RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Quinta-feira, Abril 25, 2024

Competitividade Precisa-se

Ter equipas competitivas num clube como o Sporting cria um efeito bola de neve. Apresenta-se como um efeito agregador junto dos sócios e adeptos, atraindo-os para os recintos desportivos e é a causa da alegria e dos sorrisos na “massa Sportinguista”.

Quando se ouve o tão na moda “baixar os custos” ou dispensar o jogador “x” a custo zero para poupar na massa salarial, não é só um péssimo exemplo que estamos a dar ao mercado, mostrando a nossa fraca capacidade de criar valor, mas também perdemos competitividade, tendo em conta que os jogadores que mais recebem são, por princípio, os melhores jogadores.

São jogadores como Bas Dost, Bruno Fernandes, Nani ou Wendel que levam as pessoas ao estádio e entusiasmam os adeptos. E estes jogadores obviamente que não ganham pouco.

Quando se passa a ideia para o mercado, num mundo globalizado, que se prescinde de um jogador a custo zero ou por um preço abaixo do valor de mercado, está-se a dar um péssimo sinal e uma imagem errada que nos fica colada à pele.

Será que o pavilhão estaria sempre tão cheio e tão entusiasmado sem jogadores como Carlos Ruesga, Nikcevic ou Frankis Carol? Será que se fariam quilómetros para ver o hóquei em patins sem jogadores como Girão, Ferran Font, Platero ou Pedro Gil? Será que no primeiro ano de regresso do voleibol, existiria tanto entusiasmo se não fossem Miguel Maia ou Angel Dennis? Veríamos com a mesma alegria as vitórias do futsal, se a equipa não tivesse Dieguinho, Guitta ou Merlin?

Pois, se calhar não. E estes são os jogadores que recebem mais, porque a qualidade paga-se. E, por inerência, sem qualidade não há competitividade.

Claro que, como em tudo, o correcto seria um equilíbrio entre os jogadores da formação, a contratação de jogadores de qualidade superior e de outros jogadores que potencialmente a podem atingir. E isso nem sempre se consegue por diversos motivos.

Mas isto tudo para dizer que se o Sporting quer ser competitivo e estar sempre entre os melhores não pode prescindir dos melhores jogadores para poupar salários.

Sem competitividade, o clube torna-se amorfo e definha. Os sócios não comparecem com tanta assiduidade e cria-se uma envolvente negativa que acaba por prejudicar o clube.

Resta-me dizer que a actual via seguida por Frederico Varandas tem tudo para ser um desastre. E já temos um vislumbre do que aí vem. Quem não tem acompanhado a novela, não mexicana, mas holandesa que está a desenrolar-se?

Toda esta política de contratação e de gestão de activos da equipa de futebol profissional adoptada por Frederico Varandas e acólitos é uma hecatombe à espera de acontecer.

Artigos relacionados

Comments

  1. Gomerra

    Meu caro, mas despachar os jogadores a custo zero tem uma vantagem clara, retira-os do activo do clube. Com isso o passivo permanece igual mas o activo diminuiu.
    Porque será isso bom? Porque assim chegas à falência técnica mais depressa e depois vendes a SAD.

  2. Rei Leão

    É tão óbvio. Não foi por acaso que as assistências no estádio aumentaram e o pavilhão estava sempre cheio. E quando temos qualidade também conseguimos jogar contra os melhores. É diferente jogar na liga dos campeões de futebol, futsal, andebol do que jogar na liga Europa ou na cers…