RUGIDO VERDE

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Sexta-feira, Abril 19, 2024

Tenho vergonha de adeptos como vocês

O Sporting ganhou dois jogos consecutivos. Partidas bem ganhas, vitórias alcançadas com todo o mérito. Para alguns, deviamos ir a correr para o Marquês, festejar tamanhas conquistas. O nível de exigência está tão baixo que o facto de a equipa do Sporting ter vencido dois jogos que, afinal de contas, tinha obrigação de vencer, já é motivo para calar qualquer contestação e passar a olhar para os abusos desta direção com condescendência.

A equipa de futebol do Sporting tem vivido nestes constantes ciclos esta temporada: faz uma série de maus resultados e/ou fracas exibições e o desespero acumula-se. Quando se está na eminência de se perder toda a paciência com a equipa e com quem a dirige (incluindo a direção), lá aparece uma vitória inesperada, uma exibição mais conseguida e tudo volta ao normal, apenas porque se sente o alivio da interrupção dos maus resultados.

O Sporting deixou de jogar constantemente para ganhar para jogar constantemente para evitar perder. É este o mote de Varandas e seus comparsas. O que choca é que alguém que se intitule sportinguista esteja satisfeito com isto ou, pior ainda, se reveja neste tipo de (falta de) exigência. O Sporting não foi criado para ser um clube recreativo. Foi criado para ser um clube vencedor e quem não entende isto não percebe a essência do ser Sportinguista.

Mas há mais. Pelo segundo jogo consecutivo, em casa, tivemos revistas a uma parte dos adeptos que foram assistir ao jogo, em que crianças, velhos, pais e filhos foram obrigados a descalçar-se antes de entrar no estádio. Um acto de humilhação imposto por uma direção aos adeptos do seu próprio clube. Aparentemente, o maior crime cometido por alguns destes adeptos é o de não bajularem o presidente e seus pares. Esta inspeção segregatória só tem lógica em países do terceiro mundo, em que um dirigente acha que tem o direito de fazer “bullying” a quem não se mostra subserviente. Inacreditável.

Não obstante a prepotência demonstrada temos ainda (pasme-se) adeptos do Sporting que apoiam esta medida. Basta passar pelas redes sociais para ler comentários do tipo:

“Há adultos capazes de tudo, até de usar crianças para transportar coisas ilegais…não preciso de dar exemplos…não vejo má intenção nesses senhores que fazem revista…estão só a evitar males maiores para todos os adeptos.”

Sim, e o problema é?…Vamos ver, NUNCA ninguém usou uma criança para contrabandear coisas. O “ponto a que se chegou”, é indignarem-se com as revistas, em vez de se indignarem contra aqueles que as tornam necessárias.”

Vocês vivem em que realidade? Num mundo em que não existem pessoas capazes de esconder coisas nas crianças porque ninguém vai desconfiar delas? Se não existisse esta hostilidade toda do lado das claques, se calhar não se sentia a necessidade de fazer revistas mais apertadas. Tenham juízo.

Eu fico pasmado ao ler coisas como estas. De que buraco sairam estas pessoas? De que sanita a CMTV as foi tirar?

Existem, portanto, criaturas que não só apoiam revistas a crianças (aparentemente utilizadas no passado como meio humano de tráfico de tochas) como ainda destilam toda a cartilha que Varandas e imprensa disseminam constantemente. Subitamente as crianças Sportinguistas (e os pais delas) passaram a ser seres abjectos que traficam materiais perigosos para dentro dos estadios. Isto bate, em surrealismo, a Maria Leal no Você na TV. Fica-se com a sensação de que ir ao estádio do Sporting, hoje em dia, é sinónimo de partilhar as bancadas com cérebros que são autênticos esgotos a céu aberto. Eu só posso ter vergonha de estar no mesmo clube que estes seres respirantes. A única consolação que tenho é que, enquanto este estado de coisas se mantiver, estes “sportinguistas” vão ter o Sporting que merecem: coitadinho, Calimero, remediado e manso.

Vocês metem-me nojo.

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Comments

  1. Green Marquis

    Muito bem!
    Estas revistas são anti-democraticas e um nojo!!

  2. Leão Comuna

    Um dos problemas, dos vários existentes no sportinguista comum, é ser um autêntico cata-vento.
    Aceita tudo o que lhe dizem, sem pensar, sem fazer uma crítica, e consecutivamente na história do clube, teima em juntar-se ao esterco da sociedade, que por outras palavras quer dizer ao clube das elites que destroem o clube à décadas.

  3. HULK VERDE

    É isso mesmo! A expressão Cabeças Ocas não existe por acaso, serve para caracterizar os indivíduos que regurgitam tudo o que vêem e ouvem (nos meios de comunicação social), e que ecoa nas suas cabecinhas acéfalas.