RUGIDO VERDE

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Quinta-feira, Março 28, 2024

Heróis de Barro

Na última semana tem-se falado da saída de Bruno Fernandes, um dos melhores capitães para muitos, mas não para mim.

A minha adoração a jogadores começou num momento muito especifico do Sporting, durante o tempo de João Moutinho. Na minha pequenez, o Moutinho era o melhor jogador do mundo e eu adorava-o por ser jogador do Sporting. Capitão saído da academia, fazia-me vê-lo como um herói, mas a saída para o Porto fez-me começar a repensar a minha ideia de exemplo a seguir. Fiquei muito triste, confuso e a pensar “por que raio o Moutinho iria querer sair para o Porto se estava tão bem no Sporting?”.

Decidi virar-me para um jovem guarda-redes que estava a despontar nas balizas do meu Sporting, chamado Rui Patrício. Não era o melhor, até dava uns frangos dignos de anúncios televisivos, mas apostei nele porque via um jogador que amava o clube e que estava a crescer. E efetivamente cresceu, até chegou a seleção, campeão europeu, 13º melhor jogador do mundo em 2016, um orgulho para qualquer Sportinguista! Mas no fatídico mês de maio de 2018, quando rescindiu para ir jogar pelo Wolves (sinceramente, nem sei escrever o nome da equipa), o meu mundo enquanto adepto de futebol desabou.

O rapazinho que cresceu dentro do Sporting cuspiu no clube quando rescindiu, quando todos no clube se deviam unir, o capitão foi o primeiro a abandonar o barco? Eu não queria acreditar naquilo… Quando o capitão do barco saiu, também o imediato de seu nome William de Carvalho, jogador que nos últimos 5 anos tinha sido peça fundamental na equipa mas antes disso andava perdido pela Bélgica.

Entretanto, a direção de Bruno de Carvalho caiu e a “comichão” de gestão liderada por Sousa Cintra tomou de assalto o clube e com ela alguns rescisores regressaram, entre eles Bruno Fernandes, um jogador que eu, pessoalmente, admirava muito, na minha ingenuidade pensei até que se um dia o Patrício e o William saíssem ele poderia ser o capitão do Sporting. Mas tal como os dois primeiros, ele rescindiu, decidiu cuspir no símbolo do clube. Afinal se os da casa se vendem, porque é que ele não se venderia também?

Não me levem a mal, dentro de campo Bruno Fernandes mostrou ser um dos melhores jogadores que já passaram por Alvalade, e eu respeito-o por isso, mas tudo o que fez no Sporting depois de rescindir, influenciado ou não (isso não me interessa, o rapaz já tem 25 anos), cai em saco roto.

As lágrimas na hora da despedida não me comoveram, afinal estamos a falar de alguém que rescindiu, que fez com que um dos verdadeiros símbolos do Sporting, Nani, um homem que disse muitas verdades e tal como algumas pessoas (cada vez menos) serviu o Sporting fosse afastado.

Na hora da despedia do Bruno, sou agora um adepto mais apático na questão de chamar os jogadores de ídolos mas estou feliz porque é menos um rescisor a viver ás custas do Sporting.

Saudações Leoninas

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Comments

  1. Green Marquis

    Ao bruno fernandes “baza que já vais tarde, e se partires uma perna não se perde nada”
    Ao fivelas “segue-lhe o exemplo”.
    Ao BdC “volta porque nunca deverias ter saido”

  2. Rui Barbosa

    Anterior a esses todos, houve um que marcou essa onde de escarros no emblema: Paulo Futre. Somos um clube de desrespeito generalizado. Qualquer um acha que pode cuspir no emblema por dinheiro. Triste.