RUGIDO VERDE

Julho de 2019, um Sporting Clube de Portugal navega abatido nas águas corruptas da Liga Portuguesa de Futebol.

Estamos perante uma das fases mais triste da centenária história do clube de Alvalade. Adeptos divididos, sócios a rasgarem os seus cartões, um clube que volta a preferir sustentar elites que reclamar o que é seu, o pódio de Portugal.

Mas porquê? Se ainda até há pouco tempo éramos o bastião da verdade desportiva, o clube que procurava defrontar e fazer tombar o sistema, por um futebol limpo, lutando com armas desiguais mas sempre dentro dos verdadeiros princípios pelos quais se rege o Sporting Clube de Portugal.

• Os Presentes envenenados do Passado.

24 de Março de 2013. Bruno de Carvalho era eleito Presidente do Sporting Clube de Portugal, adeptos, sócios e toda a nação Sportinguista rejubilava por um novo Sporting, livre da dinastia Roquette.

O Sporting era nosso outra vez e agora íamos todos lutar pelo reerguer do clube.

Mas… íamos mesmo todos lutar pelo mesmo? Depressa se percebeu que a limpeza ao Sporting tinha deixado alguns ratos escondidos nas suas tocas.

Afinal, como saber com quem contar num clube que alberga milhares de funcionários?

Depois de uma primeira temporada onde o “Presidente sem medo” ressuscita o clube e começa a ser uma ameaça, entramos numa segunda temporada onde o Sporting Clube de Portugal começa a ser envenenado por rivais e pelos próprios funcionários.

1 – O Veneno do Macaquito.

O primeiro presente envenenado vem por parte do nosso treinador, Marco Silva, que apesar de trabalhar para o clube, compra uma guerra com o Presidente Bruno de Carvalho, uma guerra que teve o apoio da Comunicação Social.

2 – O Veneno do Cavalo Branco.

O segundo presente veio em forma de golpe de mestre.

Bruno de Carvalho tinha trazido o campeão Jorge Jesus, o treinador até então mais gabado em Portugal.

Após uma primeira temporada de Leão, Jorge Jesus começa a desabar, numa fase em que o benfica está num estado de graça em Portugal e com uma força abismal na comunicação social.

Jorge Jesus não parece ter as forças do seu presidente que nesta altura trava um guerra contra a corrupção, da qual Jota Jota poderá alegadamente (palavra bonita no presente) estar envolvido aquando da sua passagem pelo outro lado da segunda circular.

3 – O veneno das Fivelas.

Estamos em 2018 e o Sporting prepara-se para disputar uma final da Taça de Portugal e um acesso à Champions que fará o clube ganhar 40 milhões de Euros, secando assim um aturdido benfica que definha entre acusações de corrupção com o caso E-Toupeira e os e-mails.

Mal se sabia por esta altura que o balneário vinha sendo envenenado por Frederico Varandas, que culminou com a sua demissão do clube em paralelo com as dos jogadores. Isto após perderem ambos os jogos cruciais.

• O Presente envenenado que vivemos.

Actualmente, e após tudo o que sabemos que se passou, o Sporting Clube de Portugal está moribundo, vivendo um presente onde o veneno se estende desde a tribuna até aos órgãos sociais, espalhando-se um pouco por todos os recantos do clube.

Actualmente, o clube vive sem princípios éticos. Está envenenado por jogadores que outrora rescindiram ou bateram o pé para sair do clube.

É liderado por um presidente que foi não só conivente, como instigador de traições contra o clube, sendo ele o primeiro a rescindir. Temos um departamento de comunicação que destila veneno contra os próprios adeptos e sócios e voltámos a ser coniventes com o “polvo” e os seus tentáculos.

Poderia continuar a alongar-me nos sectores onde as veias do nosso verde coração já estão podres.

Poderia continuar a referir como se continua a envenenar no presente a opinião pública, mas apenas quero e devo salientar que para todo este veneno só existe um antídoto e esse antídoto somos nós, os 53,63% da primeira eleição, os 86,13% da segunda, ou até os 29% se quiserem, mas nós estamos aqui, viemos para ficar, e queremos o nosso clube de volta.