RUGIDO VERDE

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Sábado, Abril 20, 2024

A uma Rita Conhecida…

Este texto tem por base o artigo de 25/5/2018 da autora no Jornal Económico, Rita Garcia Pereira, adaptado ao presente. 

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Procurando ser positiva, a única coisa boa que vislumbro no actual estado do Sporting é o desaparecimento do pequenino homem que se diz ser seu Presidente e que nunca esteve à altura do cargo. 

Os últimos meses ficarão sempre na memória, quer pelos incessantes ataques aos adeptos, os principais activos do clube, quer ainda pelo facto de uma imensidão de comissões terem sido dadas a um agente suspeito em vários países , a estranha e milionária “operação Amorim”, o incumprimento da prestação anterior ao estado de emergência, quer pelas lastimáveis cenas do Presidente: beijos provocatórios em AG, insultos, gestão desportiva desastrosa, buscas na SAD e no seu domicílio, propaganda encomendada, voluntário à força, auto-aumento salarial, despedimentos na loja verde, lay-offs na SAD, utilização da comunicação do clube para sua exclusiva defesa mesmo quando o assunto é alheio à entidade, revistas humilhantes que incluíram crianças e idosos, entre muitas outras coisas que contêm a palavra mentira como núcleo.

(Notámos que faltou à verdade nesse texto a respeito do contexto de “chato”, enganando intencionalmente os leitores, pois Rita GP é inteligente. 

Referiu ainda que Bruno de Carvalho não deveria “ter sequer chegado a sócio, quanto mais a Presidente do Sporting”. Foi bem-sucedida nas pretensões, parabéns, mesmo estando todas elas baseadas em manipulação, tacticismo e deturpação. Os fins justificaram os meios, algo que ela disse nesse mesmo texto ser oposto à sua concepção de valores no clube.)

Prosseguindo a adaptação

Por seu turno, um Presidente de Mesa que se comporta como Presidente da SAD e do Clube, e diz uma coisa e o seu oposto sem na verdade dizer nada, no espaço de minutos é, também, alguém cuja credibilidade, num momento em que a mesma é especialmente precisa, se perdeu há muito. 

A crise no Sporting é profunda e não se resolve com operações de cosmética, como as que se têm sucedido a um ritmo alucinante. É certo que Varandas foi legitimado em eleições condicionadas também por mim, quando tudo aconselhava que não o deveria ter sido, não sem antes ele ter promovido a sua própria clínica, e logo depois quem lhe era próximo. A sua mulher, já lá estava como atleta, até trouxe uma amiga/conhecida que poucos meses depois rescindiu (Persson).

Também parece certo que alguns elogiam… (esta parte é complicada de adaptar fielmente) “coisas”… sendo que, a este título, não deixo de realçar que alguns dos despedidos por ele foram substituídos pelas pessoas que passavam a vida a maldizer e caluniar publicamente os membros da anterior direcção. Alguns até outdoors produziam. 

Contudo, e ainda que os feitos heróicos de Varandas, tão fantasiados e trabalhados em propaganda, fossem tão espectaculares quanto dizem os Nuno Luz da vida, o espectáculo degradante a que temos assistido há demasiados meses não apenas justifica como impõe a demissão destes órgãos sociais. E para ontem, porque hoje é, já, tarde demais. 

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Terminamos por aqui o exercício, satisfeitos pelas alegações morais no remanescente do texto terem sido dizimadas em julgamento e no abstrato não valerem nada. Podemos ainda usar esta frase com a qual concluiu: Varandas, com “sucessivos discursos de ódio, o instigador do actual estado do clube que lhe paga principescamente. 
Basta.”

A Rita actual tem resposta pronta ao que a Rita do passado dizia, sem olvidar as inúmeras aparições na CMTV na altura:

“Rita passada, enlamear o Sporting como forma de colocar, a todo o custo, a direcção em causa parece ter-se tornado no único desporto apreciado por um conjunto de adeptos. E, também aqui, lamento mas não vale tudo.” 27/4/2020

A Rita lamenta o seu comportamento, pois não é, seguramente, uma pessoa hipócrita, que se coloca de maneira compulsiva numa posição de aparente superioridade moral, toda esta suportada em pilares frágeis e de índole manipuladora. Não é. Nem vai dizer que são situações diferentes – um exercício retórico fútil e básico quando o cerne é “lançar lama”. 

Vai ser humilde uma vez na vida e reconhecer que errou e erra muitas mais vezes do que gosta de admitir. As pessoas evoluem e aprendem com os erros, por isso, a Rita desde já, lamenta. Parabenizamos tal atitude. 

*A autora escreve com a antiga ortografia, e o resto do texto respeitou tal opção

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