RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Depois da AG da passada quinta-feira, cheguei a casa algo desorientado. À semelhança das anteriores, preparei-me o melhor possível para o murro no estômago que ia levar (e que estamos habituados a levar, diga-se, em situações idênticas), mas nem nos piores pesadelos sonharia ver um circo de horrores como aquele que presenciei.

Após ter estado presente na AG de Acionistas da Sporting SAD, em que Frederico Varandas não só teve de ser advertido por Bernardo Ayala (presidente da MAG da SAD), como foi abordado por muitos acionistas descontentes com perguntas pertinentes sobre o futuro da Sociedade, respondendo de forma patética a todas elas enquanto degustava (de boca bem aberta, ao contrário das mais elementares regras de decência) um belo pitéu – amendoins, dizem -, veio agora a saga dos beijinhos e do acicate com palavras de ódio a todos aqueles que continuam convictos de que o próprio não tem condições para exercer o seu cargo.

É duro gerir isto tudo. É duro perceber que não somos bem-vindos à Instituição que tantas vezes carregámos ao peito, é duro entender que o Sporting continua guiado para o abismo e que somos nós, sócios (com a devida distância, da minha parte), que continuamos a cometer os mesmos erros e a permitir que uma direção com cheiro pidesco continue com a sua agenda e gestão danosas a ridicularizar o nome do Sporting Clube de Portugal.

Mas embora uma parte de mim me diga para parar porque me desgasto, porque sei que o Sporting deixou há muito de ser aquele escape emocional, aquele local familiar que no passado foi, continuo convicto que a brigada do #Unir o Sporting só se combate com militância.

Não podemos deixar que eles vençam, não podemos sequer pensar que eles, de uma forma ou de outra, já venceram. Não é tarde de mais. Não é tarde de mais para aparecerem novas soluções, sangue novo neste Clube de Viscondes e notáveis, não é tarde de mais se permitirmos que novas ideias surjam e prosperem.

Não podemos projetar um futuro risonho para o nosso Clube se não formos nós próprios a abrir horizontes. Estarmos constantemente agarrados ao passado magoa-nos a nós próprios e impede que o Sporting efetivamente avance e possa ambicionar ser bem mais do que aquilo que se tornou. À semelhança de 2011, até porque não estamos assim tão diferentes, o Sporting precisa de sangue novo. E esse sangue novo está dependente de nós para singrar: seja na pessoa a ou no projeto b, todos merecem uma primeira oportunidade se nunca a tiveram no passado.

Porque não se esqueçam: seja esta direção a grande culpada pela atual conjuntura em que nos encontramos, estamos a dar-lhes trunfos ao insistirmos em soluções inviáveis e estatutariamente impossíveis. A culpa começa também a ser nossa.

Não é a hostilizar todos aqueles que, de uma forma ou de outra, procuram responder aos problemas atuais do Sporting que vamos chegar a bom porto, bem pelo contrário. Estamos a contribuir para morte “anunciada” que tanto gostam de difundir. E cada erro cometido custa cada vez mais caro.

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Comments

  1. GreenMarquis

    “soluções inviáveis e estatutariamente impossíveis” o que significa isso?
    Os Estatutos podem ser sempre alterados, desde que os sócios assim o decidam.

    Inviável é o que temos agora.

  2. Sir Ilho

    Os culpados somos nós desde o momento em que permitimos a destituição. Agora? Apoiar quem activamente faz frente a esta direcção. Gostei da entrevista da Soraya de Amorim.
    arenadesportiva pt/2019/05/14/entrevista-a-soraya-gale-bruno-de-carvalho-era-o-tratamento-mas-ha-quem-prefira-continuar-doente/