RUGIDO VERDE

Levantar e levantar de novo, até que os cordeiros se tornem Leões!

Sábado, Abril 20, 2024

Resultados Financeiros entre 2011 e 2018

Sejam muito bem-vindos à primeira análise do Rugido Verde, uma de muitas que iremos apresentar aqui neste espaço.

Para a análise de hoje decidi pegar nos relatórios de contas para os exercícios compreendidos entre os períodos de 2011 e 2018, que englobam a direcção de Godinho Lopes e Bruno de Carvalho. Esta análise serve não só para demonstrar o trabalho que foi feito ao longo dos últimos 5 anos, mas também para mostrar o estado terrível em que as finanças do clube se encontravam. Esta análise é muito simplificada, debruçando-se mais numa demonstração visual dos números e não numa exploração profunda dos mesmos. Em primeiro lugar, irei abordar o desenvolvimento do Activo no período em análise:

Activo:

Activos em contabilidade são valores que indicam quais são os bens e os direitos que uma empresa possui. Estes valores são demonstrados através do Balanço Patrimonial, junto com os Passivos e o Capital Próprio, que somados resultam no total de Activos da empresa. É ainda possível considerar que os activos são convertíveis em meios monetários, com a venda de maquinaria ou veículos da empresa, por exemplo.

A representação dos activos no balanço é dividida entre aqueles activos que são convertíveis mais rapidamente e aqueles que levam mais tempo, que são os activos correntes e não correntes, respectivamente.

fonte: diariofinanceiro.com
Activo Não Corrente e Corrente

Na página acima podemos observar a evolução dos activo do Clube. Como podem ver, tanto os valores correspondentes aos activos não corrente e corrente subiram nos 5 anos referentes ao Conselho Directivo liderado por Bruno de Carvalho, sendo que a maior evolução em bruto advém dos valores a longo prazo, que passaram de €126.436M para €240.183M, representando quase uma duplicação dos valores encontrados em 2011. Estatisticamente falando, o Activo Corrente também quase duplicou.

Passivo:

O passivo é o conjunto de obrigações e dívidas feitas para o financiamento da actividade organizacional, considerado na contabilidade das empresas. Os valores dos passivos têm origem nas despesas, como contas a pagar aos fornecedores ou ao governo, por exemplo, sendo demonstrados através do balanço patrimonial.

Os passivos correntes são aquelas obrigações que a empresa possui e resolvem-se dentro do período de exercício social, sendo este considerado por 12 meses. Estes passivos incluem, por exemplo, as contas de fornecedores, obrigações trabalhistas, empréstimos e financiamentos, que serão pagas dentro do período. Do contrário são considerados como passivo não corrente, acertadas somente depois do período de actividade anual e que são exigíveis somente a longo prazo, pelos credores.

fonte: diariofinanceiro.com
Passivo Não Corrente e Corrente

Relativamente ao passivo, podemos observar uma ligeira diminuição dos valores a longo prazo, ao passo que os valores a curto prazo praticamente duplicaram. Quando comparamos os valores do activo com o passivo, a grande diferença prende-se com a taxa de crescimento associada a cada uma das rubricas e também ao facto de ter existido uma redução nos valores a médio e longo prazo.

Factoring:

O factoring define-se como um mecanismo financeiro colocado à disposição das empresas com dificuldades de gestão da sua tesouraria, que consiste na aquisição de créditos a curto prazo (facturas), resultantes do fornecimento de bens ou serviços, ou seja, converte créditos comerciais, sobre clientes devedores, em liquidez imediata. Assim, em termos práticos, é uma operação financeira levada a cabo por bancos ou sociedades de factoring, que permite às empresas com problemas de liquidez adiantar os recebimentos dos seus clientes, como se de uma linha de financiamento se tratasse. 

fonte: e-konomista.pt
Factoring Não Corrente e Corrente

Esta rubrica teve uma evolução bastante positiva no período em análise, sendo que os valores a médio e longo prazo caíram para metade, ao passo que os valores a curto prazo aumentaram muito ligeiramente, bastante abaixo dos indicadores da sociedade. Isto significa que a sociedade, como um todo, precisou de adiantar muito menos dinheiro para suprir necessidades imediatas, especialmente quando comparamos os valores adiantados com os valores do activo.

Totais dos valores acima descritos

Por fim, deixo um quadro com o somatório dos valores para os 7 anos que analisámos no decorrer deste texto. Como podem verificar, o Activo quase que duplicou entre 2011 e 2018, registando um aumento na ordem dos 93%, ao passo que o passivo teve um aumento de sensivelmente 9%. Já o factoring caiu 29%. Isto deita por terra a teoria que a anterior direcção destruiu as finanças do clube, tendo em conta os números em análise. A verdade é completamente diferente, uma vez que, de acordo com os Relatórios & Conta, a nossa situação financeira melhorou sobejamente, ainda que apenas tenha estado fora do estado de falência técnica por 1 ano, no período compreendido entre 1 de Julho de 2016 e 30 de Junho de 2017.

Assim me despeço, deixando como promessa de num próximo artigo falar da evolução das receitas fixas da SAD leonina.

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Comments

  1. Undertaker

    Pode ser que finalmente com a papinha toda feita aqui os do costume consigam finalmente compreender em que contexto BdC chegou ao clube.
    Avençados que comparam o primeiro ano dele com o do atual é estar a ser desonesto ao limite. Se este ainda lá está é porque tem uma almofada que o ainda está a segurar, eu dava tudo para ver FV a pegar no clube em 2013 e fazer o que BdC fez. Era o fazias.

  2. ZédasCouves

    Olá!
    Obrigado pelo artigo.
    Linguagem acessivel e informativo!

    1. Chairman Meow

      De nada! Ainda bem que gostou! 😉