RUGIDO VERDE

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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Rio de lágrimas em mais uma derrota humilhante

Sporting  1  –  2 Rio Ave

Jogo novo, vida nova.

Três dias depois de mais um jogo desastrado para o campeonato, o Sporting voltava a apresentar-se aos seus adeptos, no estádio José Alvalade, mas para a Taça da Liga. Como detentor do troféu, o Sporting tem uma obrigação acrescida nesta competição.

Algumas alterações foram promovidas por Leonel Pontes relativamente ao último jogo. Nota para os primeiros minutos de Maximiano e Tiago Ilori, que tiveram uma oportunidade importante para se afirmarem no plantel. Nota também para o primeiro jogo a titular do espanhol Jesé Rodriguez.

Aos 3 minutos a primeira grande oportunidade para o Sporting. Grande passe de Vietto e uma inteligente desmarcação de Bruno Fernandes, que fica isolado e pica a bola sobre o guarda-redes, mas com o esférico a sair ligeiramente ao lado. Dois minutos depois mais uma grande perdida dos leões. Jesé Rodriguez a fazer um grande cruzamento do lado direito e Vietto a aparecer em voo, no centro da área, a cabecear ao lado da baliza do Rio Ave.

O Sporting entrava muito forte. Aos 10 minutos, nova grande oportunidade. Bruno Fernandes aplica o seu famoso remate de longe, com o guarda redes da equipa de Vila do Conde a afastar para o lado. A bola acaba por sobrar para Jesé Rodriguez que centra novamente a bola para Vietto, que entre os dois centrais do Rio Ave, falha por pouco a conclusão.

A partir desta entrada intensa, o jogo entrou numa altura mais morna e jogado muito a meio campo. Alguma intranquilidade  denotava-se a cada passo falhado.

À passagem dos 32 minutos, um filme já visto esta época em Alvalade. Perda de bola de Wendel a meio campo com a bola a ser rapidamente colocada em Ronan. O brasileiro do Rio Ave percorreu em velocidade 40 metros, sem oposição, concluindo a jogada com um remate cruzado para o fundo da baliza de Maxi.

O Sporting, no entanto, respondeu logo a seguir pelo suspeito do costume. Falta de Jambor sobre Acuña muito perto do limite da grande área. Na marcação do livre direto, Bruno Fernandes fatura mais um golo, com a bola ainda a embater na barreira antes de entrar no fundo das redes. Estava feita a igualdade!

Bruno Fernandes, nesta altura do jogo, era o único jogador que não tinha qualquer problema em arriscar. Aos 39 minutos novo remate forte com efeito e de muito longe com a bola a ser defendida com dificuldades pelo guarda-redes Paulo Vítor.

Aos 43 minutos, um revés importante para a equipa. Battaglia volta a lesionar-se, ressentindo-se assim da longa lesão que teve ao longo do último ano. Muito azar para o internacional argentino e um desfalque importante no meio campo da equipa.

A primeira parte decorreu com o Sporting a construir algumas oportunidades já podendo estar facilmente na dianteira do marcador.

Contudo, o Rio Ave aproveitou uma das poucas vezes que se aproximou da área do Sporting para marcar um golo por intermédio de Ronan. Valeu, também, o capitão Bruno Fernandes que não desperdiçou um livre direto à entrada da área, garantindo que se chegasse ao intervalo com um empate.

A segunda parte começou com muita vontade do Sporting, em partir para uma vitória. Bruno Fernandes deu um sério aviso aos 51 minutos.

Após troca de bola a meio campo, Vietto descobre Bruno Fernandes sozinho descaído no lado direito, que em boa posição remata ligeiramente ao lado, com o guarda-redes do Rio Ave ainda a desviar a bola com a ponta das luvas.

Aos 67 minutos, após um passe de Eduardo para Bruno Fernandes, o médio português faz um passe teleguiado colocando a bola para Vietto, que em boa posição remata novamente para intervenção do guardião vilacondense. O Sporting ia tentando de várias maneiras, a maior parte das vezes passando por Bruno Fernandes, que insistia frequentemente em remates de meia distância.

Aos 82 minutos novo desastre em Alvalade. O Rio Ave chegou à área do Sporting com muita facilidade e, após alguma confusão, e uma boa defesa de Maxi, a bola chega a Lucas Piazon que remata para o 2-1.

Até ao final, a equipa do Sporting tentou como pode para chegar à igualdade, mas apesar de ter andado perto da baliza do Rio Ave, não teve sucesso e perdeu assim o 3º jogo consecutivo em casa, algo que o autor deste texto não se lembra de alguma vez ter acontecido.

Análises individuais:

Maximiano (Nota 5) – Estreia com uma derrota do jovem guarda-redes da formação. Não teve culpas diretas nos golos do Rio Ave e, particularmente, no segundo golo, ainda faz uma excelente defesa a Gabrielzinho antes da bola sobrar para Piezon finalizar.

Borja (Nota 5) – Pouco arrisca, estando demasiado focado nas tarefas defensivas. O momento em que esteve mais em destaque foi quando travou em falta Diogo Figueiras, numa situação em que o extremo direito ficaria em boa posição frente a Max.

Neto (Nota 5) – O substituto natural de Coates tentou trazer alguma estabilidade à defesa, mas foi fácil. Esteve algo discreto, mas na jogada do segundo golo do Rio Ave esteve perto de fazer um auto-golo, com uma boa defesa de Max.

Ilori (Nota 4) – Somou os primeiros minutos esta época e fica, tal como Rosier, ligado ao primeiro golo fazendo uma abordagem deficiente à movimentação de Ronan. Não aproveitou a oportunidade.

Rosier (Nota 4) – Fica ligado ao primeiro golo do Rio Ave, ao não conseguir acompanhar a velocidade de Ronan que acaba por finalizar com sucesso. O segundo golo também aparece do seu lado, com Pedro Amaral, completamente à vontade e com toda a calma do mundo, a iniciar essa jogada.

Battaglia (Nota 5) – Depois do seu regresso no jogo com o Famalicão, Battaglia manteve a sua titularidade. Esteve bastante ativo no meio campo e o Rio Ave, ao longo da primeira parte, não conseguiu criar muitas oportunidades à exceção do golo. Teve a infelicidade de se lesionar (ou voltar a lesionar-se) e sair aos 40 minutos.

Wendel (Nota 4) – Esteve negativamente ligado ao golo de Ronan, ao ter perdido a bola a meio campo que dá origem ao lance do jogador brasileiro. Parece completamente perdido desde a saída de Marcel Keizer.

Acuña (Nota 6) – Lutou muito, como sempre. Além do jogo de choque em que é especialista, tentou também o golo como num remate “em volei” aos 12 minutos, após saída em falso do guarda-redes do Rio Ave.

Bruno Fernandes (Nota 7) – Depois da ausência por castigo na derrota com o Famalicão, Bruno Fernandes regressou para voltar a fazer o gosto ao pé de livre direto. No resto do jogo foi sempre o comandante, tentando de várias formas chegar novamente ao golo, mas sem sucesso. Não é por ele que as coisas dentro de campo têm corrido mal.

Vietto (Nota 7) – Depois de ter sido dos melhores frente ao Famalicão, Vietto voltou à titularidade e começou bem o jogo, com um grande passe para Bruno Fernandes logo aos 3 minutos e duas boas oportunidades ao longo da primeira parte, não conseguindo finalizar da melhor forma. Na 2ª parte manteve o nível, envolvendo-se em algumas das melhores ocasiões de perigo do Sporting.

Jesé Rodriguez (Nota 6) – Esteve em evidência em dois lances perigosos na primeira parte. Nos dois conseguiu servir Vietto, que finalizou da melhor maneira. Foi perdendo fulgor ao longo do jogo, sendo claro que ainda não está na forma ideal.

Eduardo (Nota 5) – Entrou à beira do intervalo pelo lesionado Battaglia e pareceu ter cumprido as funções defensivas, sem deslumbrar.

Luiz Phellype (Nota 5) – O avançado brasileiro entrou aos 75 minutos para o lugar de Wendel. Não acrescentou praticamente nada ao ataque da equipa.

Jovane Cabral (Sem avaliação) – Entrou aos 84 minutos após um episódio caricato ao ter vestido a camisola de Gonzalo Plata. Merecia ter entrado mais cedo.

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Comments

  1. Rei Leão

    De derrota em derrota até à derrota final.