Capítulo II – A tempestade perfeita
Especula-se muito sobre este acontecimento, mas a história ainda não está toda contada. Estamos em posse de algumas informações pouco reveladas, talvez porque não interessem a uma certa narrativa que se quer implementar.
Vamos a isso então…
Para enquadrar o que aconteceu em Alcochete temos que recuar 2 dias, até ao jogo da Madeira no dia 13 de Maio.
Num ano em que se fez o maior investimento de sempre, estávamos dependentes deste jogo para irmos à Champions. Neste jogo, perdido por 2-1, o clube hipotecou todas as hipóteses de almejar o prestígio desportivo e financeiro que essa prova oferece.
Os adeptos encontravam-se revoltados com algum desleixo e falta de vontade demonstrada por alguns jogadores e equipa técnica. E no aeroporto ,no regresso, demostraram isso mesmo com alguns ânimos mais exaltados, de onde se destaca Fernando Mendes, o antigo líder da Juventude Leonina.
Deste “confronto” resultou uma continuação prometida na terça-feira, quando se realizasse o treino na academia. Depois disto, sabe-se que o Presidente do clube perguntou a alguns jogadores o que se tinha passado e estes disseram que estava tudo resolvido.
No dia seguinte mais um episódio. Desta vez no estádio José Alvalade, onde decorreram uma série de reuniões entre a direcção, os atletas e a equipa técnica. Sobre a reunião com a equipa técnica sabemos o seguinte:
– O treino esteve sempre agendado para dia 15 e nunca para dia 16 como insinuou a procuradora;
– Fernando Mendes diz a Jorge Jesus que terça-feira falariam em Alcochete e Jorge Jesus, não querendo dar mais conversa, responde “ok Fernando”;
– A hora do treino, na verdade, é mudada da manhã para a tarde por ‘acordo’ entre Bruno de Carvalho e Jorge Jesus. Porquê? Na reunião de segunda-feira, realizada na sala de reuniões da SAD, com a participação de toda a equipa técnica e a administração, Jorge Jesus pensa que está a ser despedido e só pergunta se no dia seguinte podia ir à Academia buscar as suas coisas.
Bruno de Carvalho explica-lhe que ele não está despedido, que vai reunir-se com o departamento jurídico e que só depois disso tomará uma decisão quanto ao futuro de Jorge Jesus.
Certo é que no final da época deixa de ser treinador do Sporting, mas se estaria na final da Taça, no banco ou não, apenas no dia seguinte o saberia, porque a decisão lhe seria transmitida por escrito e que essa carta estaria na Academia de manhã.
Nesse momento, Jorge Jesus diz que então precisava de reunir com o seu advogado assim que recebesse a carta. Bruno de Carvalho diz: “tudo bem, claro”. “Mas então não posso fazer o treino de manhã”, diz Jorge Jesus. “Então porque não passa o treino para a tarde e vai ter com o advogado de manhã?”, responde Bruno de Carvalho. “Pode ser, então passo o treino para as cinco”, diz Jorge Jesus, ao que Bruno de Carvalho responde: “está bem, então às quatro estamos lá na Academia e falamos”;
– Os jornais souberam desta mudança porque alguém dos quadros do clube os informou e alguns até deram a notícia no telejornal. Dito isto, as câmaras da CMTV já estavam posicionadas estrategicamente para a captar imagens do treino, de modo a saber se Jorge Jesus ainda iria liderar o mesmo.
Dia 15 de Maio – dia da invasão de Alcochete.
Nessa manhã, como por coincidência, sai a notícia do cashball nos jornais e logo em Alvalade se multiplicam reuniões com advogados. Também nessa manhã é deixada a Jorge Jesus uma carta com os detalhes da decisão da administração sobre a sua dispensa no final da época, para ele poder reunir com o seu advogado.
Da parte da tarde, pelas 17 horas, dá-se a invasão da Academia de Alcochete.
Entre as muitas coisas que se sabem e outras que ainda estão no domínio dos Deuses, há uma que é unânime: O “ataque” a Alcochete acontece a partir da loucura de Fernando Mendes.
É ele quem provoca os desacatos no aeroporto quando tenta agredir Acuña e Battaglia. Naquele momento, Fernando Mendes andava a tentar infiltrar-se de novo na Juventude Leonina e a claque já o deixava andar na bancada sul.
Fez um convite a amigos que fantasiaram um filme, acreditando que podiam cometer esse acto e saírem impunes.
No dia seguinte ao ataque já se sabia pelos nomes divulgados pela GNR, quem era da Juventude Leonina e quem não era. No total, 29 eram ou tinham sido da Juventude Leonina.
Curiosamente, Pedro ‘Barbini’ Silveira constava num dos grupos de WhatsApp, mas teve a “sorte” de ter tido um imprevisto nesse dia, tendo desejado boa sorte aos restantes.
Ora, Barbini era membro da lista de Frederico Varandas e não deixa de ser curioso que foi ele quem organizou os protestos contra Bruno de Carvalho a 12 de Junho de 2018.
Barbini foi de seguida afastado da lista de Frederico Varandas depois da divulgação do áudio, onde este diz que o dia em que Varandas o descartar é o dia em que ele cai.
Apesar de toda a tese de terrorismo, não deixa de ser curioso que apenas um jogador tenha sido agredido, Bas Dost. Havendo um apoio da claque aos jogadores, nas ditas voltas olímpicas e havendo pedidos de demissão a Bruno de Carvalho e manifestações, qual terá sido o sentido nisto tudo?
O que sabemos é que os adeptos que invadiram as instalações de Alcochete eram contra Bruno de Carvalho e queriam que ele caísse, havendo mensagens que o comprovam e existindo já este desejo um mês antes do ataque. A seguinte imagem comprova uma discordância de um dos arguidos do processo de Alcochete, “Minicapo”, com Bruno de Carvalho.
Note-se também a célebre frase de Nuno ‘Mustafá’ Mendes: “Em relação a Alcochete, penso que a única maneira de retirar Bruno de Carvalho do Sporting era associar a Juventude Leonina à invasão. Bruno de Carvalho estava a ser um peso para muita gente.“
Outro facto importante foi a questão da segurança.
Não temos qualquer dúvida que bastava ter o portão fechado para nada acontecer. O impacto só foi este, porque houve logo a divulgação do vídeo e da foto do Bas Dost.
Como de Guimarães só se soube o que aconteceu pelo passa palavra, sem imagens, o impacto foi quase nulo, porque ninguém soube realmente do que se estava a falar. Neste caso, os jogadores divulgaram imagens e fotos.
Ricardo Gonçalves cometeu vários erros operacionais naquela tarde e cometeu-os por incompetência para o cargo. Mas o Diretor-Geral de segurança, Vasco, também teve culpa na forma como tentou desculpar a acção do Ricardo.
Ora, Varandas conhecia o Ricardo deste que este chegou à Academia. Tinha confiança nele e convidou-o. Mesmo com Ricardo a mostrar tamanha incompetência, a verdade é que toda a gente se apressou a ilibar os serviços de segurança do Sporting.
A posteriori se pode perceber que a segurança cometeu um erro: mandou todos os jogadores entrar no balneário. Se estivessem cá fora no campo, onde já estavam alguns, a situação teria sido diferente.
Não deixa de ser curioso terem havido tantas falhas de segurança e que nem Ricardo nem André Geraldes tivessem dado importância ao que aconteceu no aeroporto.
Aliás, Ricardo, curiosamente, foi promovido…
Outros factos curiosos. Porque é que há a necessidade de filmar e criar histerismo, nomeadamente num vídeo onde Frederico Varandas aparece sorridente e, perante a afirmação “filma ali a fivela do cinto”, este responde “eu sei”.
Como se poderá constatar no seguinte áudio onde se isola a sirene.
Fica a questão. O que mais sabe Frederico Varandas?
Fechando a questão Alcochete, seguem-se as rescisões que ficarão para um próximo capítulo onde tudo sera falado ao pormenor. No entanto, deixo-vos uma pequena introdução.
As rescisões, numa primeira fase, serviam apenas de ameaça para destituir a direcção. Na noite da derrota na taça de Portugal, Jaime Marte Soares telefona a todos os membros dos órgãos sociais, menos a Bruno de Carvalho e Carlos Vieira, a dizer que tinha acabado de ver as cartas de rescisão que todos os jogadores iriam apresentar na terça-feira, caso o Conselho Directivo não se demitisse.
Escusado será dizer que isto não passava de uma ameaça e ainda não existia nenhuma carta de rescisão. Nenhum jogador queria rescindir, então o que mudou?
É curioso que Podence e Rui Patrício foram os primeiros jogadores a rescindir. O que têm eles em comum vocês perguntam. O agente, Jorge Mendes.
Bruno de Carvalho quis fazer um braço de ferro com Jorge Mendes, visto que o na altura Presidente do Sporting, não quis pagar 7 milhões de comissão ao empresário. E assim avançaram as duas primeiras rescisões escritas pela firma de advogados Morais Leitão e associados.
O resto com mais pormenor virá num novo capítulo.
Segue toda a saga aqui:
fontes: Anónimas
Sou sportinguista que ainda viu jogar os 5 violinos. E gostaria simplesmente de dizer, se eu fosse juiz, considerando o dano que estes supostos terroristas fizeram ao Sporting Clube de Portugal, daria 25 anos de prisão a cada um deles.
Esta mais que visto nunca me enganaram!
Eu sempre tive a certeza de que tudo isto tinha sido cozinhado ao pormenor..
Cambada de bandidos
Como é que ase nossas autoridades compactuaram com o golpe? Onde estava a PJ para o caso ser entregue a GNR? Será mesmo preciso ir ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem para desmascarar esta máfia toda. Eu sempre soube desde o primeiro dia que foi um grande golpe. Escandaloso.
Estamos entregues à “bicharada”. Um presidente alavancando em clichés sem qualquer rumo e um PMA, com tiques de sabedor quando tecnicamente é um zero.
Não pago uma quota mais enquanto estes lá andarem
Autentica golpada
Revelações importantes, curioso que quer Pedro Silveira quer Diogo Amaral, não há acusações de “autoria moral”, e nem sequer foram constituídos arguidos. Será porque queriam assumidamente a queda de Bruno de Carvalho (para poderem ascender os golpistas)?