RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Sexta-feira, Abril 26, 2024

Três Tarjas à Beira da Estrada

Ponto prévio: boa vitória em Portimão. Um adversário notoriamente desfalcado, um jogo demasiado dividido para uma equipa com o estatuto da nossa, mas viu-se finalmente futebol de qualidade, à semelhança dos primeiros 20 minutos da jornada anterior. Assim continuemos, de 3 pontos em 3 pontos, até ao caneco final!

Passado o mais importante, vamos directos ao tema quente da semana: as (polémicas) tarjas.

Recuemos, primeiro, a Dezembro de 2015: seguíamos num justo segundo lugar, com -1 ponto que o Porto e +3 que o Benfica, vínhamos de uma derrota contra a União da Madeira, e eis que surge um gigante outdoor, plantado na Segunda Circular, de contestação (barata e caluniosa) ao presidente Bruno de Carvalho.

A época começara num clima fervoroso, com a mudança de Jorge Jesus da Luz para Alvalade, e os pupilos do mister surpreendiam com um futebol atractivo e quase sempre produtivo.

O cartaz dizia o seguinte:

Quase 4 anos mais tarde, surgem agora várias tarjas pelo sul do país a pedir a demissão de Frederico Varandas:

Vamos a factos:

Em 2015, o Sporting ainda se reerguia de uma situação financeira deplorável e a gestão de activos promovida pela equipa de Bruno de Carvalho fora absolutamente fundamental. O que agora se passa é exactamente o contrário: Nani, Montero, Salin, Bruno César, Conté, Gauld, todos a saírem a custo zero, com a adição de vendas absolutamente ridículas de Bas Dost, Marcelo, Iuri Medeiros, e empréstimos absurdos de Matheus Pereira, Francisco Geraldes e Gelson Dala.

Volto a recordar-vos também que contraímos um empréstimo ao fundo Apollo (envolvido em polémica de paraísos fiscais, representado judicialmente por esse pináculo da integridade chamado Rogério Alves) que nos custou 75M (65M + juros), empréstimo esse que terá consequências nefastas se não for cumprido – a maioria da SAD poderá estar em perigo e a gestão desta direcção dá-nos tudo menos garantias de credibilidade e sustentabilidade.

Se isso não bastasse, temos ainda a desunião promovida igualmente por esta direcção em várias situações (Assembleias Gerais, visitas ao estádio e academia para uma franja diminuta dos sócios, bloqueios a adeptos/sócios nas redes sociais por mostrarem descontentamento).

Depois de tanto argumento, cabe-me então concluir que é de um tremendo mau carácter comparar ambos os episódios. Se, há quatro anos, o Sporting tinha já vencido a Supertaça, estava perto da liderança do campeonato e apurado para a fase seguinte da Liga Europa, neste início de época, o Sporting não venceu um único jogo da pré-época (mais um recorde!), já passou por uma das maiores humilhações de que há memória (contra o rival Benfica), escorregando novamente na primeira jornada do campeonato – e vamos apenas em Agosto.

Uma tarja, executada e colocada por adeptos a pedir a demissão do presidente, não pode, em momento algum, ser comparada com um outdoor cheio de mentiras, pago (a peso de ouro!) pelo mesmo conjunto de “notáveis” que ajudou a cozinhar a maior injustiça de que há memória no futebol português (data de 23 de Junho de 2018, para os mais desatentos), com o único propósito de desestabilizar o Clube num momento fulcral da então época desportiva.

Porque, afinal, o que eles queriam era abater o homem que fez frente ao sistema. O que nós queremos agora é a queda de um presidente que nos prometeu união, que nos prometeu lutar contra o “polvo”, mas que tudo o que conseguiu foi devolver-nos a típica amorfia verde e branca e que, semana após semana, vem a destruir o trabalho hercúleo da direcção anterior.

Artigos relacionados

Comments

  1. Chairman Meow

    Lá está o avençado do Bruno a justificar o injustificável. Incrível, estes Brunistas, que usam factos para criticar a croquetteria (com dupla consoante!)

    /sarcasmo

  2. Gomerra

    Acima de tudo temos de ver que tudo à volta do fivelas está envolto em polémica.
    Desde a sua demissão em maio para lancar a candidatura (e vamos recordar que nessa altura nem sequer existia uma AG marcada para destituir, quanto mais eleicões).
    Passando pela barbie anunciar aos amigos que o fivelas seria presidente várias semanas antes.
    Até o xintra ter andado a falar todos os dias com o fivelas para garantir que ele concordava com as medidas que ele andava a tomar.

    Basicamente, as eleicões foram tudo menos eleicões, porque um candidato estava à partida como ganhador.

    1. Paulo Vieira

      Por detrás de tudo isto à sempre uma pessoa que, sem se expor em demasia, (deixa o trabalho sujo para os outros), vai puxando os cordelinhos aos fantoches que escolheu para a Direcção, falo obviamente de Rogério Alves aquele que já foi PMAG de Soares Franco, na altura em que todo o património imobiliário do Sporting foi vendido, só ficou o estádio, já foi PMAG durante a presidência catastrófica de José Eduardo Bettencourt e só não foi PMAG de Godinho Lopes, quando estivemos à beira de fechar as portas, porque não houve tempo de fazer um churrasquinho com os votos para a Assembleia Geral como fizeram com os da Direcção.
      Enquanto esta figura não for desmascarada e afastada do Sporting, o Clube estará na eminência de perder a SAD dentro de muito pouco tempo.