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Terça-feira, Outubro 15, 2024

De volta às vitórias, mas com muito trabalho pela frente

Crónica do jogo Sporting 2-1 Braga


Depois do início de época, com resultados muito abaixo das expectativas para um clube como o Sporting, a partida com o Sporting de Braga, um adversário exigente, surgia como o desafio ideal para dar uma forte resposta.

Marcel Keizer apostou num sistema de 4-3-3, com Doumbia a voltar ao “onze” como médio mais recuado e Diaby a jogar em detrimento de Borja, recuando Acuña para lateral.

O Sporting entrou a todo o “gás” como se diz na gíria futebolística. Uma série de iniciativas e oportunidades deram origem ao golo à passagem dos 15 minutos. Numa jogada de insistência, Luiz Phellype faz uma grande assistência de calcanhar para o golo de Wendel. Este golo do Sporting teve o condão de “acordar” a equipa do Braga.

A partir dos 25 minutos, o Sporting baixou as linhas e teve imensas dificuldades em parar o ataque da equipa minhota. O primeiro aviso foi dado aos 29 minutos, numa bola parada com um cabeceamento enrolado de Pablo a resultar numa intervenção de Renan.

Dez minutos depois, o mesmo interveniente a salvar o golo. Após um lançamento de linha lateral, a defesa do Sporting não consegue cortar a bola, sobrando para Hassan que finaliza para uma espetacular defesa de Renan Ribeiro.

Contra todas as expectativas, a acabar a primeira parte, uma perda de bola infantil de Claudemir a meio campo, deu a possibilidade a Bruno Fernandes de fazer o 2-0, após uma grande jogada onde tira Bruno Viana do caminho e em frente a Matheus não perdoa.

A segunda parte prometia um Braga ainda mais atrevido face ao resultado desfavorável. No entanto, o equilíbrio foi a nota dominante nos primeiros minutos. À medida que o tempo ia passando começou a notar-se algum desgaste físico da equipa do Sporting, permitindo ao adversário começar a colecionar oportunidades.

Aos 62 minutos, Ricardo Horta aparece sozinho ao segundo poste a rematar com grande perigo ao lado e aos 72 minutos surge o golo do Braga. Após uma boa jogada de Ricardo Horta com remate ao poste, na recarga Wilson Eduardo volta a fazer o gosto ao pé em Alvalade. Estava relançado o jogo nos últimos 15 minutos.

Pressentindo esse último “forcing”, Keizer optou por mexer e voltar ao sistema de 3 centrais, com a entrada de Neto saindo Diaby. Os últimos minutos foram passados perto da baliza do Sporting, mas o resultado manteve-se com uma vitória suada e tangencial, mas muito importante para as aspirações leoninas.

Análise Individual:

Renan Ribeiro (Nota 8) – Esteve em grande plano na primeira parte, sendo um dos responsáveis pela vitória. A enorme defesa aos 40 minutos, a uma finalização de Hassan, foi fundamental para segurar a vantagem.

Acuña (Nota 6) – Jogo competente a nível defensivo, mas pouco interventivo no ataque. A exceção foi quanto serviu Coates para um grande cabeceamento ainda na primeira parte.

Mathieu (Nota 7) – De regresso às boas exibições, a fazer diversos cortes que podiam ter criado perigo na área do Sporting.

Coates (Nota 5) – Jogo com algum trabalho. Esteve ligado ao golo do Braga após um corte defeituoso que permitiu a Ricardo Horta rematar ao poste e na recarga Wilson marcar.

Thierry Correia (Nota 5) – Depois do jogo menos conseguido na Madeira, esteve focado quase exclusivamente nas tarefas defensivas. Também ficou ligado ao golo do Braga, quando no início da jogada é ultrapassado em velocidade por Ricardo Horta.

Doumbia (Nota 5) – Fisicamente é bom, mas muitas vezes parece andar perdido em campo. Hoje também não foi útil a ligar o jogo da equipa.

Wendel (Nota 8) – Foi novamente um dos melhores do Sporting. Ajudou a ligar o jogo, ajudou nas tarefas defensivas, chegou algumas vezes à área e numa delas marcou um golo a passe de Luiz Phellype.

Bruno Fernandes (Nota 8) – O que mais se pode dizer de um jogador desta qualidade? Mesmo quando parece estar menos bem dá o exemplo e resolve, como foi o caso do segundo golo da equipa.

Diaby (Nota 4) – Uma aposta em falso de Keizer. Tem velocidade, mas falhou imensos passes e cruzamentos. Uma peça a menos.

Raphinha (Nota 5) – Jogo apagado de Raphinha. Participou muito pouco no jogo ofensivo e raramente ajudou nas tarefas defensivas da equipa.

Luiz Phellype (Nota 6) – Jogo esforçado do avançado brasileiro. Parece faltar alguma “explosão” nos momentos de finalização o que poderá indiciar falta de confiança. O seu grande momento no jogo é o excelente passe de calcanhar para o golo de Wendel.

Neto (Nota 5) – Entrou a 15 minutos do final, já depois do golo do Braga. Ajudou a equipa numa altura em que era preciso defender.

Vietto (Sem avaliação) – Entrou aos 85 minutos e foi útil para pressionar alto e ganhar algumas faltas.

Eduardo (Sem avaliação) – A última substituição aos 88 minutos. Registo de um remate fora da área muito por cima, mesmo ao cair do pano.

Marcel Keizer (Nota 6) – Depois de um empate na primeira jornada do campeonato, a tarefa de Keizer não se afigurava fácil. Conseguiu, no entanto, que a equipa do Sporting iniciasse o jogo muito pressionante e agressiva que culminou no golo aos 16 minutos. A partir daí deu o controlo do jogo do Braga, apostando de quando em vez no contra-ataque. O posicionamento defensivo do Sporting continua a preocupar, com imensas oportunidades criadas pelo adversário, quer em jogo corrido, quer em bola parada. Os índices físicos da equipa, numa altura de início de época, também não parecem estar os melhores. Tem muito a melhorar e para a semana tem já mais um jogo difícil em Portimão.

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Comments

  1. Rei Leão

    Uma boa análise sem dúvida. Não concordo apenas na avaliação do trabalho do Doumbia, mas isso são opiniões… Parabéns pela análise.