Os traidores são colhidos na sua própria cobiça
Creio que a minha primeira memória “a sério” do nosso Sporting foi em 1998/99, no célebre “luto” decretado ao futebol Português.
Recordo-me, como se fosse ontem, de uma vitória que levou o meu avô a dizer “devíamos fazer luto em todos os jogos”.
Infelizmente já se passaram mais de 20 anos desde essa efeméride e para meu desagrado, tudo continua na mesma, ou pior. Muito poucos faziam ideia que o inimigo não era só externo, mas também interno.
Já nessa altura estava instalada uma linhagem no Sporting, linhagem essa que, tal como um parasita, se apoderava e expandia por entre todas as estruturas internas do clube, sugando a vida a uma potência desportiva que ameaçava tornar-se uma ténue memória.

Chega 2011 e para espanto de muitos, um “maluco” tenta tirar o clube da sombra de onde se encontrava desde 1995, devolvendo-o aos seus verdadeiros donos, os sócios.
A escassos centímetros de uma falência anunciada, vários foram os que avisaram que, se calhar, seria preciso romper com uma casta de duplas consoantes que teimavam em não largar o moribundo.
Infelizmente, seja por azar ou por churrascada, o “maluco” foi descartado. No entanto, para nossa sorte, a história não terminou aí.
O calendário marcava “23 de Março, 2013” quando uma das eleições mais importantes da família Sportinguista tomou lugar.
De um lado encontrava-se mais um braço armado do grupo de salgadinhos, do outro tínhamos, de novo, um “maluco”, um maluco inocente que queria fazer do Sporting um “Clube tão grande como os maiores da Europa”.
Felizmente, os sócios decidiram em quebrar a continuidade e em estabelecer um novo rumo.
Foram cinco anos de ataques constantes, sem precedentes, com a uma oposição desejosa de reconquistar o que perdeu e aliada a uma comunicação social sedenta de sangue.
Foram cinco anos de defesa constante, defesa de um clube que se encontrava a breves instantes de definhar, defesa de um nome que era motivo de chacota nos círculos desportivos nacionais. Mas houve um grande custo para a pessoa que tornou isso possível.

23 de Junho de 2018 é uma data que, como Sportinguista, nunca esquecerei.
Todas as forças que se aglutinaram durante cinco anos atacaram de uma só vez e, numa demonstração de poder, forçaram a pessoa que nos voltou a colocar no radar a abandonar o Clube.
Entre sacos de papel a abandonar a assembleia e relatos de sócios a documentar todas as potenciais ilegalidades cometidas durante a Assembleia Geral Extraordinária, um voto colectivo de “71%” ditou os destinos do clube.
Desde então temos assistido a um voltar ao passado pestilento que nos ameaçou a existência até 2013.
Foi-se o poder negocial, foi-se a demonstração de força, voltando os negócios vagos e o glamour falsificado de um leão que veste de amarelo.
Admito que um pouco da minha paixão morreu nesse dia e tem vindo a definhar desde então.
Chamem-me Brunista, chamem-me Carneiro, mas entendam, eu não sou nenhum desses. Eu sou um Sportinguista que, em todos os meus anos de vida, cheirou um pouco do que nos caracteriza, da garra de leão, da luta contra os interesses, da pujança desportiva, do Rugido que deveria ser sempre o nosso cartão de visita.

Anseio, não pelo Bruno, mas por um Bruno que nos volte a colocar nos holofotes do desporto, que nos devolva o Leão que foi, de novo, domado por interesses obscuros. Espero que os meus caros consócios não acordem tarde de mais.
Mas a verdade é uma só, “Os traidores são colhidos na sua própria cobiça.”



coitado do bruno deve de andar tão triste e zangado com isto tudo. apoio a 100 por cento este post. fora com os croquetes que só querem saber do dinheiro. por causa disso nenhum presidente do clube deveria de receber ordenado. deixavam logo de querer ser presidentes. são ladrões.
Um Bruno, ou as ideias , vao aparecer concerteza, a questao é….vamos a tempo?
Excelente artigo. Também anseio por um Bruno, tenho porém a convicção que dificilmente aparecerá algum que se equipare ao original. Estamos juntos nessa luta.
Muito bom artigo, apenas fazia uma mudança, nao os considero parasitas, sao mais como um virus. O parasita quer que o hospedeiro viva, mais ou menos saudavel, para poder continuar a utliza-lo. Já o virus so tem um proposito, usar todos os recursos do hospedeiro, multiplicar-se até que no fim, o hospedeiro morre.
Infelizmente é esse o caminho do Sporting, a nao ser que os sócios…. oh! esqueçam!
Eles irão cair sozinhos, está na natureza do croquette despedaçar tudo e depois sair. Mas agora pode ser tarde de mais.