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Quinta-feira, Março 28, 2024

Neste dia… em 2010, Bettencourt arrasa Moutinho: «Não acreditava que fosse possível descer tão baixo»

Arrasador. José Eduardo Bettencourt qualifica de «deplorável» o comportamento de João Moutinho e diz que a permanência do jogador no Sporting iria «contaminar» o ambiente do grupo de trabalho.

«João Moutinho não contava para o Sporting e o Sporting não contava para João Moutinho. Não tinha as mínimas condições para ser o capitão de equipa», disse o presidente leonino, em conferência de imprensa que contou também com as presenças de Costinha e Paulo Sérgio, revelando que a insatisfação de Moutinho se intensificou «depois de 2008» – uma vez gorada a transferência para o Everton –, sendo que as declarações públicas do médio «caíram muito mal no seio da família sportinguista» e em si próprio.

Seguiu-se uma revisão salarial que, ainda assim, não impediu a «insatisfação notória» por parte do atleta, que, acredita Bettencourt, ganhou outras proporções com «a sua não chamada à Selecção» para o Campeonato do Mundo.

O representante do atleta, Pini Zahavi, reforçou, em reunião decorrida no início da época, a vontade do jogador em deixar Alvalade, dando conta que o médio, na melhor das hipóteses, poderia ser negociado por «sete milhões de euros». A direcção leonina «tentou encontrar todas as soluções no mercado», sendo certo que, diz Bettencourt, «o tempo ia passando e as propostas não vinham».

«O João Moutinho forçou uma solução interna e disse que, se não jogasse no estrangeiro, queria fazê-lo «no FC Porto, no Benfica ou em outro clube qualquer». «Não faz sentido em falar de cláusulas de rescisão», defende, esclarecendo que «a proposta do FC Porto» foi a única a dar entrada nos gabinetes leoninos.

Perante este cenário, foi pedido ao jogador que esperasse por uma proposta do estrangeiro. No entanto… «O João, em vez de colaborar e acreditar no seu valor desportivo, perdeu as estribeiras e disse que teria dado a sua palavra que iria para o FC Porto. O seu comportamento com o presidente, director desportivo e equipa técnica foi deplorável. Se não tivesse presenciado, nunca acreditaria que fosse possível descer tão baixo», atira.

José Eduardo Bettencourt não tem dúvidas: a permanecer no plantel, João Moutinho seria «uma maçã podre no pomar» e iria «contaminar o ambiente e espírito de um grupo que quer caminhar com outra firmeza e ambição».

Perante a insistência do jogador em rumar a outras paragens, a direcção verde-e-branca fez uma «nova sondagem ao mercado, alargando o leque de empresários» e disposta «a aceitar propostas inferiores à do FC Porto». Sucede que «ninguém manifestou interesse».

Assim, «entre receber zero e continuar com uma maçã podre, não teria sido possível tomar outra decisão». «Em 2008 o encaixe poderia ter sido muito superior – não acompanhei o processo – e essa foi uma mágoa que o jogador sente me transmitiu», conta Bettencourt.

Fonte: A Bola

Data: 05/07/2010
Local: Jornal A Bola

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