PRR – Publicação de Rescaldo e de Retoma
Estamos na ressaca das eleições autárquicas e da 2ª derrota em dois jogos na Champions League.
Se no ato eleitoral ainda houve algumas surpresas, incluindo Moedas em Lisboa, já na Champions apenas surpreendeu a nossa falta de estofo em competições europeias, havendo uma diferença brutal entre os jogos que vimos contra Real Madrid, Barcelona ou Juventus há não muitas épocas atrás… E não se trouxeram ainda moedas para Lisboa.
Mas o plantel é incrivelmente inexperiente neste tipo de jogos e, acreditemos, só terá espaço para evoluir e melhorar.
No momento em que escrevo este texto ainda estamos a digerir a derrota por 1-0 no Signal Iduna Park em Dortmund com um tiquinho a amargo. Demos uma réplica muito melhor que no jogo contra o Ajax mas fiquei com a ideia que o Sporting continua uma equipa cujas pernas tremem facilmente neste tipo de ambiente competitivo – no que ao futebol de 11 diz respeito.
Mais uma vez temos oportunidades suficientes para fazer um pouquinho mais e melhor e falhamos; o mal não é de agora diga-se. E nem neste jogo em que o VAR esteve a “auxiliar-nos”, e a evitar golos ilegais nas nossas redes, conseguimos dar um contra-golpe kármico que nos levasse a amealhar alguns euritos para fazer face aos valores negativos cuja distinta direção vai acumulando nos resultados financeiros.
Teremos agora pela frente o Besiktas, clube com o qual já fomos felizes também não há tanto tempo assim, mas eu só me lembro dos primos turcos do Basaksehir e da lição que nos inflingiram mais recentemente. Espero que as tropas de Ruben Amorim façam boa figura e consigam amealhar pontos, dinheiro e prestígio para o Sporting Clube de Portugal já nas próximas jornadas europeias.
No campeonato, muito sinceramente, não tenho esperanças nenhumas. O plantel acaba por ser curto para colmatar semanas de muito maior intensidade que as da época passada, além de que as missas têm estado a ser tão bem celebradas neste início de campeonato que já nem dá para disfarçar qual é a vontade de quem bufa num apito como modo de vida.
Resta ao treinador que perdeu a inocência no futebol a ver como funcionavam as coisas nos bastidores
enquanto jogador trabalhar e galvanizar os seus comandados da melhor maneira possível.
Estamos também a aproximar-nos de mais um momento importantíssimo para a vida do clube, agora que já há data para a assembleia-geral graças ao mui nobre e estimado tudólogo que não foi acometido por nenhum esquecimento de última hora, embora as suas conveniências dêem sempre um ar da sua graça.
A minha curiosidade está aguçada para esse evento, interessadíssimo que estou em saber qual será a decisão dos sócios em relação ao orçamento apresentado, nunca esquecendo toda a aura de “marimbanço” nos estatutos que vai colorindo as AGs leoninas já desde há uns anos.
Espero sinceramente que os caros consócios tomem a decisão correcta, a que visa a preservação e subsistência do Sporting Clube de Portugal. Votem em consciência e com a consciência de que não aprovaram o orçamento da época passada, de que não foram ouvidos nem lhes foi dada explicação alguma quanto a essa aberração estatutária e que os resultados financeiros são desastrosos para um clube que foi campeão com tanta pompa e circunstância há pouquíssimos meses.
E o sacana do Sol que já não tem iluminado a relva como deve ser?!