RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Sábado, Abril 20, 2024

Núcleo, segunda casa

O Sporting é de Portugal (e do Mundo).

Lutamos diariamente para que nos reconheçam no estrangeiro como tal (nota para a #NotSportingLisbon, campanha nas redes sociais para sensibilização de todos os que erradamente conotavam o Sporting apenas com Lisboa).

E uma das chaves para isso são os Núcleos.

Com a azáfama toda que vem do fim da época 2017/2018, o meu Sportinguismo sofreu profundas alterações na sua forma de estar e ser.

Perdi umas coisas, ganhei outras, sendo que uma delas é das que mais prazer me dá assumir – tornei-me colaborador do Núcleo do Sporting Clube de Portugal do Cacém.

A história é longa e remete-nos para o período de campanha eleitoral para as eleições de Setembro de 2018.

O Presidente do Núcleo, de quem tenho todo o prazer de ser amigo, ignorou e rejeitou liminarmente as ameaças que vinham directamente da direcção vigente no Sporting (a Comissão de Gestão) e aceitou receber nas suas instalações a candidatura (posteriormente rejeitada) dos Leais ao Sporting, presidida por Bruno de Carvalho.

O momento era altamente conturbado e a coragem demonstrada pelo Vítor Pendão proporcionou que crescesse em mim um certo carinho pelas gentes sportinguistas do Cacém.

Entretanto, passei a frequentar o Núcleo em awaydays, juntamente com a minha família e amigos, e reparei numa dinâmica que me passava completamente despercebida: os Núcleos transformam-se em autênticos mini-Alvalade em dias de jogo.

O ambiente vivido, os ahhh!, os quase!, os golooo! gritados em uníssono por uma extensa família leonina que não olha a idades originam uma onda de Sportinguismo que arrepia e faz querer voltar e repetir todas as semanas.

Mas os Núcleos têm os seus problemas. Numa boa parte dos casos, torna-se complicado sustentar uma Casa que tem o seu pico de rendimento apenas uma vez por semana. Há contas para pagar – há água, há electricidade, há rendas, há um número considerável de despesas que se tornam difíceis de amparar quando, em 6 dos 7 dias da semana, um Núcleo não é mais do que um café.

E é aqui que a direcção do Sporting deveria ter um papel fundamental.

É urgente dinamizar os Núcleos, é urgente levar atletas, treinadores, figuras míticas do Clube a todos os cantos do país para que os sportinguistas se sintam valorizados, para que sintam que também contam.

É premente organizar mais ‘jogos dos núcleos’, é importante projectar viagens de ida e volta a preços reduzidos para sócios de Núcleos em #DiaDeSporting.

A vitalidade do Sporting também passa por aqui: não há maior prazer do que viajar por esse Portugal fora e descobrir Leões e Leoas em cada aldeia, terra, vila ou cidade, prontos(as) para gritar bem alto e de peito cheio pelo nosso Clube.

Se queremos que o Sporting não seja de Lisboa, está na altura de trabalharmos para isso. Porque, como outrora alguém afirmou e muito bem, “uma das grandes vantagens do Sporting é que se chama Sporting Clube de Portugal. Nós representamos Portugal, os outros representam províncias ou bairros”.

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