RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Quinta-feira, Abril 25, 2024

Os 6 magníficos

Antes de tudo é preciso enquadrar o porquê de haver tantos candidatos. Todos estes tinham a perfeita noção que o clube foi deixado em excelentes condições desportivas e financeiras, passando apenas por uma alienação da realidade, pelo que qualquer um poderia ser demagogo, não fazer nada e dizer que recuperou o clube.

Equipas desportivas competitivas, várias delas campeãs. Uma boa base para os títulos europeus que mais tarde viriam. Um acordo de 515 milhões quase todo por adiantar, uma reestruturação financeira no valor de 60 milhões e a possibilidade de recuperar 90% da SAD. Dito isto, façamos então uma análise aos candidatos.

Optámos por deixar de fora Dias Ferreira por ser uma cara já conhecida do universo leonino.

Tavares Pereira

Pouco se sabe sobre este candidato, no entanto, foi dos primeiros a dizer que teve dois autocarros de sportinguistas em casa dele em 2013 a pedirem-lhe para se candidatar. Curioso que só se ouve esta “estória” cinco anos depois. Pelo que se sabe, este candidato financiou a sua campanha com a sua fortuna.

Rui Rego

Sem nada relevante a apontar quanto a este candidato, foi mais um dos que apareceu para fazer número, não tendo apoios nem financiamento para sequer almejar a vitória presidencial.

Pedro Madeira Rodrigues

Mais uma triste figura que achava que o Sporting sobrevivia sozinho, como se de por magia se tratasse. Pelo que se sabe, financiou a sua campanha, no entanto, não se pode dizer que seja independente, visto que pertencia ao grupo Tertulia 2.0. Apoiante convicto da venda da maioria da SAD, pelo que mais tarde se reviu no procjeto de Ricciardi.

João Benedito

Antigo guarda redes de futsal do Sporting, João Benedito era um anti-Bruno de Carvalho primário. Era funcionário no tempo de Godinho Lopes junto da direcção financeira e foi dispensado por Bruno de Carvalho.

Houve um conflito entre Miguel Albuquerque e João Benedito, em que o primeiro não queria renovar o contrato ao antigo guarda-redes, não o querendo no balneário. A direcção apoiou Miguel Albuquerque. Sabe-se que a partir daí tentou minar o balneário e até se rebaixou ao ridículo, apoiando Pedro Madeira Rodrigues em 2017.

A candidatura dele consistiu num grupo restrito de amigos antigos que financiaram a campanha, tendo este rejeitado uma fusão de listas com Dias Ferreira no último dia de campanha.

Será esta a terceira via? Que põe zangas pessoais à frente do clube?

Frederico Varandas

Sempre foi conhecido pelo seu carácter dissimulado e manipulador. O irmão, João Pedro Varandas, vogal na direcção de Godinho Lopes, tem uma firma de advogados em conjunto com Rogério Alves. Frederico Varandas foi sempre confrontado por Bruno de Carvalho pelas suas ligações a estes elementos não sportinguistas, ao que o médico sempre dizia estar com Bruno de Carvalho.

Eis que ouvimos várias histórias de funcionários da altura de Bruno de Carvalho que diziam que este foi avisado várias vezes para não manter Frederico Varandas, uma delas é a seguinte:

“Gomes Pereira, na altura director do departamento médico do Sporting, estava nos Estados Unidos da América com Izmailov e deu instruções para esperarem por ele para validar os certificados de aptidão dos jogadores. Frederico Varandas assinou os termos para eles poderem ser inscritos. Gomes Pereira considera Frederico Varandas um desleal.”

De momento, ocorre uma purga a todos os afectos a Bruno de Carvalho do Sporting, havendo uma cisão interna enorme.

Bem, voltando ao tema em questão, a sua candidatura, como já anteriormente mencionado, foi patrocinada por Vítor Araújo, amigo pessoal de Jorge Jesus, tendo Frederico Varandas muita influência junto do treinador. Foi uma espécie de aliança contra Bruno de Carvalho, pois ambos não gostavam dele. No entanto, Frederico Varandas sabia que Jorge Jesus era mais fama que proveito e aproveitou-se da situação enquanto lhe foi favorável.

O palco estava montado para Rogério Alves que não quis avançar para presidente, de modo a salvaguardar a sua imagem, pelo que, através da ajuda do irmão de Frederico Varandas, o convenceu a candidatar-se.

Porquê a referência a Rogério Alves? Podemos também relembrar estas mensagens do grupo de invasão a Alcochete.

Aqui pode ser mera especulação, mas a verdade é esta: Rogério Alves é amigo pessoal de Luís Filipe Vieira. Rogério Alves foi o advogado de Jorge Jesus no processo imposto pelo Benfica, chegando até a haver um jantar com os três juntos.

Podemos afirmar que Rogério Alves sempre se deu com os interesses de Luís Filipe Vieira e que tendo o presidente do Benfica algo para atacar Bruno de Carvalho, Rogério Alves não hesitaria em usá-lo. A razão é devido à sua firma de advogados. Ele quer que seja cada vez mais relevante e para tal tem de ter boas relações com o círculo de influências de Luís Filipe Vieira, pois este tem muito peso na sociedade e no país.

José Maria Ricciardi

De notar que José Maria Ricciardi fazia parte do lobby que apoiava Frederico Varandas. Então o que mudou?

Havendo muitas bocas para alimentar, nem todos foram convidados por Frederico Varandas. Quem não foi, fez a cabeça a José Maria Ricciardi para se candidatar e este, na procura de protagonismo, foi atrás.

De relembrar, também, que foi quem mais acusou o Sporting de estar em risco de falência por Bruno de Carvalho ter deixado o clube em más condições. Em que se baseou? Ele próprio diz, no correio da manhã, que o ouviu pela Tânia Laranjo, uma grande profissional dessa casa. Ora vejam a partir de 1:40.

Quem era deste lobby?

Basta ver a quem Bruno de Carvalho apelidou de “sportingados”, os que assassinaram o seu carácter na televisão, gente que esteve ligada ao período Roquette-Godinho. Pessoas como Rogério Alves, Godinho Lopes, João Teives, entre outros.

Quem mais estava interessado no pote de ouro?

Os irmãos Rocha, filhos de João Rocha, que de momento não são bem vistos em nenhum “lado”, tentaram patrocinar uma candidatura de Tomás Froes, genro de Carlos Barbosa da Cruz.

Tomás Froes

Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente no tempo de Soares Franco, é o advogado principal da Cofina e sempre alimentou o sonho de estar nos órgãos sociais do clube com o genro a presidente.

Carlos Barbosa da Cruz

Fontes anónimas

Artigos relacionados

Comments

  1. Rei Leão

    É um grande texto que foca realmente questões bastante pertinentes. O clube estava tão mal que apareceram literalmente sete cães a um osso. Na altura em que Godinho deixou o clube nas ruas da amargura o melhor que conseguiram arranjar para não perderem por falta de comparência foi um sobrinho-neto duma lenda do Sporting que tão pouco merecia ver o seu nome ligado a tal gente. Eu sinto-me um pouco apreensivo em relação ao tempo que estes tipos vão demorar a largar o osso. É que se o Godinho durou pouco porque não havia dinheiro, desta vez eles encontraram os cofres cheios. A conjuntura joga a favor deles, nas instâncias desportivas o Sporting está onde mais convém, ou seja são três a gerar receitas para dois usufruírem. A comunicação social vai fazendo o seu trabalho de intoxicação mediática. A justiça não sei o que diga, ou melhor, direi como o outro papalvo “vocês sabem do que é que eu estou a falar”. E para o fim deixo aquilo que mais perplexidade me trás, os sócios e adeptos do Sporting, são um caso perdido de falta de exigência e falta de gratidão a juntar a uma postura letargica que por vezes se confunde com acefalia aguda.
    Peço desculpa pelo alongar do comentário.