RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Quarta-feira, Abril 24, 2024

O coreano

Muito se tem dito, difamado e mentido. Os factos pouco ou nada importam, há sempre maneira de lhes dar a volta e, por inveja ou por capricho pessoal, há sempre maneira de ser intelectualmente desonesto.


Bruno de Carvalho deu uma chapada de luva a branca a muita gente, na medida em que não precisou de amizades, nem de interesses, nem de uma rica formação de jetset para ser um gestor de sucesso.

Fez o que os ilustres nunca tinham feito, herda um clube à beira da falência e ainda consegue tirar lucro, coisa única nos últimos 20 anos.

O Sporting será sempre isto, terá sempre os ditos croquetes, ou lampiões verdes, que se preocupam mais com as aparências, com as imagens do que com as conquistas. São o tipo de pessoas vendidas ao sistema que se servem do clube, são a gente de bem que anda a ameaçar quem quer tirar o seu ganha pão.

É impossível alguém não conseguir ver a obra de Bruno de Carvalho, a não ser que seja conveniente. Por muito que se apele para esta gente sair do clube, será sempre em vão, destroem tudo o que vêem à frente.

Podíamos formar o nosso clube? Talvez e o que iria garantir que estes não viriam atrás depois de arruinaram de vez o Sporting?

Quando existia o Campo Grande Football Club, havia uma semelhança enorme para o actual clube, os ditos lampiões verdes queriam festas de salão e tachos, até que um grupo de dissidentes bate com a mão na mesa e decide formar o seu próprio clube, o Sporting, pois preocupavam-se mais com a glória desportiva do que com as festas de jetset. Escusado será dizer o que aconteceu ao Campo Grande.

O que se observa hoje em dia é a mesma história, afinal de contas a história está condenada a repetir-se.

Voltando ao essencial. Porquê o nome deste artigo, “o coreano”.

Em Fevereiro de 2018 houve uma declaração bastante polémica de boicote aos órgãos de comunicação social, por parte do, na altura, presidente do clube. Pudera! Toda a gente sabe como eles funcionam e deturpam a informação.

Bruno de Carvalho, se bem se lembram, pôs o lugar à disposição nessa assembleia geral, onde 89% votou a favor da sua continuidade. Quem não se recorda do espaço independente para a oposição na Sporting TV, nomeadamente a Pedro Madeira Rodrigues? Houve algum silenciamento, alguma ditadura? Não.

Houve uma acusação sem precedentes a Bruno de Carvalho e exigia-se que se demitisse, ao que este respondeu que o faria depois de concluir a reestruturação.

Bruno de Carvalho foi o único a preocupar-se com o Sporting. O resto, bem, o resto viu uma oportunidade de chegar ao pote de ouro.

As culpas estão apontadas a Bruno de Carvalho por ter permitido as rescisões. No entanto pergunto-vos, quem é que exigiu que Bruno de Carvalho se demitisse? Quem é que começou a apontar dedos quando se precisava de união? Quem é que abandonou os seus deveres profissionais para se candidatar a eleições que ainda não existiam?

A meu ver, os responsáveis pelas rescisões foram todos os que contribuíram para a desunião do clube, todos os que aproveitaram um momento frágil para se alavancarem para o poder.

Tivesse o coreano sido um ditador e pensado em si, talvez ainda lá estivesse. Só um verdadeiro coreano sabe-se alapar ao clube e nisso Bruno de Carvalho falhou redondamente.

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Comments

  1. Foi apenas o melhor Presidente da história do clube…. tudo o resto são tretas.

  2. HULK VERDE

    Na minha vida conheci muitas espécies de pessoas, umas que foram minhas vizinhas toda a vida mas “não o conheço” (imaginem que espécie de vizinhança é essa, quase com 40 anos) e outros que só me vêem quando calha mas são sempre afáveis e simpáticas, mesmo que nos conheçamos de vista e ocasionalmente. Escusado será dizer que o mau exemplo são as putas finas de Lisboa, e o bom a malta Algarvia.
    Puta que as pariu, as “eu não o conheço”, quando viveram no mesmo prédio durante 40 anos, tanto ou mais tempo do que eu.
    É só para terem noção do que é resistir. Só um pequeno pormenor que distingue os Homens das “gentes de bem”.

    1. HULK VERDE

      Não só não “me conhecia” vivendo no mesmo prédio quase 40 anos, como ainda batia com a porta do prédio e as janelas de casa quando passava por mim ou eu estava à minha janela (tenho esse direito, não?).
      Era tudo dela, eu era só mais um e a menina mãe de filho separada era tudo dela, assim que despachou o pai do filho para poder estar mais à vontade: “gente fina e de bem”. Eu nem à janela podia ir fumar, era tudo da menina.

      1. HULK VERDE

        Para concluir o meu devaneio sobre o mais reles da natureza humana, quero acrescentar que no Algarve também há cabras com a mania que são finas, assim como em Lisboa há mulheres decentes.
        Cada vez são mais assim porque esta estranha forma de vida cada vez está mais entranhada. Vivemos num mundo de cínicos sem quaisquer valores, que só olham ao seu umbigo, pessoas vaidosas e egocêntricas, o culto da aparência e o descuido com a essência, onde quem não o é é tratado como cidadão de segunda ou terceira categoria, sem os mesmos direitos, e banido dos mínimos comportamentos sociais. Se não forem vistos nos rooftops e não tiverem determinada imagem, são pessoas sem interesse algum, aos olhos dessa beautiful people, dessa gente fina, que muitas vezes tem a mentalidade e cultura de um emplastro, ou nem isso.
        Outros exemplos negativos teria e não só de Lisboa, mas esse bateu recordes.

  3. Paulo Vieira

    Eu na minha santa ignorância pensava que o termo “lampiões” se devia à localização geográfica do estádio do SLB. Nada mais errado, nada teve a ver com a proximidade à Paróquia da Luz, mera coincidência, aliás, o termo é usado muito antes da construção do estádio e tem a sua origem do outro lado do Atlântico, onde, nos anos vinte e trinta do século passado, Virgulino Ferreira da Silva, conhecido pela alcunha de Lampião, junto com o seu bando de cangaceiros, roubava e pilhava uma vasta região do nordeste brasileiro. Ora, como já nessa altura as práticas utilizadas pelos nossos rivais de Carnide estavam longe de ser as mais aconselhaveis, alguém se lembrou de compará-los com o bando do Lampião, o Rei do Cangaço.
    Esta introdução para dizer que o termo “lampiões verdes”, assenta que nem uma luva e é sem dúvida a melhor designação para esta corja que tomou de assalto o Sporting Clube de Portugal.
    Nunca concordei muito com o termo croquetes porque, efectivamente, a esmagadora maioria não o são, apesar de tentarem a todo o custo parece-lo.
    Perdoem-me a linguagem, mas todos sabemos que um cagalhão, mesmo que passado por ovo e pão ralado,não passa a ser um croquete, temos pena mas é um facto, e o que temos assistido, especialmente ao longo do último ano, é uma quantidade imensa de cagalhões oportunistas a mergulhar no ovo e a rebolar-se no pão ralado tentanto desesperadamente chegar ao apetecível pote que o coreano lá deixou.

  4. O melhor Presidente do Clube,na minha opinião,mas como temos os sócios mais burros, penso eu de que…!

  5. Manuel martins

    Se BdC é considerado coreano, digam-me lá como é que querem considerar RA!

  6. Chairman Meow

    O Coreano, como eles lhe gostam de chamar, era democrata. Os Democratas, que lá estão agora, são autênticos ditadores. Curioso, não é?

  7. Mofli10

    Excelente crónica, sem tirar nem por é a conclusão diz tudo, agora só têm de pensar, se conseguirem!

  8. Rei Leão

    Grande verdade. Infelizmente, pelo menos nos últimos cinquenta anos, o Sporting sempre teve os seus maiores inimigos dentro de portas, a maior parte desses anos com eles no poder. Curiosamente ou não foi nos breves períodos em que o poder não esteve entregue a esse círculo de interesses que o clube se encontrou mais mobilizado.