RUGIDO VERDE

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Quinta-feira, Março 28, 2024

O Estado da União e a União do Estad(i)o

Nos últimos tempos, muito se tem falado no Sporting de união. Ouve-se em todo o lado que isto só lá vai com união e os sócios e adeptos todos unidos na busca de um objectivo e de um Sporting melhor e mais pujante.

Pois é, palavras bonitas. Mas que são só isso mesmo, palavras. Pífias. La Palisse não conseguiria fazer melhor.

O problema é que a união (tal como a confiança) não é uma coisa que se peça. É uma coisa que se faz por merecer, que se conquista com muito trabalho, empenho, estratégia, capacidade e mérito. E nada disso foi feito ou visto até agora.

A massa crítica leonina estaria unida, se se vissem resultados, um rumo, uma estratégia, um vislumbre de caminharmos para algum lado. Mas nada. Só publicidade bacoca e propaganda barata, antes só vista no clube da frente.

Andemos um ano para trás. Enquanto esta direcção se submetia a votos sob o lema hipócrita de “unir o Sporting”, os seus actos e as suas acções preconizavam precisamente o contrário das suas palavras.

Desde a purga e a caça às bruxas de tudo e todos os que estavam com a antiga direcção, passando pela “escola Estalinista” de apagar e editar imagens da Sporting TV onde aparecia o ex-Presidente e finalizando no acto muito próprio dos incompetentes, de acolher os louros e as vitórias e culpar a anterior direcção pelos fracassos e pelas derrotas (a já famosa herança pesada), tudo foi feito.

Pode-se também referir a parte que em campanha, muito em comum com os políticos, Varandas disse que com ele ninguém seria expulso e depois fez precisamente o contrário. Tudo isto obviamente contribui para a união.

Quanto à contestação nas claques e ao que se passa no estádio (a tal “meia dúzia” que a CS amiga tanto gosta de falar), é mais uma prova dessa não união. Tenta-se diabolizar as claques, tanto pelos acontecimentos de Alcochete como pela ligação à anterior direcção, mas isso só em teoria, porque na prática continua a ter preços e gameboxes mais baratas.

Depois tenta-se abafar os assobios e apupos para com estes resultados catastróficos, aumentando a música do estádio e pedindo aos amigos da CS para continuarem a dizer que são os mesmos de sempre. A tal “meia dúzia”.

Hostiliza-se jogadores e atletas por elogiarem a anterior direcção, vende-se jogadores abaixo do preço de mercado e manda-se outros embora a custo zero para baixar a folha salarial. Depois de tudo isto, os custos baixaram de uma forma residual. Mas o que é preciso é união.

Troca-se e paga-se a treinadores como no tempo de Godinho Lopes, hostiliza-se núcleos que não estão e não fazem parte do “Status Quo”, mas o que é preciso é união.

A equipa de futebol joga mal e os resultados são os piores em muitos anos, mas o que é preciso é união.

Na Sporting TV é só elogios baratos e propagandísticos, o jornal do Sporting omite os resultados negativos como se as pessoas não soubessem que eles acontecerem, mas o que é preciso é união.

As TVs passam em loop confrontos entre claques (que sempre aconteceram ou umas não fossem dissidências das outras). Um miúdo, com o irmão ao lado, é agredido por não estar contente com os resultados da equipa e o futebol praticado, mas o que é preciso é união.

Ganham-se dois jogos seguidos (2!), ao último classificado da liga (Aves), com um penalty a 5 minutos do fim e ao Lask Linz (quem?), depois de levar um banho de bola, mas caramba apoiem, porque o que é preciso é união.

Acabo como comecei. Perante tudo isto o lema “unir o Sporting” é unicamente palavras da boca para fora, porque o que se vê é precisamente o contrário.

Por isso, fazendo um pouco de futurologia e socorrendo-me do antigo ditado “quem com ferros mata com ferros morre”, eu diria que, até ao final deste ano, esta direcção vai ter a união que tanto pediu (e neste caso fez por merecer), mas no sentido inverso ao que queria.

Os sócios e adeptos estão cada vez mais unidos, mas é contra esta direcção. Isso acontece porque são mentirosos, hipócritas, incompetentes e, acima de tudo, por acharem que tudo se consegue com publicidade e propaganda. Aprenderam noutro clube muito próximo, mas felizmente (infelizmente para eles), os sócios do Sporting não são iguais aos desse clube.

Acharam que com o tempo tudo conseguiam. Enganaram-se. Vai-lhes sair ao contrário. E muito em breve.

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Comments

  1. Leão Comuna

    Eu estou unido… Em mandar um pontapé no cu destes golpistas que julgam que todos comem gelados com a testa e perante dificuldades viram as costas à luta. Enganaram-se…
    Existe um tipo de sportinguista com “s” pequeno que anda aí por andar, que não se quer chatear, é manipulável pela CS e pelo benfiquistão.
    Do outro lado Sportinguistas de barba rija, que querem um Sporting campeão, custe o que custar, sem roubos, mas com muita luta sempre até ao final, sem ajoelhar…

    Leão Africano, muito bom.

  2. Rei Leão

    Felizmente ainda há muita gente que não tem memória curta. Há muita gente que não vai em slogans e propaganda mediática encomendada. Há muita gente que sabe quem são e como chegaram onde estão e com que propósito. Entre este grupo de sportinguistas e esta seita que se apoderou do clube nunca será possível a união. Vocês não respeitam os sócios e nem a democracia. A cada assembleia ou acto público em que participam isso cada vez mais se torna uma evidência. Portanto não esperem união, pelo menos da minha parte, não faço pactos com o diabo.
    Parabéns pelo texto caro Leão Africano.