de trabalho da nova equipa técnica. É preciso melhorar muito e rápido!

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