Leais ao Sporting somos nós
Antes de mais, agradeço a oportunidade e o convite proporcionado para escrever neste espaço de grandes e verdadeiros Sportinguistas.
Como a maioria dos presentes, encontro neste espaço a lucidez e clarividência em quem colabora, a quem o segue, a gema, a verdadeira militância, os valores, a camaradagem, a luta, a verdade, por um Sporting melhor, por um país melhor, por um mundo melhor.
Um muito obrigado.
Não irei, neste primeiro texto, apresentar-me de imediato, terei oportunidade de o fazer em futuros textos e apreciações. Conseguirão perceber-me melhor com o desenrolar de trabalho futuro. Sou mais um do vosso lado, que quer ver um futuro verde e branco, vibrante e apaixonante.
Apaixonante, era… o futebol italiano. Foi a melhor liga do mundo, para mim, nos finais dos anos 90 e ínicios de milénio.
Havia algo de místico, havia beleza, havia cor, os tiffosi… e havia enormes jogadores.
AC Milan, Inter e Juventus, a que se seguiam, logo atrás a morder dos calcanhares até ao pescoço das 3 principais equipas, a Roma, Lazio, Fiorentina, Parma e a Sampdoria, era um campeonato e pêras.
Mais que a competitividade dentro do campeonato, era a lealdade que os jogadores sentiam aos projectos desportivos em que entravam.
O valor da lealdade faz-nos ver que, para além da questão monetária, existe uma necessidade de compromisso para com o Clube, para com uma cidade, para com os adeptos, pois é para nós que eles trabalham, correm, driblam, marcam, lesionam-se e orgulhosamente são militares das nossa cores.
Se houvesse o melhor onze de lealdade do futebol italiano seria: Buffon, Zanetti, Nesta, Maldini, De Rossi, Gattuso, Camoranesi, Nedved, Totti, Del Piero e Di Natale.
Eu sei que alguns destes onze trocaram de clube nas suas carreiras, e muitos outros poderiam estar ali, jamais a sua imagem e profissionalismo caíram em desgraça, não se reconhece jogadas de bastidores, más influências de empresários no sentido de desrespeitar contratos e compromissos para com os clubes, para com os tiffosi, para com as cidades.
É deste futebol que tenho saudades, é deste espirito que não me esqueço, que achei possivel ver um dia no meu clube, e jogadores com esse designio tinhamos alguns… Ingénuo fui, ao achar que rui patricio seria o Buffon, que william seria o De Rossi, que gelson seria o Camoranesi ou que o bruno fernandes seria o Nedved… Errado, doeu e muito, senti-me desrespeitado, desgostoso, não com a ambição de cada um em rumar a outro destino para ganhar a Champions, ou a Serie A, ou a La liga ou a Premier, não; Saíram para saír de nós, para sair de Lisboa, para sair do Sporting Clube de Portugal, para onde? Para o Mónaco? Para o Bétis? Para o Milan de hoje em dia? Para o Olympiacos?
Isto demosntra a falta de ambição, falta de vergonha e compromisso, qual o interesse? Ganhar mais 25% do que ganhavam no seu contrato? Falta de noção, falta de respeito, falta de valores, falta de desejo de ser família.
Esta época, no campeonato Italiano temos a nova “novela Sporting” e jogada de bastidores do ano, um clube que, de há uns anos para cá, em Maio, está sempre nos primeiros 3 classificados, que andou desaparecido no apogeu do futebol italiano, que é um dos símbolos da cidade e com uma torcida bastante quente: O Nápoles. Após boas épocas com Mazarri, Sarri, este ano havia o desafio Ancelotti. Era obrigatória a qualificação para a segunda fase da Champions, objectivo alcançado! Porém, no campeonato existiram tropeções, pontos perdidos, ira dos adeptos, fraca postura de compromisso dos jogadores nos jogos, os mesmos jogadores a serem rotulados de mercenários, e o que se assiste em simultanêo? Jogadores forçam saídas, koulibaly quer sair, fabian ruiz quer sair, mertens não quer renovar, insigne acusado de ser o desatabilizador, allan quer sair. Por algum tipo de agenda, por algum tipo de pressão empresarial estes jogadores não querem representar o Napoli, não querem ser Família. O mesmo Napoli que apresentou sucessivamente um crescimento sustentável, que aproximou a cidade do clube, que reforçou a luta entre o Norte e o Sul de Itália no futebol, um clube que dá as condições a jogadores de serem símbolos e heróis desde o tempo de Maradona. O próprio Maradona refere esse espirtio num documentário biográfico produzido por Emir Kusturica.
O Nápoles de De Laurenttis quer ser diferente, mas o próprio reconhece que, infelizmente, os jogadores hoje em dia já não querem ser heróis locais, os jogadores querem ser heróis próprios e amealhadores de fortuna e não de troféus locais. Provavelmente não garantindo a qualificação para Champions o Napóles poderá ficar refém das verbas realizadas em transferências, e koulibaly não irá sair por 100M outrora recusados, fabian ruiz mostra o espírito moderno e após 2 anos quer dar à sola, o mertens com 32 anos quer ir até à China, enfim, talvez atéMeret dará aquele frango na última jornada para facilitar um pouco mais as coisas aos companheiros.
Como alguns sportinguistas dizem e concordo #ZeroÍdolos, concordo, mas há uma parte de mim meio realizada: acompanhei o Del Piero e o Totti, o Buffon e o Maldini, o Di Natale nos resumos da semana, a super Lázio de 1999/2000. Como adepto também de futebol, fui muito feliz em Itália.
PS: Alguém que faça chegar ao Di Natale a novela Bruno Fernandes, tenho a certeza que ia ficar muito lisonjeado com o comportamento do afilhado. Ou o Maldini conseguirá dizer ao Rafael Leão quem foi o Lucarelli?
Mossadegh
Acima de tudo os jogadores andam a sair do nosso clube para clubes da treta, para depois darem o salto. Eles sabem, nós sabemos, toda a gente vê.
No final não fica quase nada para o Sporting….
Infelizmente parece que nada se faz para evitar esta destruicão, até porque o RA continua a adiar e quem mandou a peticão decidiu continuar a jogar o mesmo jogo em vez de tentar resolver as coisas no tribunal o mais depressa possivel.
bem vindo a este excelente espaço de leões com inteligência e de amor puro ao clube. LSL